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quinta-feira, 17 de novembro de 2011

A justiça e a rua

«O que está a decorrer e que devia decorrer com menos aparato e mais discrição, que é aquilo que eu pedi e que não está a ser cumprido…”
«Deviam ser feitas buscas discretamente, para respeitar a privacidade do cidadão - infelizmente não estão a ser feitas como eu pedi - e não com este aparato televisivo…»
Pinto Monteiro, PGR, em declarações sobre o aparato mediático que rodeou a detenção de Duarte Lima
O PGR pede e é desobedecido. Não só é desobedecido, como comunica aos media que o seu pessoal não lhe obedece.
E confirma o que dizia uns tempos após ter tomado posse: “…o Ministério Público é um poder feudal. Há o conde, o visconde, a marquesa e o duque…”, dizia Pinto Monteiro.
Da auto-gestão, depressa a justiça passou a ser moldada pelas televisões. E o público a ser o juiz.
Os Tribunais são apenas um sítio onde se juntam advogados e jornalistas e câmaras para exibir os réus à populaça, que sumariamente os condena. Mesmo que absolvidos, nunca mais deixarão de ser culpados. Mudou apenas o linchamento. Porque a justiça há muito que está na rua.

3 comentários:

Anónimo disse...

Subscrevo.

Margarida Corrêa de Aguiar disse...

Caro Dr. Pinho Cardão
Estes casos são óptimos para as televisões. Chamam-lhes um figo.

Suzana Toscano disse...

O que parece não impressionar ninguém. Diria mesmo que a receita é valor seguro, ou não se repetiria até à normalidade.