O Público de ontem trazia uma pequena notícia, tão insólita quanto anedótica.
O Presidente do Turquemenistão escreveu um livro sobre regras morais e orientação espiritual.
E garantiu aos seus jovens concidadãos que, se o lerem três vezes, terão assegurado um lugar no paraíso.
Rahnama é o nome do livro, tem lugar de destaque na página principal do site do Governo deste país e direito a uma página própria com tradução para 14 línguas.
Neste site pode ler as cinco partes do livro em inglês.
Este livro já é denominado de "Holy Rahnama" e é comparado à Bíblia e ao Corão.
Tendo-se proclamado presidente vitalício deste país que dirige desde o desmembramento da União Soviética em 1991, Saparmurat Niyazov que se autodenominou "Turkmenbashy" (pai dos Turcomenos) põe e dispõe da vida e do comportamento dos seus concidadãos.
Niyazov é apelidado pelos seus apoiantes como o 13º profeta.
Neste país, o grande mufti Nasrullah ibn Ibadullah foi condenado a 22 anos de prisão por resistir aos ensinamentos do novo profeta e do seu livro.
A escolaridade obrigatória foi recentemente reduzida de 10 para 9 anos, todos os livros da era soviética foram banidos sem que tenham sido substituídos, os professores são escolhidos em função dos seus conhecimentos sobre o Rahnama e todos os serviços públicos estão obrigados a realizar uma discussão de uma hora, todas as semanas, sobre este livro.
Com tal "paraíso" para que servirá o outro?
4 comentários:
Meu caro Vitor, tive alguma dificuldade em compreender esta parte no site do governo do Turquemenistão:
"Президент Туркменистана принял Чрезвычайного и Полномочного Посла КНР и дал интервью представителям ведущих китайских СМИ"
;)
Ferreira de Almeida,
"PAGUE UM E LEVE DOIS". Eles têm um problema com as consoantes e as frases ficam visualmente mais compridas...
Mas é a mesma coisa.
Só se for para ler do fim para o princípio, pelo menos a última letra parece ao contrário!
Caro JMFA,
Presidente do Turkmenistão "prisnial" e o resto não percebo...
Será que o Turquemenistão também tem uma banca na festa do Avante?
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