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quarta-feira, 3 de junho de 2009

Uma espécie de “quadratura do círculo”…

Há dias em que a atenção é presa por notícias “cor-de-rosa”, é uma espécie de greve àquelas notícias “muito sérias” que nos bombardeiam todos os dias. Aproveitei, por isso, para escrever uma coisa mais ligeirinha!
Li a notícia de que a rainha Sofia de Espanha viajou num avião de uma companhia de low cost, a Ryanair. Uma viagem extremamente económica, que se saldou por um custo de 15€ na ligação Londres – Santander. Como é possível!
Confesso que numa primeira reacção não encontrei uma razão para este acontecimento ter honras de notícia. Pareceu-me um procedimento normal que as viagens privadas dos membros das casas reais sejam feitas em companhias de aviação comerciais e em voos regulares, atentas as garantias de segurança que sempre rodeiam a movimentação destas personalidades.
Segundo a notícia é usual os membros da família real de Espanha utilizarem companhias regulares para as suas viagens privadas.
Descobri depois a verdadeira notícia, com um cariz local, direccionada para a opinião pública britânica. É que a opção da rainha Sofia foi considerada por um diário britânico uma lição para a realeza britânica. Lá sabem de que falam!
Esta consideração suscitou-me, sim, o comentário de que a dita “lição” pode e deve estender-se a muitas outras “realezas” que por aí andam...
Mas a parte mais curiosa da notícia foi o comentário da companhia de aviação ao saber da presença da rainha a bordo: “Todos os passageiros são tratados como reis e rainhas ao preço mais baixo da Europa”! Afinal, quem é que não gosta de ter um tratamento VIP?

5 comentários:

Suzana Toscano disse...

Estou a ver que essa companhia tem um bom publicitário, transformou logo a realeza em marca da companhia!

Margarida Corrêa de Aguiar disse...

Suzana
Não brincam em serviço!

Suzana Toscano disse...

Se a moda pega ainda acusam a realeza de andar a distorcer a concorrência...

pinho cardão disse...

Não, não se trata de distorção, mas de uma real concorrência!...

antoniodosanzóis disse...

Cara Margarida
Eu por mim, tiro duas ordens de ensinamentos desta iniciativa da Raínha espanhola. Primeiro, partindo do princípio de que se trata de una viagem particular, parece óbvio que a solução escolhida é uma excelente amostragem de como se deve e pode poupar dinheiro, sobretudo numa conjuntura como a actual. A Raínha não tem complexos de espécie alguma, porque é culta, é bem educada e tem categoria pessoal. Dá-me imenso gozo, recordando quem tem passado por posições sociais importantes neste país, posicioná-las num avião do tipo daquele em que a Raínha viajou. Que vergoooonha, que escânnnnndalo! É realmente triste quando só se usufrui de estatuto político-profissional! Depois, em segundo lugar,os políticos - Zapatero e quejandos portugueses - que aprendam, em situações similares, a poupar o dinheiro dos contribuintes. Era uma boa ideia. Isto sem por em causa, os básicos e tradicionais privilégios dos "dedicados servidores da causa pública", pois doutra forma e aqui é que está a verdade das coisas, lá se ia o estatuto e o respeito que é suposto dever-se-lhes.