Número total de visualizações de páginas

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Matéria proibida!...

Manuela Ferreira Leite utilizou a ironia como caricatura, o auditório percebeu e respondeu, disseram os jornais, com uma gargalhada.
Mas no PS e no Governo houve quem ainda não entendesse. Para eles, o rir e o humor é matéria proibida.
Pelo “facies” que alguns exibiram, creio mesmo que nem sabem rir!...

11 comentários:

Jorge Oliveira disse...

Pois, mas MFLeite e os seus assessores têm obrigação de saber que não estão a lutar contra adversários, mas sim contra inimigos.

Os dirigentes do PS são uns canalhas consumados e têm verdadeiros profissionais de guerrilha a analisar as palavras de MF Leite. Se a senhora não tem consciência disto, está mal à frente de um partido que quer ganhar as próximas eleições.

Com Sócrates e os seus acólitos não pode haver contemplações, nem ironias intelectuais distantes. É necessário colocar o nível de violência no máximo. É necessário que os assessores de MF Leite façam o trabalhinho de casa, indo buscar o que os socialistas disseram quando estavam na oposição e o que fizeram quando estiveram no governo.

Com o governo de António Guterres não faltam argumentos (fechou os supermercados, decisão de que ninguém beneficiou e fez perder postos de trabalho; fechou Foz Coa, prejudicando o país em prol de uns quantos arqueólogos de esquerda; etc, etc).

Sócrates esteve no governo de Guterres, mas ainda não se viu o PSD tirar partido desse trunfo.

Pinho Cardão disse...

Pois aqui estou a concordar consigo. Tirando os "canalhas", mas isso é uma questão de estilo...

Rui Fonseca disse...

Caro Pinho Cardão,

Não leves a mal que te relembre:

" Psychological experiments in recent years have shown that people are not even-handed when they process information, even though they believe they are.
(When people are asked whether they are biased, they say no. But when asked whether they think other people are biased, they say yes.) Partisans who watch presidential debates invariably think their guy won. When talking heads provide opinions after the debate, partisans regularly feel the people with whom they agree are making careful, reasoned arguments, whereas the people they disagree with sound like they have cloth for brains.

Unvaryingly, partisans also believe that partisans on the other side are far more ideologically extreme than they actually are, said Stanford University psychologist Mark Lepper, who has studied how people watch presidential debates.

Although it is satisfying to think that your side is right and the other side consists of morons, the systematic errors that can be documented in partisan perception suggest something deeper than deliberate tunnel vision."

A versão integral está em

http://aliastu.blogspot.com/2006/08/antolhos.html

Caro Amigo,

Por muito que te pese, se MFleite ironizou nem toda a gente percebeu, e não podes deduzir daí que foram só os do PS que não perceberam, ou não quiseram perceber. Não te enganes. E vai pensando em quem deve liderar o PSD nas próximas eleições. Porque MFLeite já lá não chega. E, se chegar, chega destroçada. E o PSD com ela.


an

Pinho Cardão disse...

Caro Rui:
MFL falou para um auditório específico, que percebeu.
É suposto que os políticos do PS não são gente vulgar, alguns até são ministros e pertencem à elite do país. Como tal, também deviam ter percebido e abster-se da chinfrineira que fizeram.
Paulo Tunhas, no DN, encontrou três razões para o efeito: má fé, hipocrisia ou simples estupidez. Sou mais drástico. Só por um cúmulo das três poderiam ter dito o que disseram. Não são gente de bem.
Quanto à citação, seria trágico que o universo das "elites" do PS traduzisse o universo do psicólogo de Standford. seria. Tu fazes corresponder um ao outro. Ainda julgas essas elites pior do que eu!...

Jorge Oliveira disse...

Caro Pinho Cardão

Não é só uma questão de estilo. Enquanto os dirigentes do PSD não perceberem que estão a lutar contra uma seita de canalhas, não conseguem resultados nenhuns.

Não quer dizer que no PSD também não os haja, mas no PS são eles a a organização.

Conheci muitos deles bem de perto. E posso dizer-lhe que nem mesmo nos tempos do salazarismo vi fazer tanta pulhice (no 25 de Abril eu tinha já 28 anos) como vi aos socialistas.

António Fiúza disse...

Pois até parece que com um jeitinho o Rui F vai votar no PSD. Deve ser só escolher um presidente que lhe agrade!

Pinho Cardão disse...

Caro António Fiúza:
Tirando alguns repentes, o Rui Fonseca é um amigo muito esclarecido. E, diante da mesa de voto, esse esclarecimento, estou certo, vence sempre derivas emocionais!...
Não é, caro Rui?
E se não for,amigos como sempre!...

Tonibler disse...

Caro Pinho CArdão,

Ironia ou não, foi asneira. E o PS aproveitou. Só estranhei o Menezes não ter aproveitado mais, mas pronto.

Bartolomeu disse...

Prezados amigos, autor e comentadores, não creio que invectivar possa ser solução para qualquer problema sobretudo o de divergência de opiniões políticas.
M.F.L. disse, oportunamente, em minha modesta opinião, aquilo que, apezar de amargo, era preciso ser dito. A actuação deste governo, merece que alguem que não tema as palavras e aquilo que elas significam, as utilizem no seu sentido inteiro. Aqules malandrecos do programa contra-informação, caracterizavam-na com o nome "Manuela Azeda o Leite".
Digam-me lá os meus caros amigos se é possível fazer yogourt, sem que o leite azede?! No entanto, auele é considerado um excelente alimento.
Talvez deste modo aquela equipe dos "quero-posso-e-mando", tenham entendido que ha alguem atento e capaz de utilizar a palavra para dizer, sem ter medo de críticas e, se pensarmos um pouquinho, talvez possamos concluir que quem diz com a frontalidade e a coragem da Drª. M.F.L. demonstra que não está com "o rabo preso". Que é como quem diz lá na minha aldeia... "quem não deve, não teme".

Pedro disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
SC disse...

Sempre soubemos que interpretar é uma actividade muito traiçoeira. Somos condicionados por uma infinidade de "coisas" anteriores, do consciente, subconsciente e do inconsciente (ainda se usam estes termos?). Por isso, eu suspeito que não é o acontecimento em si que decide a opinião mas todo o comboio do nosso passado.
Tanto que se eu desconhecesse em absoluto MFL não conseguiria formar opinião sobre o sentido das suas palavras. Mas porque existe esse passado, então eu já consigo ter opinião.
E quais são esses episódios do passado que me “conduzem” a opinião?
MFL quando ministra da educação não ouvia ninguém. E conseguiu alguma reforma significativa? Não me lembro, sinceramente.
MFL quando ministra das Finanças seguiu em frete, sem pestanejar, tomava as decisões que entendia serem as melhores, tratava com desdém absoluto todos quanto criticavam as suas medidas. Tomou muitas medidas, duras, necessárias, corajosas (claro que algumas de muito duvidosa sabedoria). Estou de acordo. Mas fez (tentou?) alguma reforma com significado? Estrutural? Também não me lembro de nenhuma.
Mas reconheço uma reforma a MFL. Esteve pelo menos bastante envolvida na reforma das carreiras da administração pública conseguida no governo de Cavaco Silva. No entanto, hoje todos apontam os defeitos dessa reforma e, ela própria, chamou MONSTRO ao Estado que essa reforma das carreiras ajudou a criar.
E o que é que tinha esta reforma? Progressões automáticas claramente expressas no famoso sistema matricial. Na vertical por concurso e na horizontal por tempo.
Isto desagradou aos sindicatos? Claro que não.
Foi boa? Pelo seu próprio julgamento já vimos que não.
SE são estas lembranças que me levam a acreditar que as palavras de MFL foram sinceras, são resultado da sua própria experiência.
Não se podem fazer reformas contra as corporações? Ela pelo menos nunca o conseguiu.
Uma suspensãosita da democracia? O tom autoritário (arrogante?) que eu lhe observado leva-me pelo menos a acreditar que não desdenharia a oportunidade.
Com toda a sinceridade, é o que “consigo” pensar.
Ironia é outra coisa e tem mais a ver com o facto do PSD "precisar" de uma pessoa como MFL na sua liderança...