Número total de visualizações de páginas

segunda-feira, 24 de março de 2008

Bullying, matéria complexa!...

O episódio da luta pela posse do telefone entre a professora e a aluna da escola Carolina Michaelis do Porto levou a alguma investigação jornalística. Fiquei assim a saber que existiam especialistas em “bullying”, não aqueles peritos e práticos na agressão, mas gente doutorada na especialidade, teóricos que estudam, investigam e estabelecem o perfil do agressor, género jóvem, dos 14 aos 18 anos, usa ténis, calças largas e t-shirt, cabelo despenteado, por vezes penteado, meio desenraizado, meio de boas famílias, meio branco, meio preto, meio amarelo, frequentador de discotecas, estudante nas horas vagas…
Para além de ter ficado a saber da sua existência, também fiquei impressionadíssimo com a sabedoria destes peritos. De tal modo que não resisti a compartilhar esse valor acrescentado. Noto que nada é inventado, as conclusões retirei-as do que foi publicado no DN!...
1ª-“O comportamento da aluna face à professora foi um caso de “bullying””. Pronto. Podemos ficar descansados. Já sabemos o que aconteceu: bullying!...
2ª-Em casos destes, “os professores têm que se antecipar…”!...
De facto, a melhor defesa é o ataque, outra proposição teórica de grande alcance!...
3ª-“É um caso de “bullying”, porque há um desequilíbrio de forças”!...
Concluo que o FCPorto vem a praticar “bullying” desde o início do campeonato. Deve ser suspenso da prova!...
4ª-“Os professores também são vítimas de “bullying”!...
Aqui está a grande novidade!…
5ª-“O “bullying” previne-se com a definição de regras claras no primeiro dia de aulas”!...
O problema é que os alunos, por não terem que aprender de cor a tabuada, têm dificuldade em memorizar!...
6ª-E a conclusão mais importante de todas: “os infractores devem ter um acompanhamento especializado”!...
Por quem faça “bullying” com eles, para ver o que custa?
-E ainda, para terminar em beleza: “Com bullying na sala de aulas, o professor não consegue ministrar”!...
Aprenderam todos a lição, ou é preciso "bullying" extra, em aula de compensação?
Por mim, aprendi tudo. Se fosse agressão, talvez o caso se resolvesse. Sendo "bullying", nem depois de 200 Congressos de especialistas, que a matéria é mesmo complexa!...

8 comentários:

Tonibler disse...

A mim cheira-me que é mais "bulshitting"...

JB disse...

a vedeta já vem dizer que não queria fazer, que se arrepende, bla bla bla estou cheio de pena dela, para mim era por a menina e toda a turma a fazer serviços de limpeza na escola, ai sim o conselho executivo mostraria quem afinal manda dentro de uma sala de aula.
Queria ver se a professora tem dado um estalo na criança estérica, viriam todos dizer que era violencia na sala de aula, alias uma bofetada seria pouco.
Note-se que não sou em prol da violência, mas nem eu nem ninguém morreu com as aulas dos anos 60, 70 e mesmo anos 80... pergunto, fez mal a alguém? uma situação destas era impensável, não por não existir telemóveis, mas pelo respeito que havia pelos professores, de ha uns anos a esta parte que os ministros têm desautorizado constantemente todo o sector.

Carlos Monteiro disse...

Camarada JB,

Deixe-me que lhe diga, do alto do meu 100º DAN em Karaté, que o camarada não morria com uma galheta porque não era eu ou um dos meus colegas monges Shaolin a aplicá-la, porque se fosse, o camarada até levantava voo só com a ligeira deslocação dos meus dedos na posição de "gafanhoto enfurecido"!

Santa paciência...

JB disse...

@cmonteiro - com todo o devido respeito, camarada é que não, companheiro, amigo, pode ser o que quiser, camarada e lampião mais vale cortar os pulsos... mas vamos ao que interessa, é logico que a bofetada tem de ser medida, se calhar eu nos meus belos 122 kg (pesados ontem de manha), se desse uma bofetada na criança ficava estatelada na parede com o maxilar partido, agora eu não morri, como muitos colegas meus não morreram por uns bons puxões de orelhas ou mesmo algumas bofetadas (a maioria bem merecidas, analisando a distancia), o grave hoje é que não se pode tocar nas bonequinhas de porcelana que podem partir e depois no que dá? dá nestas lindas figuras, repito, não sou a favor da violencia, mas que em determinadas alturas faz falta uma caricia a alta velocidade não tenho duvidas...

Carlos Monteiro disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Carlos Monteiro disse...

Para resolvermos esse seu dilema entre ser contra a violência e a aplicação de um tabefe (o meu caro tem, e julgo estar a concluir certo, o mesmo problema do Obélix), sugiro a aplicação de dardos tranquilizantes ao petiz mais arrebitado.

Eu tirei a ideia de um jogo da Playstation em que o herói tem que matar os maus e anular os não-mãos sem os matar, e usa uma pistola dessas. Aquilo faz "fsssssttttt" e depois a pessoa geme ("gngngngngng") e cai sem problemas.

David R. Oliveira disse...

MNeu amigo,
é capaz de me informar o que é que , em Portugal, não "é complexo"? ou que não seja "complicado"? (este o termo popular para complexidade)
Ora, ora! meu amigo,
tudo é complexo... que é demais.Olhe complexo é termos de aturar-lhes todas as vacilações e golpadas por causa da complexidade inerente ás situações e que os cvai permitindo complexificar para nos deixarem cada vez mais fora de jogo ou pelo menos tentarem.
Ora, ora meu amigo
David Oliveira

Tomás van Asch de Azevedo disse...

Caro Dr. Pinho Cardão,

Não sendo um leitor novo do blog, até agora não tinha ainda comentado nenhum post. Com todo o devido respeito, de certa forma tirou-me a virgindade!

Num registo mais sério: não pude deixar de notar que as conclusões que refere foram tiradas do DN. Não admira, pelo brilhantismo dos factos citados! Recomendo-lhe, se me permite, a leitura do Público. Porque ali sim, é capaz de encontrar alguma coisa ao seu nível...

Com estima,