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domingo, 19 de agosto de 2007

A canalha

Um bando de energúmenos e malfeitores assaltou uma propriedade privada e destruiu uma plantação considerável de milho transgénico, causando importantes prejuízos ao seu proprietário. As televisões estavam devidamente avisadas, pelo que transmitiram imagens chocantes do vandalismo praticado.
Alguma da canalha, portuguesa e estrangeira, provinha do encontro da Ecotopia, um encontro anual de activistas ambientais europeus que decorria em Aljezur.
A polícia esteve presente e limitou-se a “identificar uma meia dúzia de portugueses, ligados à organização do movimento, os outros não tinham documentos", explicou um oficial da GNR.
Nem um só identificado foi detido para prestar declarações, nem um só dos não identificados teve que ir ao posto para se averiguar da sua presença, legal ou ilegal no nosso país. O que contrasta brutalmente com as rusgas que se fazem para prender ilegais.
Aqueles cujo único “crime” é quererem trabalhar são expulsos; os criminosos que destroem o que existe nem sequer são identificados.
O Ministro da Administração Interna, que aparece por tudo e por nada e é sempre tão prolixo, mesmo quando evidencia total ignorância das leis que promove, desrespeitando-se a si e aos portugueses, como aconteceu com os testes aos condutores, remeteu-se ao silêncio total.
Não explicou a atitude da GNR, não explicou a inacção dos Serviços de Informação, não condenou sequer o acto, não disse que medidas o Governo iria tomar. Silêncio total.
Enquanto isto, o DN diz no seu editorial que “ser ambientalista também tem limites”, como se os ambientalistas já tivessem direito a um qualquer estatuto especial.
E o inefável Miguel Portas, também no DN, congratula-se com o facto, pois “ é um sinal de que as novas conflitualidades emergentes chegaram a Portugal”.
A coisa vai bonita, vai!... E o Governo, que cala, obviamente consente.

12 comentários:

Tavares Moreira disse...

Pinho Cardão,

Não quer o meu Amigo sugerir ao Governo que recrute este pessoal - a canalha, na feliz expressão do POST - para acompanhar o próximo contingente militar para o Afeganistão?
Pelo capacidade destrutiva e empenho missionário evidenciados, poderiam fazer um excelente serviço na destruição das culturas de ópio.
Se as coisas corressem mal, os taliban - que não têm fama de usar punhos de renda - entender-se-iam com eles.

Pinho Cardão disse...

Ora aí está uma boa medida!...
Aliás,já a socialista Ségolène Royal dizia que, se fosse eleita, incorporaria no Exército a "escumalha" de Sarkozy!...
Por cá, penso que o Ministro da Admin. Interna ainda lhes irão pedir desculpa!...

Anónimo disse...

Absolutamente intolerável a atitude daqueles pretensos ambientalistas.
Inadmissivel o comportamento da GNR.
Condenável a tardia reacção do ministro que apesar de qualificar aquela destruição como crime, desculpa a GNR que não agiu apesar do flagrante delito.
Ao contrário do que pensa aquela gente, este é o pior serviço que se pode prestar às causas ambientalistas.

Aplaudo, contudo, a atitude de Miguel Portas. Não se deixou cair na tentação das atitudes dissimuladas e calculistas tão próprias do Bloco de Esquerda. Assumiu-se e isso é clarificador.
A concordância e o apoio a estes comportamentos anti-sociais, que desprezam a propriedade, o esforço individual e tantas vezes o trabalho honesto, está inscrita no código genético do BE. E se não aparece mais vezes é porque o BE percebe que assumindo a sua verdadeira alma, que não se distingue da alma daquela gente, rapidamente desaparecerá.

Carlos Monteiro disse...

Acho apropriado o título do seu post, caro Pinho Cardão, porque efectivamente trata-se de canalha. Aquela gente não deve ser confundida com "ambientalistas" e "ambientalismo" não é aquilo.

Margarida Corrêa de Aguiar disse...

Caro Dr. Pinho Cardão
Canalha é uma classificação muito apropriada para esse bando de selvagens!
O que está em causa é a violação da propriedade privada e a destruição de bens alheios. Não há "capa" "ambientalista" que se tolere para esconder um comportamento criminoso. Era o que faltava que esta canalha servisse de exemplo e a partir de agora se a moda pegasse tínhamos outros bandos "pacíficos" a destruírem aquilo de que não gostam!
Isto está bonito, está!

Tonibler disse...

Subscrevo inteiramente o post e acrescento que poucas imagens como a do agricultor a tentar proteger a plantação fizeram tão mal ao ambientalismo. Esses putos estúpidos deviam passar uns meses valentes na cadeia.

Tavares Moreira disse...

Pinho Cardão,

Soube-se esta manhã que esta excelente canalha tem estado estacionada no Algarve beneficiando de subsídios do Instituto da Juventude.
Imagine-se aonde vão parar os nossos impostos!
E ainda há quem defenda que não devem baixar- pudera, com necessidades destas para satisfazer...
Já agora - que está na moda alterar a torto e a direito as denominações dos serviços e fundos - porque não passar a denominar esta respeitável entidade "Instituto da Juventude e da Canalha?

Pinho Cardão disse...

Apoiado!

Unknown disse...

Aquelas imagens fizeram-me vir as lágrimas aos olhos; Recordaram-me a vida do meu saudoso Pai e da minha saudosa e muito querida Mãe! Recordaram-me a luta titânica, que eles travavam lá bem no norte, para tirar da terra o pão nosso de cada dia.

Recordaram-me que o homem que se atrevesse a desviar o curso do rego de água, levava uma sacholada que o deixava com sequelas graves para o resto da vida, ou quase às portas da morte!!!

Era a luta pela sobrevivência da família! Naquele tempo não havia subsídios para nada!

Canalhas é muito pouco!!!

Anthrax disse...

Ora, ora Dr. PC, esqueceu-se de um pequeno detalhe ao referir as palavras do eurodeputado Miguel Portas ao DN.

É que a criatura disse, além de expressar a sua simpatia por estas novas tendências emergentes, que o facto dos moçoilos estarem de cara tapada se devia ao pólen e às condições de estética do movimento.

Como eu digo no meu blogue: um tipo de cara tapada que assalta um banco fá-lo para ficar bem em frente às câmaras de vídeo vigilância. É só por isso.

Às lágrimas, quando vi aquilo na televisão, confesso que não fui mas, fiquei revoltado o suficiente para querer despejar um carregador de uma M16 em cima deles... Depois, quando fiquei mais calmo, achei que uma caçadeira e sal grosso era capaz de ter mais piada, ser mais doloroso e menos sangrento.

Mas isto, sou só eu (que às vezes tenho um problema de "anger management") a dizer.

Pinho Cardão disse...

Caro Invisível:
Estou consigo na sua indignação.
E na pouca justeza do epíteto.
Mas vou-me contendo na linguagem!...

Caro Ferreira de Almeida:
De facto, o homem não foi hipócrita e isso é louvável.
Mas apoia condutas condenáveis e tem que ser condenado por isso.

Suzana Toscano disse...

É incrível, de facto, julgávamos que isso já não era possível. Mas estas atitudes radicam muitas vezes numa pretensa convicção de superioridade moral, que certas correntes arvoram quando apresentam os seus pontos de vista e que são sempre perigosas, como se vê.