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sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Vista curta para tanta transparência!...


Pergunta-se o Expresso, na sua edição de amanhã, se a nacionalização do BPN tinha mesmo de acontecer e quanto é que os contribuintes portugueses terão de pagar…
Tão anestesiados estamos, que a “nacionalização” do BPN, apesar de muito mal explicada, foi admitida com toda a naturalidade. Também eu acabaria por a admitir desta maneira, não fossem umas declarações do Ministro das Finanças referindo que “esta decisão é a menos onerosa para os contribuintes portugueses” …e que a proposta do CA do BPN levava a que “o Estado ficaria com uma participação próxima dos 50% do capital…”.
O Sr. Ministro utilizou o argumento-bomba que, infelizmente, tem a particularidade de atingir quem o utiliza. Pois, se os contribuintes vão ser chamados a pagar os prejuízos, como diz o Sr. Ministro, não vejo como é que é mais favorável pagar a totalidade dos mesmos, como acontece com a nacionalização, em alternativa a poder pagar apenas metade!...
Mas, está bem!...O defeito é meu, este de ver tudo ao contrário do Sr. Ministro. Ele também vê a despesa pública a descer e os impostos a baixar e eu vejo os números do seu orçamento a mostrar precisamente o contrário!...
Problema de vista curta, a minha claro, que não enxergo tanta transparência!...

3 comentários:

Pedro disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Tonibler disse...

A nacionalização é substancialmente mais onerosa para os contribuintes, não só por uma questão de capital. explico aqui

http://tonibler.blogspot.com/2008/11/bpn-2.html

Anónimo disse...

O problema é só ver a despesa e não considerar o retorno que esta despesa possa trazer.
Não estou a par dos factos mas, é perfeitamente concebível de que uma particão em 50% do capital, no fim, renda menos e seja mais arriscada do que uma nacionalização pura e simples.