Não resisto. Perante a rendição ao que se tornou correto dizer-se, escrever-se, comentar-se ou apoiar-se, mas sobretudo perante a mudez geral no desfile do rei nú, reproduzo o que li num sítio aqui ao lado.
Conta-se que a Universidade de Griffith na Austrália lançou o repto aos seus alunos no sentido de definirem uma expressão contemporânea. A expressão escolhida foi "politicamente correto". O aluno que levou o prémio definiu-a lapidarmente: "Politicamente correto é uma doutrina, sustentada por uma minoria iludida e sem lógica, que foi rapidamente promovida pelos meios de comunicação social, e que sustenta a ideia de que é perfeitamente possível pegar num pedaço de merda pelo lado limpo".
4 comentários:
José Mário
Uma nota bem merecida. Percebe-se a razão pela qual as maiorias são politicamente incorretas. Paradoxal!
Caros Ferreira de Almeida e Margarida:
O grande humor e verdade da história só é ultrapassado pelo refinamento de análise da Margarida!...
este 4R é um achado!...
Excelente!
Tanto na teoria, como na prática, a definição não poderia estar mais correta.
A questão, aliás, não diz respeito à merda em que se pega pela ponta. Essa, cumpre a sua função natural, a de ser merda simplesmente. O problema está naqueles que pegam na merda, sabem que é merda, porque cheira a merda e sabe a merda, mas no entanto pretendem impingi-la como sendo "la crème de la crème". Lógicamente, qualquer merda, nas mesmas circunstâncias, acha-se uma merda fina, uma merda superior, uma merda até, divina. E quando confrontam essa merda com aquilo que falou e a mesma merda se indígna negando ter dito. É obviamente a merda que nunca disse mas sempre falou que está na posse da razão, isto porque tem consciência absoluta de que uma merda que sempre o foi, nunca diz, mas quando a interrogam, fala, de uma forma politicamente correta.
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