Ganhar dinheiro em Portugal, mesmo que à custa da prestação de trabalho independente ou para outrem, está a tornar-se matéria odiosa. Paralelamente, está em marcha uma verdadeira perseguição ao mérito, através da devassa injustificada e inquisitorial aos vencimentos de quem exerce funções públicas ou em empresas ou organismos do Estado. Creio que nem com os desvarios do PREC se chegou a uma situação como a actual. Claro que, com este ambiente, pouca gente séria e com valor se predisporá a exercer uma função pública, deixando o caminho livre aos medíocres, boys e aparelhistas.
Ainda hoje o DN diz que um quarto dos Deputados tem segundo emprego pago.
Eu diria que são muito poucos, pois eles serão dos que, tendo alternativa, não precisam absolutamente da política para viver. E, não vivendo dependentes da política e das chefias partidárias, podem desempenhar muito melhor a sua missão. Desconfio mesmo que há muitos Deputados com um só ordenado que não têm qualquer ideia de serviço público. Saber quem cumpre melhor essa ideia, independentemente de ter um ou dois ordenados era o que devia interessar.
Por este andar, não tarda muito que as funções de Deputados, Ministros, Presidente da República ou dirigentes de organismos ligados ao Estado só possam ser desempenhadas por desempregados ou por funcionários públicos liofilizados. Porque todos os outros são gente inquinada e suspeita. Sobretudo se tiverem passado ou presente profissional remunerado, sinal óbvio de impureza bactereológica genética. Aí, são apontados a dedo, para gáudio da populaça.
Nivelem,nivelem tudo...e depois queixem-se!
Declaração de interesse: Não exerço, nem conto exercer, funções políticas, nem em organismos do Estado ou aparentados.
Ainda hoje o DN diz que um quarto dos Deputados tem segundo emprego pago.
Eu diria que são muito poucos, pois eles serão dos que, tendo alternativa, não precisam absolutamente da política para viver. E, não vivendo dependentes da política e das chefias partidárias, podem desempenhar muito melhor a sua missão. Desconfio mesmo que há muitos Deputados com um só ordenado que não têm qualquer ideia de serviço público. Saber quem cumpre melhor essa ideia, independentemente de ter um ou dois ordenados era o que devia interessar.
Por este andar, não tarda muito que as funções de Deputados, Ministros, Presidente da República ou dirigentes de organismos ligados ao Estado só possam ser desempenhadas por desempregados ou por funcionários públicos liofilizados. Porque todos os outros são gente inquinada e suspeita. Sobretudo se tiverem passado ou presente profissional remunerado, sinal óbvio de impureza bactereológica genética. Aí, são apontados a dedo, para gáudio da populaça.
Nivelem,nivelem tudo...e depois queixem-se!
Declaração de interesse: Não exerço, nem conto exercer, funções políticas, nem em organismos do Estado ou aparentados.