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sábado, 3 de dezembro de 2005

Crucifixos ou preservativos?

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O alarido feito em torno da retirada de alguns crucifixos de salas de aula de escolas portuguesas teve hoje o esclarecimento da sua verdadeira dimensão: segundo o Ministério da Educação, não mais de 20 escolas mantinham aquele símbolo religioso. A velha esquerda jacobina indignou-se com tão insuportável reminiscência, transformando a sua indignação numa bandeira eleitoral a que não resisitiram Alegre e Louçã.
Ainda não apagado o fogo da indignação eis que surge uma proposta originária dos mesmos sectores. Mário Soares, em declarações no acto de lançamento do MP3, movimento de jovens apoiantes da sua candidatura, defendeu "a distribuição de preservativos nas escolas" (edição impressa do Público, p.9). A ideia não é nova. A JS e o Bloco de Esquerda já haviam defendido a instalação de máquinas de preservativos em todas as escolas.
O que me impressiona é esta obsessão com os preservativos nas escolas, como se estas fossem locais privilegiados para a concretização do acto sexual desprotegido.
Será que é esta a imagem que querem fazer passar? Uma espécie de novo símbolo da pós-modernidade escolar?
Já agora porque não colocar máquinas de preservativas nos tribunais, nos corredores da Assembleia da República, nos Paços do Concelho, na sede da Junta de Freguesia ou à entrada de qualquer quartel militar?

5 comentários:

josé disse...

Meus caros:

Se se derem ao trabalho de lerem um pouco do blog Ateista, acho que ficarão a entender melhor e com maior extensão, o verdadeiro significado da palavra "fanatismo".
Neste caso, tipo cadela Laica, como dizia outro blogger.
Mas provindo dos mesmos confins da mente que alimentam todos os fanatismos.

Parece-me, pela violência dos escritos; pela iconoclastia sem humor algum;pela intransigência nos pormenores eo rigor nos conceitos.

Um bom blog,feito por gente inteligente e com capacidade de escrita.
Fnatismo puro e duro, como é muito difícil de encontrar, mesmo em blogs pró nazis.

Tonibler disse...

Caro Pinho Cardão,

O Feriado é porque a maioria é católica. O crucifixo sai porque não são todos católicos.
Eram 20 escolas, resolveu-se. Pronto agora já não há mais problemas destes.

Caro djustino,

Já os nossos filhos usarão uma técnica ultra-super-cómoda-eficiente e vai haver um grupelho de "jovens modernos defensores do preservativo nas escolas". Como hoje o Louçã não se cala com o aborto.

Carlos Monteiro disse...

Caríssimo djustino,

Cito-o: "(..)como se estas [as escolas] fossem locais privilegiados para a concretização do acto sexual desprotegido."

Respondo: Se bem me lembro, são.

crack disse...

Coloca o Professor Justino, a meu ver muito bem, a questão da obsessiva insistência da colocação de máquinas de preservativos, ou da distribuição dos mesmos, nas escolas, como se fossem estas locais em que o sexo é passível de ser natural e admissivelmente praticado. Ora, como sabemos, a não ser em situação de manifesto e absoluto desrespeito pela natureza, dignidade e função a que se destina o estabelecimento de ensino, não são os actos sexuais passíveis de aí ser praticados, pelo que a “acessibilidade” aos preservativos no espaço escolar induz à confusão dos alunos e à prática de actos não admitidos pelas normas legais e regulamentos das escolas. Pode dizer-se que funcionará até como uma armadilha para os alunos, que, apanhados em actos sexuais dentro do recinto escolar, ficam abrangidos pelo estatuto disciplinar do aluno e respectivas sanções.
O que se pretende, portanto, com a distribuição de preservativos nas escolas? Induzir práticas sexuais mais seguras fora do recinto escolar? Essa função, no que toca ao acesso ao preservativo, cabe à sociedade, criando instrumentos legais e práticas sociais que permitam aos jovens terem acesso aos adequados meios que lhes permitam viver em segurança a sua sexualidade, de acordo com uma correcta educação sexual, que esta, sim, cabe no domínio de intervenção da escola. Recorrendo ao provérbio conhecido, à escola não cabe fornecer o peixe, tão só ensinar a pescar.

Carlos Monteiro disse...

A escola não é o «instrumento» de formação da sociedade?