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sexta-feira, 5 de janeiro de 2007

"Não digam mal da barriguinha"!

A obesidade constitui um grave problema nas sociedades ocidentais. As razões são relativamente bem conhecidas e as consequências muito pesadas. As próprias crianças começam a ser vítimas desta epidemia. A situação é de tal modo perigosa que se aponta para a possibilidade de, pela primeira vez na história da humanidade, podermos vir a assistir a uma redução da esperança de vida. Mas há que ter certos cuidados na forma como se divulgam certos dados.
O convite a uma certa forma de beleza tem causado o oposto, ou seja a morte por anorexia como tem sido relatado com uma frequência inusitada nos últimos tempos. Mas o objectivo desta crónica não é enveredar por esta área, mas sim chamar a atenção para o facto de que um ligeiro excesso de peso poder ser benéfico para a saúde. Parece uma heresia? Pois parece. Mas já algum tempo um estudo norte-americano apontava para o facto de que um ligeiro excesso de peso se acompanhar de uma aumento da sobrevivência. Recordo-me de uma explicação interessante a este propósito. O tal ligeiro aumento de peso permitiria aguentar, actuando como reserva, os efeitos nefastos de certas doenças. Não sei se tal explicação corresponde à verdade. O que é certo é que um estudo recente, efectuado em Israel, envolvendo milhares de homens, acaba de confirmar aquele achado.
Os homens com peso superior ao normal (ligeiro!) vivem muito mais anos que os normais.
Estes resultados devem ser muito gratificantes para os homens que transportam uma barriguinha. Quem diria! A partir de agora, a auto estima dos "barriguinhas" vai aumentar, e muito, justificando que tal fenómeno é, ao fim e ao cabo, um modo de prevenir certas doenças, permitindo viver mais.
Não sei, ainda, mas vou tentar saber, se o "sindroma de obesidade masculina pós casamento" (será que acabei de inventar uma nova entidade?) tem ou não um efeito promotor da longevidade. Muitos homens, após terem dado o nó, ganham uns quilitos nada desprezíveis. Recordo-me que comigo se passou algo semelhante, ao ponto do meu saudoso professor de neurologia, que eu não via, fazia algum tempo, me ter interpelado dizendo: - Oh S. que é que lhe aconteceu?! Está mais gordo! Acto contínuo respondi sem pensar: - Oh senhor professor, deve ser do casamento! - Ah! Casou-se?!
Aqui está uma boa hipótese de investigação: aumentar de peso após o casório é uma medida saudável, fonte de maior longevidade.
Para terminar, dois aspectos a assinalar: em primeiro lugar a obesidade mata mesmo, em segundo os efeitos positivos de um ligeiro aumento de peso só se manifesta nos homens. Nas mulheres ainda não está comprovado. Paciência, minhas caras!

5 comentários:

RuiVasco disse...

Eu não sei se tudo isso é verdade! Mas dizer mal da minha? Jamais...até porque não é fruto do casório mas de uma cuidada gastronomia: - cozidos e grelhados
- Um COZIDO à portuguesa ou uma boa entremeada GRELHADA! Tudo saudável e recomendado!
Claro que às vezes sai-se da regra: e lá vêm umas tripas à moda do Porto, uma Lampreia ( à qualquer coisa), uma Feijoada à transmontana, ou um bom cabrito assado no forno, com arroz "cozido" no mesmo!
Se barriga permite viver mais, só acrescenta um pormenor importante, aos já comprovados efeitos da dita - Estatuto, Sucesso, Dignidade e Poder!
Bendita barriguita!

Tiago Mendonça disse...

Boas notícias... :)

Suzana Toscano disse...

Acho que os meus amigos estão a deitar foguetes antes da festa! O Prof. Massano diz que o tal estudo envolveu "milhares de homens". Podemos deduzir que não se fez o mesmo estudo para as mulheres, vá lá saber-se porquê!!Se os grelhados acabam para uns...

just-in-time disse...

Há uma explicação: a situação com os homens é muito mais grave porque eles sempre se acham menos gordos do que estão, enquanto as mulheres se vêem mais gordas do que são.

Suzana Toscano disse...

Aí está uma óptima explicação!É isso mesmo...