Por vezes certos estudos causam apreensão ou falsa segurança quando transmitidos pela comunicação social. A forma como fazem é preocupante. Mas não é o momento para dissertar sobre o tema. Hoje tive acesso a duas dessas notícias.
A primeira diz respeito a um estudo sobre telemóveis e cancro que foi inconclusivo. Ainda não tive acesso ao trabalho original - esqueci-me de ir à biblioteca da faculdade ler o artigo -, mas, para já, atrevo-me a adiantar uma explicação para algumas, aparentes, incongruências. Os cientistas detetaram, segundo a notícia, “uma ligeira diminuição de risco de cancro cerebral nos utilizadores de telemóvel” e, “no outro extremo, os resultados também sugerem que, para os utilizadores mais intensivos, o risco é maior do que para os não utilizadores”. À primeira vista, não vejo que haja incongruência se interpretarmos estes achados à luz da hormesis. De acordo com esta teoria, já demonstrada no caso das radiações ionizantes e da exposição a alguns químicos, a exposição a baixas concentrações a um produto perigoso pode ser benéfico ao estimular os mecanismos de reparação e de proteção celular. Deste modo, poderia ser uma explicação plausível para o a prevalência mais baixa nos utilizadores moderados ou ligeiros de telemóveis. Tal fenómeno não se verifica nos expostos a tempos mais prolongados no uso de telemóveis. Sendo assim, o aumento de risco do cancro cerebral, por exposição prolongada, pode ser uma realidade. Conselho: usar o telemóvel só quando for necessário e em “doses baixas”, não vá o diabo tecê-las.
A segunda notícia diz respeito ao aumento do risco de surdez nos homens que andam a tomar medicamentos para a disfunção erétil. Pois é! Uma chatice. Já estou a ver um dia destes um diálogo do género: - Eh pá, estás cada vez mais surdo! – Ah? Não ouço! – Estás surdo que nem uma porta! – Pois estou. – É da idade? – Ah? – É da idade? – Não. É do Viagra! Surdo e “duro” que nem uma porta!
A segunda notícia diz respeito ao aumento do risco de surdez nos homens que andam a tomar medicamentos para a disfunção erétil. Pois é! Uma chatice. Já estou a ver um dia destes um diálogo do género: - Eh pá, estás cada vez mais surdo! – Ah? Não ouço! – Estás surdo que nem uma porta! – Pois estou. – É da idade? – Ah? – É da idade? – Não. É do Viagra! Surdo e “duro” que nem uma porta!
4 comentários:
Ri a bom rir, meu caro Professor! Surdo e duro que nem uma porta! :)
ahahahah!
Não há bela sem senão!
:)
Excelente, Senhor Professor Massano Cardoso!
Mas, nem tudo são desvantagens, e para o homem que toma medicamentos para a erétilidade, os efeitos co-laterais até se podem considerar benéficos. Quantos de nós já desejaram ser surdos, em alturas específicas?
Muitos, certamente, desde que não perdessem a virilidade. Outra desvantagem que poderia suceder, mas não sucede, seria a surdez afectar por "simpatia" a companheira do tomador de viagra.
Assim, poderíamos imaginar outro diálogo: -Maria, vamos lá fazeri como fázem os pessarinhos...?
-Hãn?... Qué que tás p´raí a dezere Maneli?
- Aquilo Maria, tu sábis, anda cá depressinha mê amori, quê tomê o Veágra e já tou que nem posso!
- Quê, home? Nã tou intendendo uma palábra do que tás praí a dezere!
- Ai Maria, carambas... vou teri que te fazeri um dezanho?!
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