Marcelo Rebelo de Sousa anunciou ontem que vai fazer campanha sem cartazes. Uma boa decisão. Afinal é possível ir a eleições sem cartazes. Poupa-se dinheiro e as cidades não ficam desfiguradas. Os eleitores perdem? Não creio que as escolhas sejam feitas em função de outdoors, nem que a maior ou menor participação nos actos eleitorais tenha alguma ligação com essa forma de expressão que, a meu ver, pouco ou nada transmite.
1 comentário:
De acordo, cara Drª Margarida.
Também assisti à entrevista de Marcelo, ontem, na SIC.
Gostei de o ouvir, da atitude e da separação que fêz, das águas.
Deixou alguns mais ou menos subtis reparos a Cavaco.
Gostei que afirmasse não rejeitar apoios à candidatura mas, sem ficar a dever favores.
Gostei que mostrasse abertura total para o diálogo e para o acompanhamento regular com os membros do governo.
Gostei que tivesse afirmado pretender ouvir e contactar pessoalmente com os cidadãos. Lembrou-me as "presidências" abertas" de Mário Soares que passou por todas as cidades do país, por inúmeras aldeias, algumas servidas ainda por estradas não alcatroadas; fêz muito teatro, muita campanha para o figurino mas, o simples facto de um Presidente dar atenção aos problemas das comunidades já resulta muitas vezes no ânimo de que necessitam para começarem a fazer elas mesmas a solução. Mas recordo-me que M. Soares, levava para a mesinha de reuniões com o PM, nas reuniões das 5ª feiras, esses problemas que constatava e para os quais pedia e sugeria soluções.
É também isto, que um povo espera do Presidente que elege... que o reconheça, lhe dê a atenção que merece e que exerça a sua influência em prol do bem comum.
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