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segunda-feira, 27 de março de 2006
Cá se fazem...
... cá se pagam!
Então o PS não criticou o PSD quando o então Ministro da Saúde falou em fechar maternidades?
Claro que criticou!
E agora... paga-se-lhes na mesma moeda.
Então o PS não criticava os resultados das Cimeiras Europeias e dizia que eram um fracasso?
Concerteza!
Agora... levam pela mesma bitola.
Então o PS não denunciava a reforma da administração pública como um ataque aos direitos dos funcionários públicos?
Obviamente!
Pois agora... comem pela mesma medida.
Então o PS não criticava o aumento do desemprego nos Governos do PSD?
Naturalmente!
Claro que agora...
... meu pobre País.
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3 comentários:
é o que se pode chamar uma oposicão "construtiva!"
Por acaso é tramado não é?
Num só golpe, o PS ganhou as eleições legislativas com maioria absoluta e desarmou por completo a oposição ao adoptar medidas que, a própria oposição adoptaria se fosse governo.
Isso é, de facto, "lixado". Pois agora, o que é que resta para a oposição dizer? A oposição não tem nada a que se opôr.
Sabe o que é que me deixa realmente danado? É saber que todas estas (e as outras) medidas, são medidas avulso. É como chamar os bombeiros para apagar fogos, apagam-nos num determinado momento, num determinado local. É um "patch" para resolver um problema específico num dado momento. É a gestão corrente de uma situação, nada mais.
Não há uma linha de orientação estratégica. Não há uma visão unificadora de aonde se quer chegar, nem o que é que se pretende construir com as medidas adoptadas.
Eu sou muito, muito básico. Para mim governar um país é como construir uma casa. Tudo começa com um projecto onde o arquitecto faz um desenho da casa que quer construir. Define os materiais a utilizar e por aí adiante até chamar os engenheiros, construtores civis, os pedreiros e afins, para executarem o projecto que idealizou. Tudo isto, é feito em função do orçamento e dos recursos disponíveis.
No nosso caso em particular, temos actualmente um "arquitecto" sem projecto que quer, dar umas marteladas, nas fundações de uma casa que não foi nem projectada, nem construída por ele. O problema aqui é que o nosso "arquitecto" nem sequer sabe onde é que quer dar as marteladas, então vai martelando em todo o lado - assumindo o risco de martelar no sitío errado e a casa vir abaixo - até achar que encontrou o sítio certo.
No entanto, há aqui outro pequeno senão. Como este nosso "arquitecto" (audaz e confiante na fortuna), não tem um projecto próprio ele nunca vai saber qual é o sítio certo, nem se lhe acertou ou não.
Mesmo as vozes discordantes, não podem discordar assim tanto porque, se por um lado não sabem que raio de casa aquela criatura quer construír, por outro também não têm nem nenhum projecto para fazer obras de remodelação na casa existente, nem projecto para construir outra casa de raíz, nem tão pouco um projecto para construir um anexozinho ao lado da casa.
É exactamente por isto, que me recuso a pagar as quotas do partido (e "vocêzes" perdem uma mente brilhante como a minha... não sei porquê, agora lembrei-me de água benta!). Sem projectos bem arquitectados, tanto o governo como a oposição são apenas mais uns tipos de martelos na mão, prontos a martelar em qualquer coisa ou qualquer sítio.
Por aí se vê que as diferenças não são muitas ...
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