Só os burros não mudam de opinião. Por mim, que não sou burro, confesso que mudei de opinião sobre a localização do novo aeroporto: Alcochete é, de facto, o pior dos sítios para o efeito.
O primeiro argumento contra Alcochete é que se trata de uma área enorme não habitada no perímetro do Campo de Tiro, com fraquíssima densidade populacional ao redor. O que traz pouca clientela ao aeroporto.
O segundo, é que se trata de um terreno plano, sem montanhas circundantes. O que impede, no céu, o exercício pleno dos “skills”, conhecimentos e virtualidades da pilotagem e, na terra, o exercício enriquecedor de vastas movimentações de terras.
O terceiro, é que se trata de um terreno seco, não pantanoso e não atravessado por rios. O que impede naturais obras de estacaria e consolidação dos terrenos, e não permite dar continuidade à experiência adquirida em Macau.
O quarto, é que não tem montes por perto que precisem de ser arrasados, ou centrais de combustíveis, que precisem de ser removidas. O que impede a obtenção de recomendáveis sinergias de obras públicas.
O quinto, é que a natureza geológica dos terrenos faz com que sejam mais impermeáveis do que os da OTA. O que impede contestação ecológica baseada nos malefícios sobre o aquífero existente.
O sexto, é que o aeroporto em Alcochete seria o aeroporto natural da Estremadura espanhola e de uma parte da Andaluzia. O que implicaria invasões, por carro e TGV, de milhares de espanhóis, e de lá “nem bom vento, nem bom casamento”.
O sétimo, é que se trata de um terreno do Estado, que não exige expropriações ou elas são diminutas em relação a outros locais. O que implica defraudar legítimos direitos adquiridos.
O oitavo, é que se trata de uma zona com muita caça. O que implicaria que muitos notáveis não mais seriam convidados para aí dar ao gatilho, como no meu tempo de oficial.
O nono, é que implica a travessia do Tejo. Com os problemas de eventuais quedas de pontes, lucidamente definidos pelo Dr. Almeida Santos
O décimo, é que seria um aeroporto para durar cem anos. O que retiraria a Sócrates, ou a Luís Filipe Meneses, a oportunidade de construir outro, daqui a meia dúzia de anos!...
Um último argumento, decisivo, que consiste no facto de ter feito tropa no Campo de Tiro, como aspirante miliciano, durante seis meses, e não poder ver esse local assim desfeito!...
O primeiro argumento contra Alcochete é que se trata de uma área enorme não habitada no perímetro do Campo de Tiro, com fraquíssima densidade populacional ao redor. O que traz pouca clientela ao aeroporto.
O segundo, é que se trata de um terreno plano, sem montanhas circundantes. O que impede, no céu, o exercício pleno dos “skills”, conhecimentos e virtualidades da pilotagem e, na terra, o exercício enriquecedor de vastas movimentações de terras.
O terceiro, é que se trata de um terreno seco, não pantanoso e não atravessado por rios. O que impede naturais obras de estacaria e consolidação dos terrenos, e não permite dar continuidade à experiência adquirida em Macau.
O quarto, é que não tem montes por perto que precisem de ser arrasados, ou centrais de combustíveis, que precisem de ser removidas. O que impede a obtenção de recomendáveis sinergias de obras públicas.
O quinto, é que a natureza geológica dos terrenos faz com que sejam mais impermeáveis do que os da OTA. O que impede contestação ecológica baseada nos malefícios sobre o aquífero existente.
O sexto, é que o aeroporto em Alcochete seria o aeroporto natural da Estremadura espanhola e de uma parte da Andaluzia. O que implicaria invasões, por carro e TGV, de milhares de espanhóis, e de lá “nem bom vento, nem bom casamento”.
O sétimo, é que se trata de um terreno do Estado, que não exige expropriações ou elas são diminutas em relação a outros locais. O que implica defraudar legítimos direitos adquiridos.
O oitavo, é que se trata de uma zona com muita caça. O que implicaria que muitos notáveis não mais seriam convidados para aí dar ao gatilho, como no meu tempo de oficial.
O nono, é que implica a travessia do Tejo. Com os problemas de eventuais quedas de pontes, lucidamente definidos pelo Dr. Almeida Santos
O décimo, é que seria um aeroporto para durar cem anos. O que retiraria a Sócrates, ou a Luís Filipe Meneses, a oportunidade de construir outro, daqui a meia dúzia de anos!...
Um último argumento, decisivo, que consiste no facto de ter feito tropa no Campo de Tiro, como aspirante miliciano, durante seis meses, e não poder ver esse local assim desfeito!...
Por isso, sou totalmente pela OTA, contra ALCOCHETE!...
11 comentários:
O último argumento apresentado, caro Dr. Pinho Cardão, é efectivamente determinante e decisivo. Aquele é um local que detem as memórias de muito bons aspirantes... a militantes, perdão! a milicianos!!!
;))))
Esquece-se, meu caro Pinho Cardão, que o investimento em Alcochete é de muito menor dimensão que o da Ota. Ora, na actual situação, é indispensável incrementar a taxa de investimento.
Muito bom! Não devia ter começado a ler isto no meio de uma reunião...O meu riso foi embaraçoso.
Falando a sério, eu continuo sem perceber qual é o nosso problema de transportes que exija um aeroporto novo. Seja ele em Alcochete, seja ele na OTA. Só vejo relatórios, farto-me de olhar para o céu à procura de ver aviões em fila de espera e nada.
Confesso que comecei a ler o texto um bocado preocupado. Conseguiu enganar-me até à segunda razão.
Enfim, quando parece que estão a brincar connosco, realmente só nos resta responder no tom irónico que o fez. Gostei de ler, permita-me o capricho de o citar.
Enfim ..., a opção Alcochete vai contra toda a lógica partidária de governação das ultimas décadas e, só por isso, "não faz qualquer sentido".
Raio os partam.
Boa piada.
Como estou afastado geograficamente daí e ainda muito mais dos mentideros, diz-me Caro Pinho Cardão, ainda há alguém que defenda a Ota? Para além dos vizinhos, evidentemente.
Eu supunha que esse assunto era uma bOta que já estava descalçada.
Caro Rui:
Agora, e como viste, parece-me que sou só eu!...
Caro Luís Guerreiro:
Pois, muito desvanecido pela citação no seu excelente blog!...
Mas ainda quero ver quanto é que vai custar a saida da CT, se calhar o DGMG e a base do Montijo?
Em termos de planeamento alguém andou a meter água pois que o DGMG foi para a actual localização em consequência da EXPO...
-Ainda se esqueceu que Alcochete poderia ser construido por módulos, o que permitiria que a Portela fosse utilizada por mais alguns anos, sendo assim, quando seriam libertos os terrenos do actual aeroporto?
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