2010-O ano do Tigre "Este é definitivamente um ano explosivo. Começa geralmente com um estrondo e acaba com um choramingo. Um ano dado para a guerra, o desacordo e desastres de todos os tipos. Nada será feito numa escala pequena, ou tímida. Tudo, bom ou mau, pode e será levado aos extremos. As fortunas podem ser feitas e perdidas. Como o Tigre, nós tenderemos a agir sem pensar e a terminar lamentando-nos pela pressa que tivemos."
Hoje o Primeiro Ministro japonês anunciou que o Japão está à beira da bancarrota. Há poucos dias, o novo Primeiro Ministro húngaro declarou que a Hungria está de rastos, que as contas estavam todas enganadas e que será preciso tomar medidas muito mais drásticas, isto apesar de o FMI já lá estar há dois anos e não ter dado por nada. O Banco Central Europeu veio dizer que a situação espanhola é calamitosa, mesmo muito grave, na Holanda a extrema direita triplicou o número de deputados eleitos, no Reino Unido os Ministros passaram a andar a pé enquanto o Presidente da BP e a sua família passaram a ter guarda costas por causa das ameaças de morte por parte dos atingidos pela catástrofe ecológica do derramamento de petróleo que ninguém consegue estancar.
Hoje o Primeiro Ministro japonês anunciou que o Japão está à beira da bancarrota. Há poucos dias, o novo Primeiro Ministro húngaro declarou que a Hungria está de rastos, que as contas estavam todas enganadas e que será preciso tomar medidas muito mais drásticas, isto apesar de o FMI já lá estar há dois anos e não ter dado por nada. O Banco Central Europeu veio dizer que a situação espanhola é calamitosa, mesmo muito grave, na Holanda a extrema direita triplicou o número de deputados eleitos, no Reino Unido os Ministros passaram a andar a pé enquanto o Presidente da BP e a sua família passaram a ter guarda costas por causa das ameaças de morte por parte dos atingidos pela catástrofe ecológica do derramamento de petróleo que ninguém consegue estancar.
O Presidente da BP provocou a fúria dos cidadãos quando disse, desesperado e à beira de uma crise nervosa, que estava a tentar tudo o que era possível e que “também quero a minha vida de volta”, frase que pretendia ilustrar o inferno em que se tornaram os seus dias mas que deu logo origem a um clamor indignado, com um irmão de uma das vítimas da explosão a chorar enquanto lia um papel em que exigia “a vida do meu irmão de volta”. Tentando parar esta onda de aberta hostilidade, a empresa mandou-o dar uma entrevista, mas não havia salvação possível. O homem, ignorante destas coisas da política da ilusão, não prometeu que ia resolver tudo imediatamente e que no dia seguinte as águas voltariam a estar cristalinas e cheias de vida. Falou que a BP quer conservar os seus accionistas, que quer remunerar os investidores, que está a tentar proteger os seus trabalhadores e os direitos dos seus pensionistas ou seja, lembrou que a BP tem grandes responsabilidades enquanto empresa e que é a principal interessada em resolver a situação da melhor forma possível. Erro fatal, então quer defender os accionistas e discute até ao tostão as indemnizações pelo prejuízo que está a causar? Morte, morte, gritaram indignados alguns cidadãos desesperados. E daí os guarda costas, parece que a ameaça é mesmo a sério e Obama que se cuide que a sua popularidade também vai por água abaixo, então ele exige e não acontece nada?
Diz-me um amigo que este é o ano do Tigre, o ano chinês em que tudo é excesso, violência e oportunidades e após o qual nada ficará como dantes. Não sei se os astros são a resposta para tudo isto, mas já ouvimos tantas e tão exóticas explicações que podemos muito bem aceitar mais esta…
Diz-me um amigo que este é o ano do Tigre, o ano chinês em que tudo é excesso, violência e oportunidades e após o qual nada ficará como dantes. Não sei se os astros são a resposta para tudo isto, mas já ouvimos tantas e tão exóticas explicações que podemos muito bem aceitar mais esta…
6 comentários:
Recapitulemos: o terramoto no Haiti, as inundações no Perú e na Madeira, os terramotos no Japão e no Chile, a erupção do vulcão, cujo nome nem me atrevo a escrever, o derramamento de petróleo , as quase bancarrotas europeias que começam a vir à superfície e que vão ter repercussões em muitos outros países fora da Europa.... A tal globalização..... E só estamos a meio do ano!
Talvez esteja na altura de fazermos as malas e ir para um Ashram na Índia por uma temporada. Voltaremos com mais energia, com ideias frescas e ordenadas e talvez então consigamos ter esperança num futuro mais risonho, sem no entanto descurarmos de fazer uma limpeza “à casa”, uma limpeza a sério.
A Humanidade está em vias de extinção, porque desrespeita a natureza e consequentemente a si própria! E já que as maiorias não querem arrepiar caminho, é aceitar o facto, sem grandes dramas...
Suzana
Afinal as certezas em que temos vivido estão-se a desmoronar. As verdades eram ilusões. Estamos a viver uma época de grande incerteza, em que tudo ou quase tudo está a ser posto em causa, da pior forma, com emergências. E não sabemos lidar, assim de repente, com toda esta mudança. Até a natureza anda zangada.
E ao sexto dia - segundo parece - Deus criou o Homem (e a Mulher, claro!).
Foi a primeira agressão ao ambiente. Então, estavam cá os bichinhos e as plantas tão descansados...!
Estava apenas a brincar!
Contudo, há uma verdade incontornável:
A Natureza seguirá o seu rumo, implacável, imperturbável.
Apesar de todas as nossas técnicas e toda a nossa tecnologia, a Natureza seguirá, naturalmente, o caminho que é tão SEU.
Cara Dra. Suzana Toscano:
Que lindo felino de olhar tão meigo! :)
Acho que o seu amigo tem toda a razão, nada será o que já foi; a angústia é não sabermos como será!
Caros, acabei de ler um livro fantástico, que recomendo: "A Ponte sobre o Drina", de Ivo Andric, uma viagem que começa no séc. XVI, a propósito da construção de uma ponte incrivelmente sólida e improvável, "um elo indispensáveldos caminhos que ligam a Bósnia à Sérvia e, mais além, a outras províncias do Império otomano, até Istambul". O romance termina com o início da 1ª guerra mundial e deixa-nos envergonhados por termos acreditado na estabilidade, na certeza definitiva das coisas, por termos ignorado que nada está adquirido e que a vida é feita de mudanças permanentes. Nunca saberemos como será, caro Jotac, o problema é termos pensado que alguém saberia e que nos conduziria a porto seguro. Ou termos deixado que nos convencessem disso.
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