A propósito de férias...

Gosto cada vez mais de fazer umas “escapadelas” cá dentro e de o fazer fora dos períodos de maior intensidade de férias. E gosto assim porque são períodos de descanso necessários para carregar energias que podem acontecer mais vezes no ano, sem grande logística e dispêndios de tempo com deslocações, sem grandes preparações antecipadas. São também oportunidades para conhecer melhor o País. É fácil, porque tudo fica muito perto de tudo. É muito compensador.
Desta vez, confesso que mais uma vez, fui até ao Douro Vinhateiro, uma espécie de terra de adopção. Que bem que se esteve. Respirar o ar fresco apesar do calor que se fez sentir, ver e apreciar paisagens lindíssimas, ficar-se deslumbrado com a portentosa natureza, ter vontade de cedo erguer, acompanhar e sentir o entardecer até a noite vagarosamente tomar lugar. Os perfumes e as cores da natureza são cativantes.

Visitar de novo, ou pela primeira vez, alguns locais que não esquecemos e que gostamos de relembrar e de ver como estão, se mudaram e o que de novo foi feito. É tão bom partilhar as tradições locais, conhecer as gentes e os seus modos de vida, contactar com os nossos concidadãos e com eles falar, falar de tudo, sentir e perceber como olham a gente cá de Lisboa e o que pensam do presente e do futuro.
Um tempo assim passado rende bastante. O tempo cresce e há tempo para tudo. Nada é imposto, o tempo é dispendido de acordo unicamente com a nossa vontade. Usufruir um tempo assim é da nossa inteira responsabilidade. A idade tem várias virtudes. Uma delas é que nos faz ganhar o gosto por melhor valorizar o tempo. No final, logo se começa a preparar uma nova “escapadela” para logo que possível…