domingo, 6 de novembro de 2005
Revanchismo
Leio e ouço Saramago, Mário Soares, Clara Ferreira Alves, Mário Mesquita, Fernando Rosas, Francisco Louçã e questiono-me sobre se o "revanchismo de direita" não é afinal de esquerda, esse lugar onde se destilam ódios, onde se faz do ataque pessoal a exígua essência da política, onde da memória distorcida se extrai a substância do verbo. Até ao presente, no combate presidencial apenas encontro révanche no discurso que se reinvindica de esquerda.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
4 comentários:
Cacilva Vácuo ainda não abriu a boca
porque a mulher,
-- espantoso trabalho --,
que nos Anos 80 o ensinou a abrir a boca expelindo menos 50% de perdigotos do que os iniciais,
está de férias.
Brevemente perdigotar..., perdão, falará :-)
Não é apenas o Professor Justino que vê que a nossa esquerda ainda não ultrapassou o estadio em que se vêem fantasmas em tudo o que mexe fora do seu círculo de giz. São tão evidentes os traços de intolerância que caracterizam o discurso desta esquerda lusa, que só não os vê quem não quer, ou quem, em nome de princípios que essa esquerda os acusa de não ter, lhos tolera. Lamenta-se que ao fim de tantos anos de democracia as nossas ditas esquerdas (mais, ou menos, esquerdistas) ainda sofram deste infantilismo ideológico, cada vez mais carregados com laivos de patologia, conforme passam os anos sobre a queda da ditadura, que lhes era tão conveniente ao discurso e fora da qual ainda não encontraram o registo certo de intervenção. Será porque ainda não conseguiram a suficiente maturidade, ou porque, efectivamente, de democracia, a nossa esquerda apenas tolera a sua própria e tão pouco democrática substância?
Execelente comentário, caro Crack, concordo inteiramente.
...aqui está um óptimo exemplo de como se ocupam as mentes dos portugueses mais informados...
Recomendo aplicação mais inteligente dessas mentes!
Enviar um comentário