- "Contas públicas levam dez anos a equilibrar" - É bom que se saiba para que qualquer ameaça de retoma não dê lugar a qualquer tentativa de "folgar".
- "A sustentabilidade depende de um controlo permanente da despesa pública, mas também da obtenção de níveis de crescimento económico satisfatórios, a médio e longo prazo" - Mais do que chegar a pactos, acordos, entendimentos ou consensos sobre o déficit, a dívida ou a despesa, é necessário definir quais as políticas sectoriais que conduzam a menos despesa e mais crescimento.
- "Aumentar o investimento, público ou privado, não é uma questão fundamental. Há dezenas de anos que Portugal tem níveis de investimento dos mais elevados entre os países da OCDE. O que existe é um problema de qualidade desse investimento, quer público quer privado" - É a eterna diferença entre "mais despesa" e "melhor despesa", "mais investimento" ou "melhor investimento". A maioria dos nossos dirigentes políticos não percebe isto e quando percebe não gosta de o dizer.
- "Agora, mais do que investir no hardware, há que investir no software. Ou seja, apostar mais no sistema educativo e na formação profissional. O dossier educação não é difícil de corrigir, desde que haja vontade política. Se houver estabilidade nos programas educativos, na gestão das escolas e se se introduzir exames nacionais, as coisas mudam. Penso que deve haver pelo menos três exames nacionais até à entrada na universidade" - O problema é este com um mas, ... quando existe vontade política o ministro é substituído.
- "Há que voltar ao ensino técnico profissional, agora em novos moldes, adaptados às actuais necessidades. Há que reorientar recursos para o desenvolvimento deste tipo de ensino".
Ficamos por aqui. A entrevista tem muito mais. Não é por falta de diagnóstico que chegámos a este ponto.
1 comentário:
Boa intervenção de Catroga, sem dúvida. Mas porque é que existe tanta relutância em responder à pergunta se temos ou não gestores fracos e desempenho de gestão mediocre no sector privado quando todos são lestos em censurar sem dó nem piedade a gestão pública?
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