O social-democrata e presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, tem como solução para o crescimento e o emprego, o investimento público.
O socialista e presidente do Tribunal de Contas, Guilherme d´Oliveira Martins considera que o investimento público não é a única solução para enfrentar a crise.
Entretanto o governo socialista está com o social democrata Durão Barroso no assumido keynesianismo. Já a oposição social-democrata subscreve a tese do socialista Oliveira Martins. Ou vice-versa.
5 comentários:
Falta alguém responder a uma questão que nunca vi respondida: Qual é o custo de oportunidade do investimento público?
E já agora, o que é investimento público?
Eis duas questões que jamais verá respondidas, Tonibler. A primeira porque não interessa a nenhum governo medir o custo de oportunidade de investimentos, porque o ganho ou a conveniência política não são mensuráveis. A segunda porque pura e simplesmente não existe critério para levar ao PIDDAC o que aí é considerado investimento.
Mas tem razão. Era essencial pelo menos encontrar um critério para definir o que é investimento público.
Estou de acordo quando o caro Drº Ferreira de Almeida diz: “não existe critério para levar ao PIDDAC o que aí é considerado investimento”. De facto assim é. Conheço algumas situações em que o PIDDAC é quase uma extensão do orçamento normal, tantas são as coisas que lá cabem mas enfim, são as espertezas dos novos dirigentes em movimento…
Mas voltando à questão do post, o que eu gostaria de saber é quem tem razão: se o Governo e o Drº Durão Barroso ou o Drº Guilherme de Oliveira Martins e o PSD?
Como se diz na minha terra: Mas que grande salgalhada...
Será que terão os dois razão, meu caro JotaC?
O investimento produtivo - público ou privado - é sempre virtuoso em especial em alturas de crise porque por natureza e definição cria riqueza, diria Barroso. Mas a poupança (hoje é o dia que lhe é dedicado, segundo creio) também o é, diz Oliveira Martins. Digo eu, modestamente: como o é também a redução da despesa improdutiva por parte do Estado. E nessa matéria devo dizer-lhe que assisto com muita preocupação à manutenção de níveis de despesa, muita dela susceptível de se ver contraída sobretudo em conjunturas especiais como estas são.
Dou um exemplo, mas faço previamente esta prevenção. Não sou dos que alinha pela demagogia de considerar que os meios financeiros necessários ao funcionamento do sistema político, e até do partidário, são um desperdício. São um dos preços da democracia que não me importo de pagar. Posto isto, e sem embargo disto, não deixa de me impressionar que nesta fase os senhores deputados não dêem os exemplo de, por exemplo, reduzirem a muito considerável verba para viagens. Sem por em causa a necessidade das deslocações dos senhores deputados, não seria adequado que, pelo menos num ano de quase certa recessão, dessem o estes um exemplo de contenção, mesmo que simbolico, cortando aí onde certamente nenhuma consequência dramática viria se se reduzissem as viagens?
Ou se o governo economizasse na verba astronómica que se encontra proposta para pagamentos de consultadorias e estudos - incluindo os que visam propagandear -, investindo mais nos recursos da Administração Pública?
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