O apoio a Manuel Alegre significa que o PS já interiorizou que vai deixar de governar. De facto, não é crível que o PS se propusesse dar um tiro que, mais do que no próprio pé, seria na própria cabeça, ao apoiar um candidato que faria, se eleito, permanente oposição ao Governo. Como tem feito, tirando o período transitório de nojo a que se submeteu depois a sua apresentação, como candidato, nos Açores.
Assim, o apoio a Manuel Alegre revela-se lógico e até natural, como forma de fazer eleger um Presidente que faria certamente a vida negra a um governo alternativo, que só pode ser do PSD.
Acontece que a probabilidade está na ordem do infinitamente pequeno, pelo que o PS está nas vésperas de perder as presidenciais e sair do governo.
Castigo mais que merecido pelas políticas erradas que levaram a um definhamento da economia, a um agravamento das finanças públicas, a um desemprego sem exemplo. E os portugueses já por demais viram que não foram a crise, nem os especuladores, nem o euro, nem os gregos os culpados da situação. Os responsáveis moram aqui mais perto. Fazem parte do Governo. Nenhuma fuga para a frente pode iludir essa certeza.
Acontece que a probabilidade está na ordem do infinitamente pequeno, pelo que o PS está nas vésperas de perder as presidenciais e sair do governo.
Castigo mais que merecido pelas políticas erradas que levaram a um definhamento da economia, a um agravamento das finanças públicas, a um desemprego sem exemplo. E os portugueses já por demais viram que não foram a crise, nem os especuladores, nem o euro, nem os gregos os culpados da situação. Os responsáveis moram aqui mais perto. Fazem parte do Governo. Nenhuma fuga para a frente pode iludir essa certeza.
20 comentários:
Não são os partidos políticos que ganham ou perdem as eleições presidenciais.
Como deve saber, trata-se de uma eleições unipessoal. São os cidadãos que se apresentam ao sufrágio e não os partidos políticos que os apoiam ou não.
É o desempenho dos candidatos que traça o seu destino.
Escolheu o pior exemplo para personalizar em Alegre um botabaixismo de governos. Que elementos lhe permitem pensar assim?
E escolheu mal porque a estabilidade política que Cavaco tem "propiciado" ao País é um péssimo exemplo: um exemplo da passividade; um exemplo de um Presidente que pensa primeiro em si e depois no País; O exemplo de um Presidente que só reune os partidos políticos quando há eleições. Tal como o Conselho de Estado.
Um Presidente deve ser um agregador de vontades; ser capaz de conseguir convergências entre os vários leques partidários. Um Presidente que esquece os sindicatos e os patrões, que desde há muito deveria ter reunido à sua mesa com o Governo e com os partdos políticos.
Um Presidente que age por oportunismo mesmo contra as suas convicções pessoais. Exemplo recente: a falta de coragem em vetar aquilo que vai contra a sua consciência! Estribando-se em desculpas esfarrapadas: não tirar tempo ao Parlamento e não contribuir para distrair os agentes políticos!
Se é verdade que o PS está dividido nas suas cúpulas e nos directórios partidários, quem decidirá são os eleitores.
Não sei neste momento nem V. sabe quem é que vai ganhar ou perder as presidenciais.
É preciso dar tempo ao tempo. Não acha?
Caro Fernando Pobre:
Não sou eu que vou ou posso desmentir as suas convicções. São suas e tem direito a elas. Como eu tenho direito às minhas.
E concordo consigo que é preciso dar tempo ao tempo. No fundo, ele acaba por resolver tudo. Muitas vezes a destempo, porque mal se aceitam os que têm razão antes do tempo...
Parece que o nosso Amigo Fernando Nobre(Pobre), escolheu o "Quarta" para lançar a sua campanha eleitoral, debatendo com o Presidente da República, fazendo-o encarnar na pessoa do Dr. Pinho Cardão.
Também não concordo completamente com a opinião do autor do post, quando retira a Manuel Alegre a lucidez necessária para ocupar o lugar de Presidente da República, sem entrar em confronto directo com o governo, mesmo que ele venha a ser PSD, como espera e em minha opinião, me parece muito possível.
Já no que respeita ao Presidente seguinte... a menos que o PSD decida a poiar um candidato detentor de um piscar-de-olho, capaz de seduzir toda a direita e todo o centro.
A ver vamos...
apesar de tudo , o meu voto vai para Cavaco sem hesitações.
Desconfio de Candidatos como Alegre e Nobre liricos e com um discurso assente na moral e contra os partidos. e como dizia Rui Ramos em recente entrevista ao "I" , nesta altura mais que nunca é preciso um PR que saiba fazer contas . ainda vai correr muita agua por este rio ,mas parece que o tiro de Partido para belêm está dados
Post scriptum -Caro Dr Pinho , vi o meu amigo recentemente na TV . Em boa forma e com o bom senso do costume . abc
Também pode ser por o PS não querer um presidente como o Cavaco. Eu sei que não quero e nem sequer sou do PS...Acho que existe uma teoria qualquer sobre moeda fraca que se lhe aplica que nem uma luva...
Meu caro Pinho Cardão
É verdade, cada um tem as suas convicções.
Repetindo o que disse, é um juízo apriorístico e sem qualquer fundamento sugerir que Alegre não seria pessoa para presidir à República com um Governo de direita ou de centro direita, como quiser. Também Bartolomeu me acompanhará nisto.
Mas acrescento que à situação económica que Portugal atravessa não pode «linkar» apenas o Governo. O Presidente da República também é responsável e, pelos vistos, de nada valeram os seus alardeados conhecimentos de economia e de finanças. Foi durante o seu mandato que o País chegou ao que chegou. "Eu não me resigno", lembra-se?
A Bartolomeu direi que não «escolhi a "Quarta" para lançar a ninha campanha eleitoral».
Já aqui intervim anteriormente, sempre a propósito de Alegre e, obviamente, de Cavaco. O tiro de partida não fui eu que o dei...
O que desejo é que a campanha decorra em nível elevado.
João Melo
Em primeiro lugar outra coisa não me cabe senão a de respeitar a sua legítima preferência por Cavaco.
Mas o discurso de Alegre, se é verdade que é assente na moral, permito-me convidá-lo, João Melo, a fundamentar a sua afirmação de que "Alegre é contra os partidos".
Nunca leu isso nem nunca lhe ouviu isso. O que certamente ouviu ou leu foi que "não há democracia política sem partidos mas a democracia não se esgota nos partidos". " E que os partidos não são donos da democracia". Como vê, coisas completamente distintas daquilo que João Melo disse.
Caro Fernando Pobre:
Olho para a estante que tenho diante dos olhos (e tenho várias outras) e só nessa vejo três livros de poesias de Manuel Alegre: Senhora das Tempestades, Coimbra Nunca Vista e o Canto e as Armas. Por outras estantes andam outros livros do poeta. Gosto da poesia de Manuel Alegre e simpatizo com ele como pessoa, com experiência de vida e relações múltiplas como são aquelas que a caça e a pesca e até o futebol podem dar. Mas, permita-me a opinião, não acho que, neste momento, as ideias políticas de Manuel Aleggre tragam qualquer valor acrescentado para o país. Trouxeram muitas vezes, sobretudo no auge do PREC, na sua oposição contra o PC no célebre comício contra a unicidade sindical e na Fonte Luminosa,entre outros.
Acontece que ultimamente tem apoiado o que de mais demagógico o PC e o Bloco têm proposto, alinhando em manifestações cujos propósitos, se concretizados, trariam ainda mais problemas ao país. E já sabemos no que deu a tal ideia de que "há vida para além do défice", e o menosprezo pelas questões económicas. A vida para além do défice é a que temos agora. E é esse o tipo de linguagem que é mais permanente em Alegre. Por isso, dificilmente, sem se violentar, poderia concordar com medidas difíceis, que é necessário e urgente implantar. Por isso, eu disse que Alegre faria a vida negra ao Governo. A não ser que Alegre Presidente se revelasse um Alegre diferente do que conhecemos. Mas isso seria uma injúria que lhe fazíamos.
Portanto, tenho todo o respeito pela pessoa de Alegre, a sua poesia enche-me de satisfação, mas as suas ideias políticas, de economia e de finanças públicas são prejudiciais para o país. Na munha opinião, claro.
Quanto a Cavaco, tem tido uma leitura correcta da Constituição. Se há defeito, é da Constituição, não dele. Caso tivesse posição mais activa, que eu também desejaria, aqui del-rei!...
Caro Tonibler:
No comentário anterior, ocomentário à sua nota.
Caro João Melo:
Muito obrigado. Sempre amável!...
Caro Bartolomeu:
Claro que não nego que poderia coexistir. Mas há coexistências pacíficas...e também há outras...
"Quanto a Cavaco, tem tido uma leitura correcta da Constituição. Se há defeito, é da Constituição, não dele"
Ora, caro Pinho Cardão, se a constituição fosse escrita em sânscrito eu não a conseguiria ler pior que o Cavaco. Isto para não dizer que a ataca no momentos em que a devia defender. E estou a falar dos parágrafos em que não há interpretação possível.
Meu Caro Pinho Cardão
«Se há defeito é da Constituição, não dele» (Cavaco). Essa agora! E a magistratura de influência? Que fez Cavaco para conseguir uma coligação? Porque não sentiu à sua mesa os partidos políticos? Perante os resultados das últimas legislativas, não poderia "forçar" uma coligação?
Porque não reuniu o Conselho de Estado? Porque não exigiu uma maioria estável e coerente, deixando à sorte um partido minoritário? Eu sei, você sabe e ele sabe: fragilizara-se com a questão da escutas em Belém! Tremeu,mais do que vacilou. E deixou andar, andar. Nada de perturbações, o PEC é um bom programa e já foi aprovado em Bruxelas... E nem um murro na mesa pode dar?
Claro que teve culpa, como todos nós tivemos culpa. Mas o PR, que é o único que é votado por sufrágio directo e universal dos portugueses, está amarrado de mãos e pés? Não foi isso o que ouvi ao Presidente da Comissão Executiva do Projecto Farol quando, na 5ª feira, respondia a Judite de Sousa!
O meu Caro, que trabalhou nesse Projecto, sabe melhor que ninguém o que o que vosso Presidente Executivo disse, alto e bom som!
Bem ao contrário, meu caro Pinho Cardão, o que Presidente da República não fez foi uma leitura correcta da Constituição! Sempre titubeante, querendo agradar a gregos e a troianos, não conseguiu uma coisa nem outra! Fazer pior, era mesmo difícil...
Caros Fernando Pobre e Tonibler:
O meu post foi sobre Manuel Alegre e os meus amigos discutem Cavaco Silva. Claro que inguém é perfeito e Cavaco, não sendo, também poderia ter feito melhor.
Manuel Alegre foi um combatente das liberdades e todos lhe devemos alguma coisa.
Mas, neste momento, a luta pela liberdade é a luta por uma economia sã, por finanças públicas estáveis, pela competitividade que gera crescimento, sem o que outros ditarão o nosso destino, como já se começa a ver. Não esquecendo a luta pela inclusão e solidariedade social.
Ora Alegre tem vindo a defender praticamente tudo o que levou à actual situação: ênfase num papel alargado do Estado, na virtude da despesa pública para gerar crescimento, na subalternização do défice e do endividamento público, etc, etc. A tónica de Alegre é a distribuição ou a redistribuição, quando deveria também dar ênfase à produção, pois não se redistribui o que não se possui, pondo em causa o Estado Social que todos quereremos. Não basta falar no amor ao Estado Social; é preciso, antes de tudo, tomar as medidas que possibilitem a economia financiar essa visão do Estado. E a concretização de políticas de esquerda a favor das quais Alegre tem tomado partido, nomeadamente em manifestações ao lado do Bloco, constituiria a garantia máxima do descalabro económico e do desemprego.
Alegre é um grande poeta e admiro-o por isso. Mas não me revejo minimamente naquilo que neste momento pode trazer à política e ao país.
Sans rancune...
Quanto ao Projecto Farol, alguma coisa irei escrever neste Blog. E aí também algumas discordâncias ou concordâncias poderá haver.
Mas um pressuposto essencial subjacente ao Projecto, aliás muito discutido (e também discutível...)é que não se devem atribuir responsabilidades exclusivas aos políticos, governantes ou partidos, quando a própria sociedade e os cidadãos individualmente se desresponsabilizam e bloqueiam a maioria das tentativas de reformas.
Enfim, todos seremos um pouco culpados...
Caro Tonibler:
O meu amigo tem-se revelado um crítico da Constituição, considerando-a uma enorme confusão que nem os pais constitucionalistas entendem.
Mas agora tem ideias claras: naqueles precisos "parágrafos em que não há interpretação possível" Cavaco acertou na interpretação errada. Pontaria total!...
Afinal o meu amigo sabe interpretar bem a Constituição!...
Caro Pinho Cardão,
A constituição serve para escrever aquilo que é inquestionável numa sociedade e para defender cada um de nós do todos nós. A nossa é um granel.
No entanto, tem alguns parágrafos que não merecem qualquer reparo pela sua natureza. Não se pode dizer que a unidade territorial está sujeita a interpretação, que a soberania possa ser vista de várias formas ou princípio da igualdade de cada um de nós perante o todos nós possa ser posto em causa. Aliás, por mim, o presidente pode arrumar as suas iniciativas todas no saco desde que faça cumprir aquilo que é verdadeiramente essencial. Cavaco, para além de não fazer cumprir este essencial, atacou-o. O meu caro tem outra interpretação, diferente da minha, para a igualdade das pessoas perante o estado, para a soberania nacional ou para a unidade territorial? Haverão, para si, pessoas que pelas suas convicções religiosas, orientação sexual, raça, condição social, etc... devam ser beneficiadas ou prejudicadas? Na sua visão da sociedade, há algum caso em que a resposta anterior seja "depende..."?
Mas vejamos a coisa pela positiva. Os antecessores de Cavaco andaram a "criar" a forma de ser PR, Cavaco andou a "criar" a forma de não ser.
Meu caro Pinho Cardão
É verdade que o seu post tinha como objecto, digamos assim, Manuel Alegre. Porém, falando em Alegre, não pode deixar de referir-se Cavaco Silva, pois será entre estes que se decidirá a eleição do próximo Presidente da República.
Os temores que revela em relação ao despesismo de Alegre creio que são infundados.
Mas reconhece ou não o meu caro Pinho Cardão que foi durante o mandato de Cavaco que a economia portuguesa bateu memso no fundo? E para quem inscrevera como desígnio a «cooperação estratégica», facilitada pelos seus conhecimentos em matéria de economia e de finaças públicas, não se saíu nada bem, há-de convir-se.
E o problema, hoje, não é uma questão de números ou de contabilidade! Esta está feita. É antes a mobilização de um País, uma mobilização dos portugueses, uma congregação de esforços: do PR, do Governo, tenha este a cor que tiver, dos cidadãos, dos empresário, dos sindicatos, de todos nós, em suma. E isto, caro Pinho Cardão, não é contabilidade, é POLÍTICA.
Aliás, no meu comentário enterior também reconheci, tal como no Projecto Farol, que somos todos culpados, todos!
Que é necessária e imprescindível, a mobilização de todos os portugueses, para que no mínimo, esta crise seja travada, é um facto de uma verdade incontornável.
Em minha opinião, qualquer possível solução passa forçosamente por essa consciencialização.
Quanto à motivação para que essa esquadra começe a levantar ferro, a enfunar as velas e navegar... é que me parece um exercício de difícil execução.
Vou-lhe ser muito sincero, Fernendo Nobre, não encontro motivação no cidadão comum, capaz de o fazer levantar e acreditar, ter fé em si mesmo, nas suas capacidades e daqueles que o governam. Falta-lhes reconhecer nas atitudes dos senhores da política, o exemplo, essa chama ígnea capaz de acender o espírito adormecido deste povo e de o conduzir ao caminho da cidadania e da restauração, amor-próprio e auto-determinação.
Falta-lhes vontade para voltar a sonhar e ter oportunidade de acreditar que aquilo que sonham, é possível de realizar.
Caro Tonibler:
Pois a forma de ser criada pelos antecessores é precisamente o que o país não necessita, penso eu, claro...
Cavaco, de facto, não foi como os anteriores e criou outra forma de ser. Está também aí o seu mérito.
Caro Fernando Pobre:
Diz que " foi durante o mandato de Cavaco que a economia portuguesa bateu mesmo no fundo", e eu concordo, porque é um facto. Mas não foi certamente por responsabilidade de Cavaco. Concordará certamente que ele bem avisou, chamou a atenção para o rumo que as coisas levavam, sugeriu mudanças. Mas quem executava era o Governo, quem aprovava o Orçamento era o Parlamento. O Governo sempre fez orelhas moucas aos avisos de Cavaco. E para haver cooperação estratégica há que haver primeiramente cooperação. Do Governo não houve vontade. Seguiu cegamente uma política suicida. Cavaco podia ter dissolvido a AR?Dificilmente, face ao quadro de maioria parlamentar. E até aconteceu que o partido do governo tornou a ganhar eleições...
Claro que o que referiu é política,Política com P grande. Mas é esta Política que os políticos pequenos dificilmente aceitam. E não aceitaram.
Caro Bartolomeu:
Como o Fernando Pobre diz e o meu amigo concorda e eu concordo, é necessária uma mobilização geral dos portugueses, dos cidadãos, da sociedade civil que ajude os bons governantes a impor as boas políticas. É normalmente em tempos de crise que esta mobilização se faz. Com lideranças fortes, mas só há liderança caso o pelotão a reconheça e siga unido, logo atrás.
Cria-se a tal chama de que fala. Creio que Cavaco pode empunhar o facho. Terá cinco anos para o fazer, caso seja eleito. Se não o fizer, e não mobilizar o povo, serei o primeiro a concordar que fracassou.
E, caríssimos concordantes ou discordantes, alegristas ou apoiantes de Cavaco, está a ser uma boa discussão, com argumentação que dignifica este espaço de educada controvérsia.
Meu caro Pinho Cardão
Eu compreendo bem a sua posição. Mas o nosso sistema político, de pendor parlamentarista, não o é totalmente. Diz-se dele que é semi-presidencialista. De uma maneira ou de outra, o Presidente da República tem uma legitimidade muito grande. E os seus poderes, não sendo amplos, são, em todo o caso, importantes. Não acha o meu caro Pinho Cardão que o actual Presidente teve e tem (embora já menos) ocasiões de sobejo de dar um valentíssimo murro na mesa? Ele dirigiu-se várias vezes aos portugueses, geralmente por questões "menores". Não soube mobilizá-los. Raramente sentou à mesa os partidos políticos, os empresários, os sindicatos. Faltou-lhe o espírito congregador. Como creio que já disse aqui, em post anterior, o Presidente andou sempre com o passo trocado. Isolou-se demasiado em Belém e, sobretudo, esteve muito mal assessorado! Dar-lhe uma nova oportunidade? Alguns dirão que sim, que valerá a pena. Não penso isso. Acho-o inseguro e sem grande capacidade de iniciativa. É certo que alguns dos seus apoiantes não lhe facilitaram a vida, bem pelo contrário. Sabe bem ao que me refiro, não vale a pena falar em nomes. Direi que esses não estiveram à altura da confiança que o Presidente lhes outorgou.
Enfim, esperemos para ver.
Caro Fernando Pobre:
O nosso comentador Bartolomeu chamou-lhe Fernando Nobre e pela sua resposta a esse comentário ainda com mais dúvidas fiquei. Honrados ficamos com comentários de Fernando Pobre ou de Fernando Nobre. Mas, seja um ou outro, gostava de dizer que muito admiro a acção dos Médicos sem Fronteiras. Modestamente, aliás, dei pequeno apoio, mas o possível, através da empresa em que estava, aquando do lançamento da organização em Portugal.
claro que eu gostava que o Presidente tivesse dado, como diz, um valentíssimo murro na mesa em determinadas ocasiões. Tinha toda a legitimidade para o fazer. Uma interpretação mais lata dos poderes presidenciais não teria ficado mal à sua acção. Mas Cavaco é um institucionalista, respeita as instituições e, nestas, o poder do Executivo. Um pendor mais intervencionista, uma prática mais congregadora(espírito, existia), mais iniciativa não teriam criado rupturas nos poderes constituídos? Seria bom, seria mau, no tempo de crise que vivemos? Cada qual terá a sua resposta. Por mim, dou-lhe o benefício da dúvida; mais do que isso, confio que, pesados os prós e os contras, tenha tomado as decisões certas, embora algumas me possam desagradar. E penso que ainda continua a ser o homem certo.
De qualquer forma, a acção cívica e política de um Fernando Nobre ou de um Fernando Pobre é sempre importante e essencial para acordar o país e debater temas decisivos para a nossa cidadania e vida colectiva.
Meus Caros Pinho Cardão e Bartolomeu
Para que não haja dúvidas e dado o adiantado da hora (estive a ver os prós e os contras):
Sou Pobre de nome.E de meios económicos também não sou rico. Julgo ser nobre de carácter e eu é que me sinto honrado por me reconhecerem essa nobreza.
Também tenho o maior apreço pela pessoa de Fernando Nobre cuja actividade à testa da AMI não carece de prova.
Todavia, lamento que esta grande Homem tenha sido atirado para a disputa eleitoral por caprichos de outras pessoas, com mais precisão, de uma pessoa!
Não faltarão oportunidades para debater estas matérias. Votos de boa noite a quem ainda estiver acordado!
Os místicos e algumas sociedades esotéricas, apontam o dia 21 de Dezembro do ano de 2012, como sendo a data da profunda e total mudança, do mundo e das sociedades, tal como os conhecemos actualmente.
Neste momento, penso que já ninguem duvída que esta mudança, este corte com o que é e o surgimento de algo novo, radicalmente diferente se impõe, contra a possibilidade de um cataclismo universal.
Estamos a dois anos e meio dessa data, o que, a verificar-se a veracidade adventista desses acontecimentos, nos deixa o travo amargo da certeza de que, fortes dores de parto, terá a humanidade de enfrentar, antes que o choro da criança venha animar os corações da humanidade.
Nesta prespectiva, tem Cavaco Silva, Manuel Alegre, Fernando Nobre, ou outro, a enorme co-responsabilidade de preparar um país e uma sociedade para tão grandioso momento e tão grandiosa era.
A meu ver, o caminho só pode ser um. O da verdade!
Mas, mesmo que esses acontecimentos previstos não se venham a verificar, mantem-se essa responsabilidade, sob pena de tudo se desmoronar.
Verdade!
É esta a chave do sucesso de um povo, de um continente, do mundo.
Agradeço ao Fernendo pela nobreza de carácter, que nos deu a conhecer, através da exposição da sua verdade.
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