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sexta-feira, 18 de novembro de 2011

A nacionalização dos filhos

Em Esparta, as crianças eram retiradas à família e entregues à cidade-estado, que as educava e delas passava a cuidar. Os pais eram meros progenitores de soldados para a cidade-estado.
Há quem sempre tenha desejado trazer o modelo para Portugal. E ter um Estado que tome conta de tudo e de todos.
Hoje, é o Bloco a propor que a Escola substitua os pais no pequeno-almoço dos filhos. Amanhã, alguém proporá que durmam nas instalações escolares.
Só ficará a faltar a nacionalização. Por este andar, lá chegaremos.

8 comentários:

Bmonteiro disse...

Se eu estivesse na AR, tinha uma pergunta para o BE:
Se no BE, não estariam na disponibilidade de com os rendimentos do partido e deputados respectivos, sustentar as 1ªs refeições dos alunos de uma escola.
Uma das escolas próximo da AR por exemplo.

Ilustre Mandatário do Réu disse...

será que servem compota de diospiro?

Fartinho da Silva disse...

Caro Pinho Cardão,

É o sonho do homem novo socialista que tanto tem aquecido a estrutura neuronal de quem tem mandado efetivamente na educação nacional depois do 25 de abril.

Pinho Cardão disse...

CaroBMonteiro:
Nem será tanto isso, será sobretudo, como diz o Fartinho da Silva no seu comentário, a questão ideológica a sobrepor-se: o Estado como dono de tudo e de todos. A educação familiar pouco interessará.

Caro Fartinho da Silva:
Claro que na base está mesmo isso.

Suzana Toscano disse...

É uma boa forma de se apresentarem aos olhos do povo como a consciência da nação. O pior é que as soluções que apresentam para o País iam deixar as crianças em pequeno almoço e sem o resto... Devo, no entanto, dizer, que já há muitas escolas onde as crianças tomam o pequeno almoço, não por ideologia barata mas porque as crianças chegam de barriga vazia, num caso que conheço os professores "gerem" o almoço da escola e guardam o pão e a fruta para o pequeno almoço e quotizam-se para comprar o leite. Também vi uma escola onde até dão banho aos mais pequenos e vestem-nos com a roupa que juntam num banco de roupa para o qual todos contribuem. De uma forma ou de outra, as pequenas comunidades vão fazendo frente às dificuldades da vida...

Anónimo disse...

Sabe, cara Suzana, não posso dizer que não esperava o que acaba de contar no seu comentário porque seria mentira. Mas posso dizer sem mentir que entre estar a contar com as marcas da pobreza enquanto conceito abstracto para o futuro e saber que elas efectivamente existem e sucedem é algo diferente. Entristece ver o ponto a que as coisas chegam.

Quando li o seu comentário e principalmente a sua última frase a primeira imagem que me veio à cabeça foi a da Costa do Marfim. Um país que conheceu um nivel de vida muito razoavel e com infra-estruturas de nivel Europeu mas que subitamente teve uma brutal queda no seu nivel de vida. Tornou-se algo fantasmagórico o contraste entre a modernidade do que se via e o nivel de vida a que as pessoas tiveram que adaptar-se. Tal como na Costa do Marfim também em Portugal, realmente, "de uma forma ou de outra, as pequenas comunidades vão fazendo frente às dificuldades da vida...".

É pena. E maior a pena quando essa queda podia ter sido evitada.

Fartinho da Silva disse...

Cara Suzana,

O seu comentário é desconcertante. Como é que se chegou a este ponto?

Tonibler disse...

Como é que um estado consome 50% da riqueza criada, exibe todo o tipo de nababo bem alimentado e bem pago a protestar contra lhe terem tirado um subsídio que vai reduzir-lhe nalgumas polegadas o LCD novo e, no fim, tem escolas a "gerir" o almoço para darem pequenos-almoços?

Como é que se chegou a este estado de cegueira sobre as verdadeiras funções do estado? Quantos mil milhões de euros de desperdício representa esta história da gestão dos pequenos almoços? Quantas centenas de milhar de funcionários públicos deveriam ser imediatamente despedidos por incompetência?

E depois vêm me dizer que não há equidade...