Ainda mal refeita das conclusões inconclusivas do Inquérito Parlamentar ao caso BCP, a Assembleia da República vai criar outra Comissão de Inquérito, agora para o caso BPN. Tarefa completamente inútil, na minha opinião, e que só vai continuar a desprestigiar o Parlamento.
O Procurador-Geral não vai dizer nada, nem pode dizer, manietado, e bem, pelo imperativo do segredo de justiça.
O Governador do Banco de Portugal, não vai dizer nada, nem pode dizer, manietado, e bem, pelo imperativo do sigilo bancário. E também não vai dizer nada, porque o que dissesse poderia pôr a nu falhas próprias ou do Banco.
Dias Loureiro vai provavelmente dizer, agora mais extensamente, o que referiu na entrevista na RTP. E António Marta vai repetir o que disse ao Expresso. Sem qualquer possibilidade de o inquérito confirmar o que disse um e outro, pois só os dois estiveram presentes.
Miguel Cadilhe vai dizer o que já disse, e mais não pode. Mas vai aproveitar a ocasião para demonstrar a “asneira” do Governo em não aceitar o seu plano de reestruturação para o BPN.
Não creio que Oliveira e Costa seja chamado a depor no Parlamento, e também não creio que a Comissão vá ouvir Oliveira e Costa na prisão.
Poderão chamar o Informático do Banco Virtual. Apenas dirá que fez o que o mandaram fazer e como já é conhecido o que lhe mandaram fazer, daí não virá qualquer novidade.
Poderão também chamar os Auditores: os que encontraram falhas, relatarão as falhas, os que não encontraram dirão que nada puderam encontrar.
Enquanto isto acontece, o Orçamento está a ser discutido e ninguém dá conta e o ruído do inquérito serve para esquecer a má governação.
Meia dúzia de deputados aparecerão diariamente nas televisões num patriótico esforço de promoção pessoal, a repisar ideias mil vezes repetidas, porque, a bem dizer, nada de novo conseguiram apurar.
Entretanto, ficaremos com o nosso triste destino: várias instituições a atropelarem-se no mesmo processo, cada uma a falar para o seu canto e a perderem tempo umas com as outras. E no fim, a A.R. envirá ao Ministério Público e ao B. Portugal as conclusões que eles próprios, com outros meios, já tiraram.
O Procurador-Geral não vai dizer nada, nem pode dizer, manietado, e bem, pelo imperativo do segredo de justiça.
O Governador do Banco de Portugal, não vai dizer nada, nem pode dizer, manietado, e bem, pelo imperativo do sigilo bancário. E também não vai dizer nada, porque o que dissesse poderia pôr a nu falhas próprias ou do Banco.
Dias Loureiro vai provavelmente dizer, agora mais extensamente, o que referiu na entrevista na RTP. E António Marta vai repetir o que disse ao Expresso. Sem qualquer possibilidade de o inquérito confirmar o que disse um e outro, pois só os dois estiveram presentes.
Miguel Cadilhe vai dizer o que já disse, e mais não pode. Mas vai aproveitar a ocasião para demonstrar a “asneira” do Governo em não aceitar o seu plano de reestruturação para o BPN.
Não creio que Oliveira e Costa seja chamado a depor no Parlamento, e também não creio que a Comissão vá ouvir Oliveira e Costa na prisão.
Poderão chamar o Informático do Banco Virtual. Apenas dirá que fez o que o mandaram fazer e como já é conhecido o que lhe mandaram fazer, daí não virá qualquer novidade.
Poderão também chamar os Auditores: os que encontraram falhas, relatarão as falhas, os que não encontraram dirão que nada puderam encontrar.
Enquanto isto acontece, o Orçamento está a ser discutido e ninguém dá conta e o ruído do inquérito serve para esquecer a má governação.
Meia dúzia de deputados aparecerão diariamente nas televisões num patriótico esforço de promoção pessoal, a repisar ideias mil vezes repetidas, porque, a bem dizer, nada de novo conseguiram apurar.
Entretanto, ficaremos com o nosso triste destino: várias instituições a atropelarem-se no mesmo processo, cada uma a falar para o seu canto e a perderem tempo umas com as outras. E no fim, a A.R. envirá ao Ministério Público e ao B. Portugal as conclusões que eles próprios, com outros meios, já tiraram.
Decisões? Daqui a uma dúzia de anos!...Mas que é que isso interessa aos Senhores Deputados?
A vida deles é agora. E o protagonismo mediático também. O resto... é para fazer de conta!...
5 comentários:
Como diria um amigo meu:
"sem mais nem menos"
Cumprimentos,
.
Regionalização
.
Esta nacional anedota, recorda-me uma outra corriqueira da nossa praça. A do empresário que certa vez decidiu passar uma noite especial, para isso, dirigiu-se a uma conceituadíssima "casa de diversão" e "encomendou" 5 das melhores acompanhantes. A meio do divertimento, a casa é visitada por uma brigada de costumes, entram de rompante no quarto onde se encontrava o senhor e as meninas e exigem a identificação a todos, começando pelas senhoras, como mandam as regras da boa educação.
-A menina, nome e profissão?
-Maria Anacleta, Professora Universitária.
- A menina?
-Gertrudes Reigão, Secretária de Administração.
- A menina?
- Jenoveva Pancrácia, Empresária.
- A menina?
- Miquelina dos Anjos, Catequista.
- A menina?
- Anabela Fagundes, Directora Financeira.
- O cavalheiro?
- Bartolomeu Pancrácio.
- Profissão?
- Ora Senhor agente, está bom de ver, então? No meio disto tudo, eu só posso ser a prostituta!
Caro Pinho Cardão,
Não é fisicamente possível continuar a desprestigiar o Parlamento.
Se me permitem: É o orçamento do melhor depois dos 19 que está em causa? Ou a Lisboa eléctrica? (obrigado, pá!)
É um prazer lê-los.
Caro Pinho Cardão
As comissões de inquérito da AR não são um tribunal, por isso, os meios são mais escassos.
As comissões da AR, em geral, estão preenchidas por um conjunto de estimáveis ignornates, com infímos conhecimentos sobre a matéria sobre a qual vão inquirir
Em alguns casos serviram para desígnios não expressos, onde a vingança é um deles.
No entanto, têm-se assistido a um aumento qualitativo dos inquéritos, se bem que as conclusões sejam irrelevantes.
Esta comissão não vai ser diferente nos seguintes aspectos:
Vai tentar provar as falhas da supervisão e, nesse afã, por a nú como se geria o banco e mais algumas coisas.
Estando um inquérito a decorrer, a audição de algumas, senão de todas as personalidades com relação directa ou indirecta, vai ser seguida com atenção pela PJ e pelo MP. A differença entre o que disserem na comissão e na PJ, pode significar ser testemunha ou arguido.
Por isso, estamos perante uma novidade completa e muito interessante
Cumprimentos
João
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