2005 não deixa grandes saudades. Não foi, de facto, um ano bom para a generalidade dos portugueses.Aumentou o custo de vida e diminuiu a capacidade aquisitiva. Incrementaram-se os níveis de endividamento do Estado e das famílias, aproximando algumas da insolvência. Aumentou o desemprego e não se criaram novas empresas geradoras de trabalho. Estagnou a economia. Não se equilibraram as contas públicas e continuou a hipnose dos projectos megalómanos. Não melhorámos o ambiente. Acentuou-se o descrédito da justiça. Tal como se acentuaram sentimentos colectivos e comportamentos individuais como a inveja e o voyerismo, alimentados por uma comunicação sedenta de escândalos à qual não têm escapado títulos tidos como de referência...
Vendo a coisa positivamente, e recorrendo ao "futebolês", significa isto que em 2006 temos uma boa "margem de progressão" face ao ano triste que foi 2005.
Há, pois, que ser optimistas e cientes de que o ano bom somos nós igualmente que o construímos. Com o nosso esforço, com a nossa participação cívica.
Recordo o sempre citado pensamento de Ward: "O pessimista queixa-se do vento, o optimista espera que ele mude e o realista ajusta as velas".
Desejemos que no ano que entra se ajustem as velas aos bons ventos.
Um bom ano de 2006.























