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quarta-feira, 30 de setembro de 2015

A pitoresca unidade da esquerda II


O voto no Partido Comunista e no Bloco de Esquerda é um voto na Coligação da direita 

Carlos César, Presidente do Partido Socialista

E onde fica o PS? Na esquerda, que engoliu a direita ou na direita que assimilou a esquerda? Que grande confusão reina nas hostes socialistas....

terça-feira, 29 de setembro de 2015

A pitoresca unidade da esquerda I

O voto no Partido Comunista e no Bloco de Esquerda é um voto na Coligação da direita 
Carlos César, Presidente do Partido Socialista
Pitoresca unidade esta, a tão reclamada da esquerda...

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Quem queira afastar-se do ruído...

... habitual das campanhas e das profecias dos comentaristas e outros gurus televisivos, pode ler a análise de Pedro Magalhães aqui.

Mais um défice socialista

Exercício da mais desbragada demagogia e falta de respeito pelo cidadão foi a posição do PS sobre os efeitos no défice do empréstimo de 3,9 mil milhões do Estado ao Fundo de Resolução para apoio à capitalização do Novo Banco.
 Como foi referido pela própria CE tratou-se de uma operação meramente contabilística e de natureza estatística, não afectando a trajectória de correção do défice excessivo. Com efeito:
a) o Fundo de Resolução foi criado pelas instâncias europeias pouco antes dos acontecimentos do BES, precisamente para apoiar bancos em dificuldades e é financiado pelo sistema financeiro de cada país. O objectivo visou fazer recair sobre o sistema financeiro, no seu todo, o ónus de intervir em caso de dificuldades de alguns dos seus membros, como forma de não prejudicar os contribuintes. 
b) devido ao pouco tempo que mediou entre a sua criação e o apoio à capitalização do Novo Banco, o Fundo ainda não possuía os meios suficientes ao apoio exigido. Daí, o empréstimo do Estado, empréstimo remunerado. 
c) assim,  é certo que o Estado vai receber esse valor através das contribuições do sistema financeiro para o Fundo de Resolução. Só não o receberia se houvesse um colapso total do sistema financeiro português, o que não é hipótese sequer imaginável.
d) em termos substanciais, a operação não conta, nem poderia contar para o défice, porque não se trata de um custo, de um gasto, de uma despesa corrente, mas de algo assimilável a investimento financeiro, pelo qual o Estado tem um proveito financeiro, aliás  superior ao custo financeiro.
e) défices provocados por operações dessa natureza eu diria que são défices virtuosos. Em bom rigor, é  um investimento em activo financeiro. 
O PS, se sabia isto, quis enganar os cidadãos e trata-se de má fé; se não sabia, a ignorância é indesculpável. 
Poior ainda, atribui culpas ao governo pelo colapso do BES e pela solução encontrada, mas nunca referindo alternativa. Claro que uma delas poderia ser a nacionalização, a pior que se poderia imaginar. E aí o apoio financeiro seria tratado como défice real, e não apenas estatístico. Porque se tratava de uma injecção directa de dinheiro num banco enm dificuldades e não num organismo como o Fundo de Resolução.
E nem o exemplo do BPN, que todos pagamos, evitou tão rasteira demagogia. Mais um défice socialista.   

domingo, 27 de setembro de 2015

Parque dos Poetas | Oeiras | Outono de 2015


A névoa que cega o PS

António Costa e o Partido Socialista deram agora em criticar os organismos, internacionais e nacionais, que se pronunciam de forma objectiva as contas portuguesas.
Depois de, mostrando profunda ignorância ou má fé, embandeirarem em arco com o noticiado défice de 7,2% em 2014, ficaram decepcionados com o esclarecimento da CE, cujo Vice-Presidente referiu que o empréstimo ao Fundo de Resolução para apoio à capitalização do Novo Banco era uma operação meramente contabilística e de natureza estatística que não tinha consequências no défice e na dívida de 2015, nem afectava a trajetória de correção do défice excessivo (o que, aliás, é óbvio, para quem tenha o conhecimento mínimo do que é e como funciona o Fundo de Resolução). Mas, como não podiam contestar tal facto sem caírem no ridículo, de imediato acusaram a CE de interferência na campanha eleitoral.  
Logo a seguir, António Costa e o Partido Socialista ficaram decepcionados com as notícias da evolução da receita fiscal, da despesa pública e do eventual reembolso da Sobretaxa do IRS, que não lhes eram agradáveis, apesar de favoráveis aos cidadãos,  E logo acusaram o Fisco e a Direcção Geral do Orçamento de estarem ao serviço da Coligação (DGO que, de há muitos anos a esta parte, publica por volta do dia 23 de cada mês uma Nota sobre a execução orçamental).
Isto é, o PS vagueia numa enorme e irreal nebulosa e dá-se mal, muito mal, quando a verdade objectiva dos factos vem dissipar a névoa que o vai cegando.

sábado, 26 de setembro de 2015

Há, mas não são verdes.

Dias antes de rebentar o escândalo com os modelos da Volkswagen, a imprensa internacional difundia que a empresa responsável pela sua produção tinha sido considerada "a mais sustentável do mundo". O reconhecimento foi feito pelo Índice de Sustentabilidade do Dow Jones que analisou 31 empresas detentoras de marcas de automóveis e atribuiu à VW 99 em 100 pontos possíveis.
O caso, se põe claramente a nu a sofisticação dos esquemas de manipulação dos consumidores de que são capazes as mais reputadas corporações (que vão muito para lá das simulações tecnológicas, envolvendo também a cumplicidade de instituições ditas independentes e em grande medida os media), revela a perigosa captura de conceitos basilares do que se chegou a chamar uma nova ordem para o planeta finito que habitamos. Conceitos como "responsabilidade ambiental", "economia verde", "sustentabilidade" servem hoje de esteio às mais rematadas patranhas, explorando a boa fé dos cidadãos, ampliadas por muita ingenuidade - e alguns interesses materiais pelo meio - dos movimentos ambientalistas.
Estou em crer que este escândalo não fica por aqui e terá repercussões noutros sectores para além do automóvel, em especial na indústria alimentar "sustentável". Porém, esta denúncia da desonestidade da VW tem sobretudo a virtude da purificação ambiental. Não aquela que normalmente é associada às questões da sustentabilidade, mas na formação de sociedades menos suscetíveis de se deixarem poluir pelas promessas de novos sóis.

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

A contribuição socialista para o PIB espanho ou alemão...

Numa economia tão pequena e tão aberta como a portuguesa, tentar fazer crescer, hoje, a procura interna para fazer crescer a economia afigura-se-me um arcaísmo, e um erro; esvai-se em importações, sendo um excelente contributo para o crescimento do PIB... espanhol, ou alemão. É um daqueles “actos de ternura” contra os quais é necessária a coragem de lutar, tanto mais quanto mais suportados por dívida (como será necessariamente o caso). Há quem pense que rende votos; não sei, talvez...
Daniel Bessa  no Publico de 22.09.2015
Ah, grande Costa...ah grande Centeno!...

Programa Aylan, um plano inspirador...

O Programa Aylan do INATEL é um excelente exemplo de como as empresas/instituições podem dar um contributo responsável para a inclusão económica e social dos refugiados. O acolhimento dos refugiados passa necessariamente pelo esforço e pelo compromisso perante a sociedade em oferecer soluções que permitam juntar qualidades pessoais, desenvolvimento de competências técnicas e profissionais e oportunidades de trabalho. Assim o INATEL tenha seguidores e que os seus programas sejam aproveitados.
 
O plano é simples. O Inatel, que tem actualmente cerca de 800 funcionários distribuídos pela sua rede de unidades em todo o país, contrata em média, de forma temporária, mais 200 trabalhadores para responder às maiores necessidades sazonais da época alta do Verão. No Verão de 2016, Fernando Ribeiro Mendes, conta já ter ao serviço da Inatel refugiados como trabalhadores.
 
“Não estamos a falar de caridadezinha. Receberam formação específica, turística, cultural, hoteleira e também em idiomas e depois, provando as competências adquiridas, terão contratos de trabalho nas mesmas condições que cá têm os portugueses. Neste momento há uma onda de generosidade para lhes dar dormida e comida. Isso é essencial agora, mas depois de isso estar resolvido, o que farão? Pensamos numa via solidária orientada para a autonomização e independência criando oportunidades de trabalho”, ilustrou ainda Fernando Ribeiro Mendes.
 
O Inatel usará ainda na dinamização deste plano o seu contacto privilegiado com algumas cadeias de hotéis privados. “Vamos tentar criar também emprego em alguns hotéis com os quais trabalhamos”, disse o presidente da fundação. Com 16 unidades espalhadas pelo país e com um total de 800 camas, a fundação aproveitará os seus próprios recursos, nomeadamente os cursos internos de formação em hotelaria, para formar os refugiados nesse âmbito.
 
“Também arranjaremos formadores em língua portuguesa e inglesa”, apontou o responsável que, para já, não consegue indicar uma data concreta para iniciar a formação já que tal depende ainda das datas de chegada dos refugiados a Portugal que receberá cerca de 4500 pessoas.
 
Se o INATEL tem capacidade e vontade de levar por diante o Programa Aylan, tão ou mais importante é que este tipo de programas beneficie efectivamente os refugiados. Ora, este objectivo não será automático e pode encontrar dificuldades em se concretizar. Ainda não se percebeu como e onde serão acolhidos os refugiados e em que condições.

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Contas externas até Julho: boas notícias, mas vamos a ver...

1. Foi divulgada na última 2ª Feira a posição das contas externas, (agora até Julho), tema que habitualmente nos ocupa, revelando uma expressiva melhoria em relação ao mesmo período de 2014, traduzida num saldo positivo das Balanças Corrente e de Capital, de € 1.405,6 milhões, mais 28,9% do que o saldo apurado no ano anterior (€ 1.090,8 milhões).
 
2. A Balança Corrente apresenta um saldo positivo de € 103,3 milhões, que contrasta com o saldo negativo de € 410,2 milhões do mesmo período de 2014, em consequência de uma melhoria em todas as rubricas (comparação homóloga):
- O défice dos Bens reduziu-se de € 5.014,3 milhões para € 4.822,4 milhões, beneficiando da melhoria dos termos de troca que a queda do preço do petróleo tem propiciado;
- O excedente dos Serviços aumentou de € 6.070,6 milhões para € 6.303,5 milhões, com destaque para o excedente do Turismo, que aumentou de € 3.436,5 milhões para € 3.920,5 milhões (+ 14%);
- O défice dos Rendimentos (Primário + Secundário) diminuiu, de € 1.466,4 milhões para €1.387,8 milhões, merecendo registo o facto de as remessas dos Emigrantes manterem um crescimento interessante, passando de € 1.471 milhões para € 1.563,8 milhões (+6,1%).
 
3. Quanto à Balança de Capital, o superavit em 2015, de € 1.302,5 milhões, é ainda inferior ao registado em 2014, de € 1.474, mas tem vindo a aproximar-se gradualmente.
 
4. Boas notícias, certamente, mas vamos a ver...vamos a ver qual seria o tempo necessário para se inverter esta posição, caso os Crescimentistas possam - será que vão poder? - por em prática todas as (crescentes) benesses do seu frenético caderno promissório...suspeito que escassos meses... 

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

8 meses depois, gregos sufragam Austeridade, as voltas que o Mundo dá...

1. Bastaram 8 meses de ilusões vendidas e de ilusões desfeitas para que os gregos tenham ontem votado, claramente, a favor da aplicação de um Programa de Ajustamento Económico e Financeiro (vulgo, de Austeridade), "acabadinho" de negociar com os seus credores internacionais.
 
2. E é muito curioso o facto de a mesma coligação de partidos - com algumas alterações de vulto, é certo, por força da exclusão dos radicais de esquerda e do ultra-famoso Varoufakis - que conseguiu vender a ilusão do abandono da austeridade e da imposição da vontade nacional aos credores, há 8 meses...
 
3...ter agora recebido um mandato popular, quase tão expressivo como o anterior, para aplicar um realíssimo Programa de Austeridade.
 
4. Indecisos durante as últimas semanas, segundo as sondagens de opinião, os gregos acabaram por atribuir este mandato ao Syriza e não à Nova Democracia: o que tem lógica, na minha opinião, considerando o bom princípio de que quem negoceia o Programa deve também aplica-lo.
 
5. Daqui por um ano - não será preciso mais tempo, por certo - veremos como "param as modas". Mas que esta votação teve graça e revelou sabedoria, creio que não haverá grande discussão... 

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

A "condição de recursos" foi a estrela do debate...

No debate de hoje com Pedro Passos Coelho e António Costa registei a propósito do tema da Segurança Social dois momentos.
Um primeiro momento quando foi introduzido o tema da "condição de recursos". Para quem ainda não está familiarizado com a expressão, a condição de recursos é um limite máximo do rendimento/património até ao qual os beneficiários têm direito a prestações sociais. Que prestações sociais são estas? São as prestações não contributivas, isto é, financiadas pelos impostos. Sendo financiadas pelos impostos devem ser atribuídas tendo em conta a situação económica dos beneficiários. Exemplos: abono de família, rendimento social de inserção, subsídio social de desemprego, completo solidário para idosos, pensões sociais, complementos sociais, e as prestações em género por via da acção social (leres, creches, etc.). Estes dois últimos grupos não têm condição de recursos.
A condição de recursos serve, pois, para aferir da situação de carência económica dos beneficiários. A aplicação desta regra não está generalizada no nosso sistema de Segurança Social a todas as prestações sociais não contributivas.
A aplicação de uma condição de recursos na atribuição das prestações sociais em causa deveria ser obrigatória. Esta obrigação é um imperativo de justiça social e de ética financeira. De justiça social porque só devem ser apoiadas pelo Estado as pessoas e as famílias cuja situação económica o justifica. De ética financeira porque a garantia de mínimos sociais, sendo financiada pelos impostos, implica que a sua utilização obedeça a critérios de comprovada justificação.
Os complementos sociais (atribuídos para perfazer as pensões mínimas) são um exemplo de prestações sociais não contributivas sem condição de recursos. Consomem uma fatia significativa de recursos públicos.  O montante desta despesa ascende a 1,8 mil milhões de euros por ano.
Entrando no debate, António Costa quando questionado sobre a redução da despesa com prestações sociais no montante de mil milhões de euros (no período da legislatura), inscritos no programa do PS  através da "condição de recursos nas prestações sociais não contributivas", não respondeu, não detalhou a medida. Porquê? O que lhe aconteceu? 
Pedro Passos Coelho não se pronunciou sobre a política da Coligação em relação a esta matéria. Vai continuar a pagar complementos sociais e a permitir o acesso às IPSS sem verificar a situação económica dos seus beneficiários?
 
Um segundo momento em que Pedro Passos Coelho insiste na necessidade de uma reforma da Segurança Social. O programa da Coligação não esclarece qual é a reforma, descreve apenas alguns princípios que devem ser observados. Esteve bem em de novo lançar o repto a António Costa para que este assunto seja tratado em conjunto com o PS. António Costa fugiu ao assunto.

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Antes tarde que nunca

O Observador recorda-o, e eu, quando li o comunicado do BdP adiando a venda, lembrei-me da razão de Vitor Bento para uma saída, à primeira impressão surpreendente, da administração do Novo Banco. Manifestei então aqui no Quarta República a minha estranheza pela estratégia do BdP de vender quase de imediato, ignorando-se que um banco bom não se torna bom porque assim o qualificam, nem se torna novo por repudiar o passivo da herança. Até porque algum do passivo, como agora se torna claro, não é (facilmente) repudiável...
A posição de Vitor Bento pareceu-me então de uma enorme racionalidade na medida em que a alienação da totalidade de um banco herdeiro de problemas, numa conjuntura desfavorável, olhado com natural desconfiança pelo mercado, sem se saber se careceria de reforço dos seus capitais, até a um ignorante como eu se afigurava uma decisão temerária.
A sensatez chega agora a quem a deveria tê-la permanentemente aprovisionada. Ainda assim, antes tarde do que persistir na senda da imprudência.

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Grécia cresce mais do que Portugal...só isso?!


  1. Um dos “sound bites” utilizados pelo líder do PS  – com grande efeito, a avaliar pelas reacções de Tudólogos e de outros distintos “opinion-makers” – no debate do último dia 9  (a que não tive o privilégio de assistir), terá sido exactamente este – a Grécia cresceu mais do que Portugal…
  2. Considero curiosa aquela afirmação, que em termos objectivos até é exacta se nos      ativermos á variação em cadeia do PIB no 2º trimestre do corrente ano – o PIB da Grécia cresceu 0,9%, em Portugal cresceu apenas 0,5% (no trimestre anterior já não seria assim, e também não seria assim se cotejados os crescimentos homólogos).
  3. Acho curiosa a afirmação mas, para ser mais consequente, deveria ter concluído – uma vez que era do mérito relativo de políticas que se tratava - que a política do Syriza teve o condão de fazer crescer a economia da Grécia mais do que a insípida política do Governo português…e, logo, que as opções do Syriza até estavam correctas - Varoufakis, afinal, até sabia do negócio ao contrário do que por aí fizeram constar.
  4. Mas não só essa conclusão não foi extraída ( "et pour cause"…) como também não foi explicado como é que a Grécia conseguiu surpreender com esta evolução do PIB no 2º trimestre: graças a um forte aumento do consumo público (+3,8%), leia-se despesa pública, acompanhado de uma quase estagnação do consumo privado (+0,1%) e de uma forte queda do investimento (-10,5%)…
  5. … enquanto que na vertente externa as importações tiveram uma queda acentuada devido à dificuldade em liquidar operações ao exterior.
  6. Se estas duas vertentes explicativas tivessem sido avançadas, o “sound bite” soaria bem mais claro e completo, todos ficaríamos mais esclarecidos. Foi uma pena…

sábado, 12 de setembro de 2015

Segurança Social a precisar de várias reformas...

O sistema de pensões precisa de ser reformado. Uma ideia que já entrou em casa de uma grande parte dos portugueses. Só não sabem qual é a reforma que os políticos propõem. Ouvem falar que há um buraco nas contas da Segurança Social, não percebem como é possível, ouvem falar que é preciso cortar nas pensões, já conhecem a experiência, ouvem falar que é preciso cortar na TSU, a ideia soa-lhes atractiva, e mais recentemente entrou no léxico mediático o plafonamento, mas não sabem o que é, muito menos sabem quais são as diferenças entre horizontal e vertical, e pensam que é mais uma medida dos governantes e políticos que traz "água no bico." A desinformação é total. E esta é muito má conselheira. Gera desconfiança e incerteza. Uma estratégia errada e perigosa. Não resolve nada, vai tornar mais difícil uma decisão política.
O sistema de pensões tem aguentado muito, os seus problemas estão assumidos à direita e à esquerda. O sistema de pensões tal como está desenhado não gera contribuições suficientes para fazer face às pensões prometidas de acordo com as regras definidas. Esta incapacidade deve-se à evolução demográfica conhecida e ao problemas do crescimento económico, incluindo o emprego e a produtividade.
Mas não é apenas o sistema de pensões que precisa de ser reformado. Os serviços da Segurança Social precisam, também, de uma transformação. A notícia fala por si. É uma vergonha a forma como a Segurança Social está organizada e se relaciona com os cidadãos. Ao estilo do terceiro mundo. Um péssimo exemplo que o Estado fornece sobre a sua incapacidade de prestar serviços com qualidade, de ser eficiente e de tratar com dignidade os cidadãos que dele dependem. Tanta mediocridade já cansa. A Segurança Social é uma das instituições a necessitar de um novo modelo de funcionamento, em que é preciso privilegiar a proximidade aos cidadãos. Proximidade significa tratar bem os cidadãos, significa que estes confiam e podem contar com o sistema. Não é pedir muito, pois não?

O debate IV- A história reescrita

Quem chamou a Troyca foi Passos Coelho, afirmou Costa no debate.
A confirmação da verdade agora revelada veio de imediato:
“O PSD, e Pedro Passos Coelho, solicitaram, oficialmente, e defenderam a vinda da troika. Mas quem accionou, formalmente, o empréstimo internacional foi, como teria de ser, o Governo em funções, do PS". 
Paulo Pena, Público de 11 de Setembro
"Costa conseguiu, por exemplo, consolidar a ideia de que a Troyca veio para Portugal não porque o governo de Sócrates a pedisse, mas sim porque o PSD a solicitou..."
João Paulo Henriques e Paula Sá, DN, 10 de Setembro
 (http://www.dn.pt/politica/interior.aspx?content_id=4770382&page=-1)
Ora aí está! Toma, que já almoçaste. E, pelo andar da carruagem, a viagem ainda mal começou... 

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Exportações (de Bens) até Julho: bons ventos de Espanha e do petróleo mantêm-se...


  1. Foram ontem divulgados pelo INE os dados do comércio externo de Bens (faltam os Serviços) até Julho/2015: aumentos das exportações de 5,7%, para quase € 30 mil milhões, e de 3,5% das importações, atingindo € 35,6 mil milhões.
  2. O défice, de € 5.630 milhões, é inferior em 7% ao registado em igual período de 2014, graças, naturalmente, aos ganhos em termos de troca associados à quebra dos preços do petróleo.
  3. Quando se excluem as transacções de combustíveis/ lubrificantes, o défice sobe quase mil milhões em relação ao meso período de 2014: apesar de se manter um bom aumento das exportações, +5,2%, o aumento das importações é mais forte, de +8,4%.
  4. Quanto a países/clientes, continuam a merecer destaque o forte ritmo de aumento das vendas para Espanha, +11,7%, graças à fase muito positiva que a economia Espanhola atravessa (efeito Podemos, por certo), bem como para o Reino Unido, +13,8%, para os EUA, +29,6% e (quem diria) para a China, +18,7%.
  5. Em sentido negativo mantêm-se as exportações de Bens para Angola, com uma queda homóloga de 26,9%, em consequência da forte contenção das importações a que este País se encontra sujeito em resultado da acentuada queda dos preços do petróleo.
  6. Em suma, temos aqui boas notícias – que serão por certo confirmadas lá para o dia 21 quando forem divulgados os dados globais da balança de pagamentos - mas o alerta para os Crescimentistas dorminhocos deve ser mantido, a bem da Nação, uma vez que o bónus do preço do petróleo não vai durar sempre…

O debate III

Afinal, quem chamou a Troyca foi Passos Coelho. António Costa o disse, no debate de ontem.
Não foi nem Teixeira dos Santos e, muito menos, Sócrates. Foi Passos Coelho!... Não há como um debate para ficar tudo transparente, saber novidades escondidas e jamais sonhadas. 
Eu já sabia que os telejornais truncavam a informação. Mas ao ponto de exibirem duplos de Teixeira dos Santos e de Sócrates a chamar a Troyca, quando tal feito pertenceu a Passos Coelho, isso é que nem sabia, nem sonhava. Nem os figurantes substituídos, atrevo-me a pensar!... 

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

O debate II

Ouvi e vi o debate. Não comento o que Passos e Costa disseram: cada qual que tire as suas conclusões. 
Mas os entrevistadores, senhores? Um absoluto inconseguimento. Culpa do modelo? Seguramente que sim. Culpa dos jornalistas? Claramente que também. 
Correm agora os produtos derivados da entrevista. Como de costume, e seguindo a tradição, produtos compostos da mais elevada toxicidade. 

O debate I

Afinal, e mesmo ouvindo de longe os eméritos jornalistas e comentadores das nossas televisões, já sabemos o que Passos Coelho e António Costa nos vão dizer no debate de logo à noite. E não só o que vão dizer, mas como o vão dizer. 
E, com o enorme carinho que nos devotam, já anunciaram baterias de pensadores para analisarem o que os dois políticos disseram. Mais precisamente, para analisarem se eles disseram ou não o que os comentadores tinham antecipado e da forma como tinham antecipado. 
Claro que as ideias de Passos e Costa pouco interessam neste delírio analítico. No fim, o que os políticos disseram de nada vale; vale, sim, o que os pensadores nos dizem  que eles disseram. Os pensadores têm a última palavra, logo à noite e no dia seguinte.  
Enfim, uma forma de exploração do poder eleito ou a eleger pelo soberano quarto poder. Claro que se o primeiro abdica dos seus direitos, logo há outro que os toma para si. Promovendo um mero produto comercial, transfigurado em informação, 

sábado, 5 de setembro de 2015

Refugiados, as pessoas podem fazer muito...

Uma mensagem de exemplo, com uma enorme carga simbólica, exemplar, apelando à generosidade e solidariedade de todos e de cada um. Por cá, seria bom que o assunto dos refugiados não fosse um motivo de discórdia político/partidária ou arma de arremesso político. Os portugueses querem ajudar. O Estado deve saber interpretar o sentimento do país, organizando a integração plena dos refugiados, oferecendo-lhes a oportunidade de viverem num país caloroso e beneficiando das suas qualificações e talentos. É isto que temos de fazer, conjugar vontades, que são muitas, unir esforços e coordenar meios. As pessoas fazem o resto.

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Um contributo técnico para a Unidade de Esquerda


Em nome da unidade da esquerda, requerer-se-ia um gesto técnico semelhante por parte da Catarina Martins...
Mas fiquemos por aqui...porque, em nome das quotas, exigir outro tanto ao Rui Tavares e ao Marinho e Pinto seria uma ameaça colossal à unidade!...
De qualquer modo, atenção, que a Ana Drago anda pelo Livre e aí há sempre Tempo de Avançar!...

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Vendas de automóveis aceleram em Agosto, Crescimentistas ressonam...


  1. Segundo informação ontem divulgada, após um abrandamento em Julho (aumento pouco superior a 10% relativamente a Julho/2014) as vendas de automóveis novos em Portugal aceleraram em Agosto, registando um aumento de 24%.
  2. O crescimento foi mais forte no segmento de pesados (+59,3%) e um pouco menos intenso nos ligeiros (+23,4%).
  3. Como curiosidade, os aumentos mais expressivos, em termos relativos, foram registados no segmento de automóveis considerados de luxo: Ferrari  +400% (5 unidades); Jaguar + 266,7% (33 unidades); Mercedes + 47,9% (976 unidades).
  4. Não é fácil encontrar uma explicação para esta preferência por automóveis de luxo, mas não excluo que o medo em que as famílias vivem em relação a despesas extra tenha constituído um factor de peso (o nosso amigo Pires da Cruz, especialistas nestas análises, melhor poderá esclarecer).
  5. Quanto aos primeiros oito meses do ano, o crescimento das vendas cifra-se em 27,7% relativamente ao mesmo período de 2014.
  6. Mais um motivo para os simpáticos Crescimentistas despertarem do sono profundo em que se encontram inexplicavelmente mergulhados e se aperceberem da realidade que os cerca…

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Tipicamente socialista!...

Costa, sim, o Secretário-Geral do PS, não um qualquer Costa a falar à mesa do café, admite financiar a Segurança Social com dinheiro das portagens. Porventura vai financiar os défices das PPPs rodoviárias, que atingem o valor de algumas centenas de milhões de euros anuais,  com o dinheiro da Segurança Social...Que, por sua vez, vai "financiar" a descida da TSU em quatro pontos percentuais segundo o peregrino programa "centenário"adoptado como bíblia pelo PS.
Pitoresca ideia, afinal de contas, e tipicamente socialista. Sacando à direita e à esquerda, não interessa onde, no fim alguém há-de pagar...