Na semana passada, Zapatero perdeu as eleições regionais e municipais espanholas.
Rapidamente soube tirar daí as devidas consequências, desistindo de se candidatar às próximas Legislativas de Março de 2012. E manifestou já o seu apoio ao sucessor, Pérez de Rubalcaba.
Um bom exemplo democrático que Sócrates devia seguir. E uma saída digna, depois de todas as indignidades cometidas.
A última, a de se ter comprometido perante a Troika com dois documentos diferentes, sem dar cavaco aos portugueses. Tendo acordado antecipação de prazos, criando assim dificuldades adicionais ao próximo governo. Onde, por certo, não estará.
Rapidamente soube tirar daí as devidas consequências, desistindo de se candidatar às próximas Legislativas de Março de 2012. E manifestou já o seu apoio ao sucessor, Pérez de Rubalcaba.
Um bom exemplo democrático que Sócrates devia seguir. E uma saída digna, depois de todas as indignidades cometidas.
A última, a de se ter comprometido perante a Troika com dois documentos diferentes, sem dar cavaco aos portugueses. Tendo acordado antecipação de prazos, criando assim dificuldades adicionais ao próximo governo. Onde, por certo, não estará.
9 comentários:
Essa expressão "não dar cavaco", paga direitos de autor ao professor Marcelo, embora ele tenha imediatamente ressalvado com um "salvo-seja".
E já agora, seguindo o conselho (conselho, mas não de estado) do mesmo, cantemos com Nana Mouskouri, do coro dos escravos Hebreus da opera Nabucco de Verdi:
http://www.youtube.com/watch?v=H34sUemjuw4&feature=fvwrel
Pode ser que resulte...
;))
Como não quero parecer mauzinho, fica mais este link, com bonecos e mais clássico;
http://www.youtube.com/watch?v=Gmdl4f5jFM8&feature=related
;)))
Muito apropriado , o Coro dos Escravos, caro Bartolomeu. Foi o que Sócrates conseguiu fazer do povo português. E agora tem o descaro de dizer que luta pela sua libertação...
http://www.youtube.com/watch?v=DzdDf9hKfJw
Olhai, Gregos e Lusitanos
Que sobre todas as cabeças
Se abate o peso da escravidão
E seremos de nós próprios os tiranos
Se não soubermos enfrentar as ameaças
E lutar com coragem, pelo trabalho e pelo pão!
(dizia isto ontem, a Presidente do Banco Alimentar... por outras palavras, obviamente, mas também, fazendo rimar, pão, com o não à escravidão)
;)
E olhai, Gregos e Lusitanos
Que, como n'outras, nesta situação,
Continuam impunes, os Tiranos,
E quem se ... lixa... é sempre o mexilhão :D
(modesto contributo ao poema "E olhai, Gregos e Lusitanos")
A propósito de mexilhão, assinalo a ausência demasiadamente prolongada, do noss estimado poeta algarvio, Manuel Brás.
Caro Pinho Cardão
Não concordo com o seu comentário, por mais que possa concordar com as razões para criticar Sócrates.
Não penso que se devam confundir as eleições municipais e regionais com as legislativas.
Se Zapatero quis fazê-lo, só lhe fica bem, mas eu não conheço o suficiente do panorama político espanhol para tirar ilações.
No entanto, O PS de Sócrates ganhou as últimas legislativas. Daí que, se houver razões para ele se demitir, e há muitas, não seria, ou não deveria ser por aí.
A ser assim, vamos transformar todo o tipo de eleições, municipais, presidenciais, europeias, em eleições que provoquem a demissão do partido que está no governo, se este perder aquelas. Não posso concordar com isto, nem penso que o PSD queira fazer isso se vier a ser governo.
Caro Adkalendas:
Concordo absolutamente que não se devem confundir as diversas eleições. A não ser assim, bastaria apenas uma.
Mas o facto de Zapatero considerar que estava em causa a sua "legitimidade", ganha nas Legislativas, após a derrota nas regionais e municipais, mais faz salientar o seu sentimento democrático.
Em Portugal, vai haver Legislativas. Referi no texto que o exemplo de Zapatero era um bom exemplo democrático que Sócrates devia seguir. E uma saída digna, depois de todas as indignidades cometidas. Aliás, a única digna.
OK, fiquei esclarecido. Como habitualmente as suas posições são bem fundamentadas. Obrigado.
Custa-me, por vezes, ver confundidas as diversas eleições (legislativas, presidenciais, autárquicas e europeias).
Concordo igualmente que, tendo feito o que fez, Sócrates não se devia ter candidatado à direcção do PS e não devia ser candadato a Primeiro Ministro.
No entanto, antes de tudo isso, não concordo com a realização destas eleições. Penso que o PSD se precipitou, e ainda que ganhe, penso que não vai resolver nada, tanto mais que a diferença entre PS e PSD não vai ser grande.
Podiam ter preparado melhor o caminho para próximas eleições, e esperar mais um pouco.
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