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terça-feira, 25 de janeiro de 2005
A Verdade
Foi com a maior surpresa que encontrei na página oficial da campanha do PSD tão pretensioso quanto lamentável título. Continuo a pensar que as palavras tal como os títulos de órgãos oficiais de organizações políticas têm uma carga simbólica própria que o conhecimento da história identifica e esclarece. Esta nossa Pravda é de uma infelicidade apenas compreensível pela obsessão do contraditório, do debate das formalidades, do diz que disse, do confronto do supérfluo, da guerra da credibilidade de há muito perdida. Quanto à substância, quanto ao fundamental das opções que devem ser colocadas aos portugueses, nada. Por enquanto nada: há quatro dias que tento aceder ao programa eleitoral do PSD, no prórpio sítio de "A Verdade", e não consigo. Afinal para que serve o programa? Quem é que o vai ler? O que é que ele tem a ver com "A Verdade"?
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2 comentários:
Pois é meu caro. Mas estás mesmo surpreendido?
Fui ao blog e concluí que estás a ser muito injusto. É verdade que não tem o programa, mas em contrapartida tem esta pérola sobre a bondade garantida das propostas eleitorais do PSD e sobre a niilidade do programa dos outros, aliás repleta de elevação:
"O programa de Governo do PPD/PSD foi apresentado numa cerimónia sem pompa nem circunstância, mas consubstanciada na credibilidade das propostas com que continuaremos a mudar Portugal, como o estávamos a fazer nos últimos meses, com coragem e determinação, sem medo de enfrentar os interesses instalados na sociedade portuguesa.
Um dia depois, vimos o resultado das Velhas Fronteiras, aliás, já o esperávamos: novas ideias, nada! Novos protagonistas, os mesmos da praxe. Tanto dinheiro gasto no espaço sideral das «Velhas Fronteiras» e até o simples microfone falhou. Reparei num pormenor: o Teleponto funcionou.
Pedro Santana Lopes".
Não há santo que nos valha?
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