Cinco anos do 1º Governo de Sócrates (2005 a 2009) permitem fazer o balanço da política orçamental e verificar quanto ela foi incorrecta, por isso, dinamizadora da crise e incapaz de provocar a viragem económica.
De 2005 a 2008, a política fiscal do Governo teve como reflexo a subida do montante arrecadado pelos impostos, a uma taxa média anual de 5,7%, enquanto o crescimento do PIB foi de 0,9% em média anual.
Este exagero de apropriação pelo Estado da riqueza gerada pela economia é a principal causa interna que explica o insignificante crescimento.
A poupança dos particulares e empresas foi drasticamente sugada, o investimento diminuiu 0,6% em média anual. Com a diminuição do investimento, o desemprego naturalmente cresceu e a galinha dos ovos de ouro dos impostos definhou.
De 2005 a 2008, a política fiscal do Governo teve como reflexo a subida do montante arrecadado pelos impostos, a uma taxa média anual de 5,7%, enquanto o crescimento do PIB foi de 0,9% em média anual.
Este exagero de apropriação pelo Estado da riqueza gerada pela economia é a principal causa interna que explica o insignificante crescimento.
A poupança dos particulares e empresas foi drasticamente sugada, o investimento diminuiu 0,6% em média anual. Com a diminuição do investimento, o desemprego naturalmente cresceu e a galinha dos ovos de ouro dos impostos definhou.
Pior ainda, as consequências reflectiram-se em 2009, com o Governo sem meios, mesmo numa perspectiva keynesiana, de intervenção real para alterar a situação. A quebra da receita fiscal foi superior a 12% em 2009 e o PIB diminuiu 2,6%, traduzindo praticamente uma estagnação da economia no quinquénio(crescimento médio anual de 0,2% de 2005 a 2009).
Dir-se-á que o Governo prejudicou a economia para salvar as Finanças Públicas. Mesmo que alguém pudesse reconhecer mérito nesse propósito, nem isso, lamentavelmente, é verdade.
(Continua)
5 comentários:
Caro Dr. PC,
Parabéns pelo vigor e persistência dos seus posts. Apesar das conclusões serem óbvias, espero que continue.
Resultados irrefutáveis...
Em plena rota perigosa
da complicada caminhada
fica a esteira rugosa
da política definhada.
Com a galinha deprimida
por tamanho desleixamento,
a riqueza é espremida
para reles contentamento.
Caro Agitador:
As conclusões são óbvias, mas ao que vejo, a grande maioria ainda jura que o rei vai ricamente vestido...
Caro Pinho Cardão, receio que desta vez não valha a pena recomendar-lhe que esta novela em episódios acabe bem, uma vez que também é baseada em factos da vida real.
Cara Suzana:
Ainda não pensei bem como vai terminar. Depois da visão da realidade, posso pôr as declarações de Sócrates a preencher o capítulo final. E assim seria terminar em beleza!...
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