Estamos a viver uma época caracterizada por excesso de peso e de obesidade. As razões são relativamente bem conhecidas. Digo relativamente, porque não se resume somente ao excesso de aporte energético e falta de exercício mas também devido a factores genéticos. Estes últimos têm um papel muito interessante que importa analisar.
A discriminação dos obesos é uma realidade. São considerados como menos bonitos ou atraentes, são alvos de piadas e chacota e poderão ser vítimas de outras atitudes tais como pagamentos de taxas adicionais, porque têm mais doenças, a pagarem bilhetes de avião mais caros – como propôs recentemente um nutricionista australiano! –, devido ao espaço que ocupam ou, então, não terem direito a tratamentos de infertilidade (segundo as recomendações da British Fertility Society) já que as senhoras têm menos probabilidades de sucesso e aumento do risco de complicações a vários níveis. O acesso ao emprego também é condicionado por esta particularidade.
Estes exemplos são suficientes para justificar o perigo de discriminação dos obesos.
É indiscutível que a obesidade resulta de um desequilíbrio em que o aporte energético é superior ao que se gasta. O próprio obeso tem essa noção e muitos confessam que fazem todos os possíveis para não aumentar de peso. Passam fome, exercitam-se até à exaustão e no final nem meia dúzia de quilos conseguem perder. É desesperante. Acredito no esforço de muitos que, desanimados, confessam não conseguirem atingir o objectivo. Nestes casos aproveito a oportunidade para fazer o “elogio da obesidade”.
A propensão de muitos para a obesidade prende-se com o facto de geneticamente estarem programados para viverem em condições extremas de falta de alimentos. São altamente eficientes em termos energéticos. Em caso de catástrofes susceptíveis de provocar fome a uma escala inimaginável – e o mundo em que vivemos está prenhe de situações susceptíveis de as desencadear - serão os únicos a ultrapassá-las. Os outros, os elegantes, os “normais”, desaparecerão num abrir e fechar de olhos.
Os obesos são uma garantia da perpetuação da espécie humana! Ficam a olhar para mim com ar meio esgazeado quando faço esta afirmação. Quase que me apetecia dizer, parafraseando o velhinho programa de Jô Soares que passou na TV nos anos oitenta: “Viva o Gordo!” Não digo, claro, mas apetecia-me dizer, não fosse ser mal interpretado...
A discriminação dos obesos é uma realidade. São considerados como menos bonitos ou atraentes, são alvos de piadas e chacota e poderão ser vítimas de outras atitudes tais como pagamentos de taxas adicionais, porque têm mais doenças, a pagarem bilhetes de avião mais caros – como propôs recentemente um nutricionista australiano! –, devido ao espaço que ocupam ou, então, não terem direito a tratamentos de infertilidade (segundo as recomendações da British Fertility Society) já que as senhoras têm menos probabilidades de sucesso e aumento do risco de complicações a vários níveis. O acesso ao emprego também é condicionado por esta particularidade.
Estes exemplos são suficientes para justificar o perigo de discriminação dos obesos.
É indiscutível que a obesidade resulta de um desequilíbrio em que o aporte energético é superior ao que se gasta. O próprio obeso tem essa noção e muitos confessam que fazem todos os possíveis para não aumentar de peso. Passam fome, exercitam-se até à exaustão e no final nem meia dúzia de quilos conseguem perder. É desesperante. Acredito no esforço de muitos que, desanimados, confessam não conseguirem atingir o objectivo. Nestes casos aproveito a oportunidade para fazer o “elogio da obesidade”.
A propensão de muitos para a obesidade prende-se com o facto de geneticamente estarem programados para viverem em condições extremas de falta de alimentos. São altamente eficientes em termos energéticos. Em caso de catástrofes susceptíveis de provocar fome a uma escala inimaginável – e o mundo em que vivemos está prenhe de situações susceptíveis de as desencadear - serão os únicos a ultrapassá-las. Os outros, os elegantes, os “normais”, desaparecerão num abrir e fechar de olhos.
Os obesos são uma garantia da perpetuação da espécie humana! Ficam a olhar para mim com ar meio esgazeado quando faço esta afirmação. Quase que me apetecia dizer, parafraseando o velhinho programa de Jô Soares que passou na TV nos anos oitenta: “Viva o Gordo!” Não digo, claro, mas apetecia-me dizer, não fosse ser mal interpretado...
6 comentários:
Deixe-me ver se entendi bem, caro Professor Massano Cardoso.
Na prespectiva de uma catástrofe do género da praga anunciada por Moisés no Egipto, devemos precaver-nos e... convidar lá para casa meia dúzia de obesos, assim como quem enche a despensa?
;)))
Não leve a sério as minhas palavras caro Professor. Até porque nutro especial simpatia pelas pessoas mais "cheias", em regra são muito mais bem dispostas e eu adoro gente bem disposta. Tenho pena daqueles que se esforçam para emagrecer, sobretudo porque a gordura lhes traz problemas de saúde, mas têm por trás a atentá-los o prazer dos sabores e dos aromas. É coisa que me parece pior que as torturas da inquisição.
Professor Massano Cardoso:
Ainda bem que trouxe até nós este texto. Ando aqui à "rasca" com 5 quilitos, bato o coiro na passadeira e no "colchão" e nada!Assim, já lhes vejo alguma utilidade...
O pior é se, em caso de crise , me comem fatiado!
:))))))
Caro Professor, aqui está um belo recado à sensatez, tudo o que se traduz em comportamento discriminatórios em função da aparência física é absurdo. Uma coisa é divulgar os conhecimentos científicos que promovam a saúde e os métodos para as pessoas se sentirem melhor consigo próprias. Outra, bem diferente, é aproveitar isso para criar estigmas de falsas inferioridades, marginalizando pessoas só porque são gordas, magras, azuis, amarelas, bonitas ou feias, de acordo com padrões "incontornáveis" numa época que se reclama de tolerância com a diversidade.
Hellas! Ainda há esperança! ;)
Com paciência, ainda vamos voltar aos tempos em que gordura é formusura! Lembra-me um político que justificava a sua sucessiva mudança de "rótulo" dizendo que não era ele que mudava de ideias, os conceitos é que evoluiam...
Será que nos estamos a lembrar ("alembrar" como diz o ti mário), do mesmo!?
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