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segunda-feira, 14 de junho de 2010

Mundial de Futebol: o ronco das vuvuzelas I


Na África do Sul, o absurdo, grosseiro, monótono, enlouquecedor e insuportável ronco das vuvuzelas substituiu a alegria, os aplausos, as vaias e os cânticos dos espectadores que, nos Mundiais anteriores, prolongavam nas bancadas a festa do espectáculo no terreno do jogo.
Os espectadores não gesticulam nem aplaudem, que as mãos mal dão para suportar tais primevos, rudes e grosseiros instrumentos. Nem, tão pouco, incitam, ou gritam, nem assobiam ou protestam, nem aprovam ou desaprovam a genialidade do passe ou a entrada de pé em riste, que a boca permanece muda, ocupada a soprar a pérfida, inestética e roncadora corneta.
Os media, que foram os primeiros a divulgar as vuvuzelas e a fazer-lhes graciosamente o marketing, agora queixam-se dos efeitos e pedem a sua abolição nos jogos.
Não creio que sejam atendidos, que a populaça, independentemente da origem e dos países, aderiu à ideia. E a FIFA é das organizações mais "cafrealizadas" do mundo.

13 comentários:

Altitude disse...

INSUPORTÁVEL.
Cartão vermelho para a Galp Energia!

Anónimo disse...

Ahahahahah, caro Pinho Cardão, gostei muito do seu texto! Há muito que não lia algo tão adjectivado!!

Uma coisa é certa: as vencedoras do mundial são as vuvuzelas e quem o ganhar ficará sempre em segundo plano porque as vuvuzelas ganharam um lugar de destaque inigualavel!

Pinho Cardão disse...

Caro Altitude:
Cartão vermelhíssimo para a GALP. Até trouxe a Portugal um soprador sul-africano para ensinar aos indígenas a roncar no instrumento. E que até disse que não tinha nada que saber: era só soprar. Primarismo total.

Caro Zuricher:
É verdade. Resta-nos esperar que o efeito seja passageiro. Tenhamos esperança!...

jotaC disse...

Caro Drº Pinho Cardão:
Desde o início que não simpatizei muito com a ideia de meter uma vuvuzela na minha boca, fazer brrrs com os lábios e saltar como um macaco!. Não...
Mas admito que há quem goste e pelos vistos há vuvuzelas de todas as cores e tamanhos…
Como o caro zuricher diz, este é um texto com muitos adjectivos…

Massano Cardoso disse...

Oh Pinho Cardão

Os da foto não são da África do Sul, julgo que devem ser das bandas da Nova Guiné, ou coisa que o valh, e as "vuvuzelas" de que são transportadores não devem fazer muito barulho além de sere altamente protetoras...

Pinho Cardão disse...

Caro Professor:
Foi o que se arranjou!...
Mas o notável é o modo como transportam a trombeta...

Caros Zuricher e jotaC:

Para tal praga todos os adjectivos são poucos...

Catarina disse...

Linda foto. Embora não se vislumbrem vuvuzelas nesta foto dá para apreciar a beleza masculina sul africana. A proibição dessas cornetas nos jogos vai interferir nos direitos de “expressão futebolística” dos adeptos africanos ... Os defensores já se manifestaram nesse sentido... Parece que faz parte de uma das suas tradições. Nunca as vuvuzelas foram tão mediatizadas!. Mais cedo ou mais tarde aparece algo ou alguém que nos desvia a atenção dos grandes problemas globais... : )

Bartolomeu disse...

Passado o tempo do mundial de futebol, segue-se o tempo de eleições, primeiro para isto, em seguida para aquilo.
Que tal adoptarmos todos, em jeito de aviso e como sinal de atitude crítica (citando a Drª. Margarida no post de cima) esta "arma" exibida pelos "Papuenses"?
Não ronca, como o faz a vuvuzela, mas estou certo que irá impôr algum respeito...

Jorge Oliveira disse...

Esses instrumentos idiotas, que outra coisa não fazem senão barulho, vão mostrar ao mundo uma das clivagens entre a cultura europeia ocidental e a cultura africana.

Nos campos de futebol da Europa, até mesmo os hooligans são capazes de entoar uns cânticos que revelam valor acrescentado. Em África, só sabem fazer barulho...

Seria isto que a Galp, de forma sub-reptícia, nos queria mostrar? Podia era ter acompanhado a campanha com uma descida significativa dos preços da gasolina e gasóleo...

Manuel Brás disse...

A banda sonora do Mundial...

Esse zumbido constante
de um tom enlouquecedor
é deveras irritante
e cala qualquer torcedor.

Altitude disse...

Caro Pinho Cardão
Não sou "um", sou "uma"!

Pinho Cardão disse...

Pois, cara Altitude, as desculpas pela minha atitude de não ter adivinhado que tal Altitude só poderia ser uma e não um!...

Altitude disse...

Está desculpado!...