Viver sem sofrimento, viver sem doenças, viver sempre jovem e vencer a morte constituem desejos do homem que estão bem documentados, a todos os níveis, desde a noite dos tempos. Entretanto, face às limitações das respostas, e a perturbantes interrogações sobre a sua existência, atribuiu, e muitos creem, que é fruto de uma vontade divina.
Um dia, ao acordarem, o casal, talvez depois de uma noite bem passada, sentiram uma sensação estranha: existiam. Deve ter sido um choque dos diabos, ou, então, foi mesmo uma malandrice do próprio diabo. Deus não gostou e não esteve com meias medidas: rua! Despejados do paraíso, sem direito a recurso, nem a indemnizações, nada. A força divina não teve mercê. E lá foram os dois pataratas, meio atordoados, a trabalhar e a ganhar a vida com o suor do rosto. Foram levados a comer o fruto da árvore do conhecimento. Mas devem ter comido muito pouco, porque foram precisam muitos comprimentos de um tempo que não sabiam que existia para adquirir o restante conhecimento que hoje demonstram de uma forma inequívoca. Mas também não deixam de ser ambos peritos em asneiras e em violências. Já se aperceberam que a sua criação não foi perfeita. Paciência! Agora não podem voltar atrás e se pudessem, às tantas, ainda poderia ser pior.
A sua sede do conhecimento é pior do que um diabético em pré-coma. Bebem muito, sem dúvida, mas precisam de domesticar as suas descobertas, caso contrário, ainda podem ficar sem a tal consciência, ao entrarem em estado de coma, quem sabe se irreversível. Muitas têm sido as situações de risco, mas, felizmente, têm conseguido ultrapassá-las.
Quando foram expulsos do Paraíso, estou convencido de que, ao passarem pela árvore da vida, chateados com o “patrão”, pifaram algum "fruto" e, bem escondido, andam agora a lambê-lo com uma satisfação dos diabos. Raio de palavra que está sempre associada às coisas que “não deve” fazer mas que lhe dão prazer!
Sabem onde está a vida, como nasceu, quais são os tijolos da mesma, como se transmite, sabem qual é a sua linguagem, sabem interferir nas suas falas e, agora, até já sabem como imitá-la, sintetizando cromossomas sintéticos e originar espécies inexistentes.
O cientista Craig Venter não criou vida desde o nada, limitou-se a sintetizar algo que depois passou a comportar-se como um ser natural.
As perspetivas que se abrem nestas técnicas para melhorar a vida dos homens e da mulheres são imensas, assim como os riscos de um mau uso. Mas nem tudo o que nasce das nossas mãos é intrinsecamente bom ou mau. O problema está na sua utilização, reflexo de uma natureza imperfeita, em que somos capazes do melhor e do pior.
Vamos entrar numa nova era em que irão surgir lutas “encarniçadas” entre os que defendem a nova descoberta e os que veem a mão do demónio.
Mas não há nada a fazer. Podem criar legislação, emitir pareceres éticos e outras coisas que tenham como objetivo travar a progressão de certas conquistas “perigosas” mas nunca irão impedir o seu percurso. Há muito que passámos o ponto de não retorno. Há muito, mesmo. Não sei onde precisar esse momento, mas não me incomodaria muito se o colocasse naquele bíblico momento da expulsão do Paraíso, em que Adão e Eva tiveram que ir à vida, e um deles, qual?, às tantas deve ter sido a Eva, porque já tinha alguma experiência, furtou o fruto da árvore da vida. Mas também pode ter sido o Adão, não digo que não. E agora? Agora? Juízo e esperança, coisas que, como muitos sabem, andam muito arredias nos tempos que correm...
Um dia, ao acordarem, o casal, talvez depois de uma noite bem passada, sentiram uma sensação estranha: existiam. Deve ter sido um choque dos diabos, ou, então, foi mesmo uma malandrice do próprio diabo. Deus não gostou e não esteve com meias medidas: rua! Despejados do paraíso, sem direito a recurso, nem a indemnizações, nada. A força divina não teve mercê. E lá foram os dois pataratas, meio atordoados, a trabalhar e a ganhar a vida com o suor do rosto. Foram levados a comer o fruto da árvore do conhecimento. Mas devem ter comido muito pouco, porque foram precisam muitos comprimentos de um tempo que não sabiam que existia para adquirir o restante conhecimento que hoje demonstram de uma forma inequívoca. Mas também não deixam de ser ambos peritos em asneiras e em violências. Já se aperceberam que a sua criação não foi perfeita. Paciência! Agora não podem voltar atrás e se pudessem, às tantas, ainda poderia ser pior.
A sua sede do conhecimento é pior do que um diabético em pré-coma. Bebem muito, sem dúvida, mas precisam de domesticar as suas descobertas, caso contrário, ainda podem ficar sem a tal consciência, ao entrarem em estado de coma, quem sabe se irreversível. Muitas têm sido as situações de risco, mas, felizmente, têm conseguido ultrapassá-las.
Quando foram expulsos do Paraíso, estou convencido de que, ao passarem pela árvore da vida, chateados com o “patrão”, pifaram algum "fruto" e, bem escondido, andam agora a lambê-lo com uma satisfação dos diabos. Raio de palavra que está sempre associada às coisas que “não deve” fazer mas que lhe dão prazer!
Sabem onde está a vida, como nasceu, quais são os tijolos da mesma, como se transmite, sabem qual é a sua linguagem, sabem interferir nas suas falas e, agora, até já sabem como imitá-la, sintetizando cromossomas sintéticos e originar espécies inexistentes.
O cientista Craig Venter não criou vida desde o nada, limitou-se a sintetizar algo que depois passou a comportar-se como um ser natural.
As perspetivas que se abrem nestas técnicas para melhorar a vida dos homens e da mulheres são imensas, assim como os riscos de um mau uso. Mas nem tudo o que nasce das nossas mãos é intrinsecamente bom ou mau. O problema está na sua utilização, reflexo de uma natureza imperfeita, em que somos capazes do melhor e do pior.
Vamos entrar numa nova era em que irão surgir lutas “encarniçadas” entre os que defendem a nova descoberta e os que veem a mão do demónio.
Mas não há nada a fazer. Podem criar legislação, emitir pareceres éticos e outras coisas que tenham como objetivo travar a progressão de certas conquistas “perigosas” mas nunca irão impedir o seu percurso. Há muito que passámos o ponto de não retorno. Há muito, mesmo. Não sei onde precisar esse momento, mas não me incomodaria muito se o colocasse naquele bíblico momento da expulsão do Paraíso, em que Adão e Eva tiveram que ir à vida, e um deles, qual?, às tantas deve ter sido a Eva, porque já tinha alguma experiência, furtou o fruto da árvore da vida. Mas também pode ter sido o Adão, não digo que não. E agora? Agora? Juízo e esperança, coisas que, como muitos sabem, andam muito arredias nos tempos que correm...
4 comentários:
O primeiro capítulo dos manifestos rosacrucianos, reza o seguinte: Jeová redimirá a humanidade revelando os segredos que anteriormente reservou somente para os eleitos.
Entre a divulgação sensacional destas novas descobertas e o seu efectivo uso para 'melhorar' a condição humana há uma grande diferença. Acreditarei nas descobertas desta equipa financiada pelo C. Venter quando outras equipas conseguirem replicar estes métodos e obter os mesmos resultados. Cientistas que estiveram associados à clonagem da Dolly advertiram para a grande probabilidade de ocorrência de erros congénitos e frágil saúde dos clones e para a grande dificuldade da técnica de manipulação de células mas isso não foi tão divulgado. Acredito que a maior parte dos anúncios de mamíferos clonados são fraudulentos, houve até mesmo um cientista exposto por isso mesmo.
O que faria diferença na melhoria das nossas vidas e dos nossos descendentes seria um método de educar que atenuasse a ganância, o egoísmo e outros comportamentos destrutivos dos seres humanos. Mas isso é tão difícil e tão pouco sensacional. Mas tenho a certeza que melhoraria a qualidade de vida.
Todos os avanços científicos nos confrontam com a capacidade de os sabermos utilizar em proveito da humanidade, são barreiras que se quebram, uma a uma, algumas mais extraordinárias que outras, a ciência progride com os vultuosos investimentos para que aconteça isso mesmo, que avance. Depois, temos que saber merecer essa dádiva do conhecimento.
Algumas escolas de pensamento explicam esta nossa “natureza imperfeita”, infelicidade e sofrimento, da seguinte forma: os taoístas acham que é devido a um desequilíbrio; os Islamitas são de opinião de que a culpa é dos crentes porque se revoltam ou revoltaram contra Alá e segundo os cristãos-judaicos o que nos mantêm neste estado ainda é o pecado original. Contra esse pecado, nada a fazer, porque não se pode desfazer. E lá está a mulher na origem desta confusão toda, pois claro! Todos se esquecem da serpente que apanhou a mulher num momento de vulnerabilidade ....
O fruto por meio do qual Adão e Eva pecaram – a maçã - está, actualmente, associado a saúde e alegria. “Uma maçã por dia dá saúde e alegria” – há quem diga outra coisa como motivo de alegria diária mas eu fico-me pela maçã – ou então “An apple a day keeps the doctor away.” Vamos lá entender! : )
Uma notazinha à margem: se Eva foi a culpada de tudo, teve, consequentemente, um papel relevante nesta estória. Qual a razão, então, que quando o casal é mencionado, ela vem em segundo lugar: Adão e Eva? Deveria ser: Eva e Adão! : )
Quanto ao Freud e a sua explicação para a nossa infelicidade, ele diz que: “ A infelicidade é o resultado inevitável do embate entre os nossos impulsos naturais e as necessidades da civilização.” Caso complicado.
E enquanto os cientistas dedicam uma vida inteira à descoberta de novos meios de nos prolongar a vida e de a melhorar, nós, como cidadãos comuns devemos fazer a nossa parte como diz a cara comentadora Maria.
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