Num penoso debate realizado agora mesmo pela sic notícias sobre a situação no BCP, chegou-se pelo menos a uma conclusão interessante – a de que em Portugal a lógica de Poder se sobrepõe muitas vezes à lógica dos negócios. Está uma boa síntese, que não é – antes fosse! – aplicável só ao sector empresarial, é antes bastante generalizada.
O que interessa é quem sai e quem fica, quem é demitido ou substituído, nunca ou muito raramente se avalia o que está a ser feito, o que devia estar a ser feito, o que deixará de ser feito. Ou seja, não se olham para os objectivos, muito menos para as estratégias, olham-se os postos de trabalho. Fala-se de pessoas, em suma, em vez de falar de temas. E, enquanto as pessoas vão e vêm, os assuntos perdem-se nas brumas, ou resolvem-se sem se dar por isso, ou sem se saber como.
Se ouvirmos as notícias com atenção, reparamos bem nisto.
3 comentários:
Drª Suzana Toscano,
É: um-dó-li-tá ou é como a a Drª. escreveu?!
Esclareça-me por favor.
Subscrevo, inteiramente, o seu post. Estes comportamentos estão de facto generalizados a todos os actos, principalmente aos actos praticados pelo Estado.
Creio que é andolitá, mas também já vi escrito como diz.
A questão não é sectorial, por isso é mais preocupante. É uma perspectiva nacional, é deste modo personalizado que olhamos as crises, como se tudo se resumisse às pessoas que, em cada momento,estão nos lugares.
cara Drª Suzana Toscano,
Parabéns pelo seu post, pena é que mais pessoas não façam esse tipo de análise!
Apagaram-nos a luz da inteligência e da pertinência!
Vamos todos acender a luz!
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