No século XIX os antropologistas descreveram pela primeira vez a Couvade, palavra derivada do francês "couver", que significa incubar ou criar. Trata-se de um comportamento muito antigo descrito em todas as sociedades desde a América do Norte aos bascos, chineses ou papuas da Nova-Guiné. No fundo não é mais do que um conjunto de sintomas muito semelhantes aos verificados na gravidez. Os maridos e companheiros das mulheres grávidas, numa proporção variável entre 10 a 65%, segundo os diferentes estudos, apresentam aumento do peso, nervosismo, vómitos, enjoos, alterações comportamentais, apetites por certos alimentos, enfim a panóplia que muitas vezes ocorre durante qualquer gravidez. Os sintomas de "gravidez por simpatia" nos homens podem ocorrer em qualquer momento, mas é sobretudo no terceiro mês ou na parte final que são mais evidentes e só desaparecem quando a mulher dá à luz! Discute-se muito sobre as eventuais causas: expressão de ansiedade, simpatia ou empatia com a mãe, culpa por ter provocado a gravidez, receio da paternidade, ciúmes pela capacidade da mulher engravidar e parir, enfim uma lista que nunca mais acaba…
Na luta pela igualdade dos sexos, haverá uma expressão mais interessante do que esta, em que o homem acaba por sofrer os sintomas de uma gravidez?
Ah! Este comentário não contempla certos “percevejos prenhos” que andam por aí…
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