Depois do devaneio à l`Hollande, depressa ultrapassado, a França deixou-se dos sonhos socialistas e começa seriamente a voltar à realidade.
O novo 1º Ministro, Manuel Valls, não foi de modas nem politicamente correcto em relação ao passado. Logo na sua primeira intervenção pública, no Telejornal da TF1, afirmou que "não há outra opção se não reduzir os défices públicos", pois "é uma questão de credibilidade para a França".
É que Valls sabe bem que a França vem perdendo competitividade, e que a carga fiscal suga os meios necessários à reorganização empresarial,ao investimento, à adopção de novas tecnologias, à inovação.
E sabe que, sem isso, não há economia forte, nem emprego, nem rendimento para distribuir.
E Valls também sabe que estados endividados, défices elevados e fiscalidade excessiva não são de molde a aplicar políticas keynesianas, tão defendidas pelo seu partido.
Que Hollande, seja dito, logo abandonou, no dia seguinte a ser eleito. Mas que o discípulo Seguro ainda teima em defender para Portugal. Com renegociações de dívida, de modo a criar uma folga que permita a tal "aposta no crescimento". Com mais despesa pública, geradora de mais dívida, uma receita segura para o descalabro.
4 comentários:
O Dr. Seguro tem a ambição legítima de ser Primeiro-Ministro. A demagogia com que se expressa é que já não é legítima. Ele sabe que o PS assinou o Tratado Orçamental e sabe de tudo o que foi afirmado no post. Mas não o diz publicamente porque isso representaria a sua morte política e eleitoral. Quanto a François Hollande, é um espinho encravado na garganta da esquerda que via nele a "nova e sabedora via" que libertaria a Europa do domínio dos maus que perversamente querem o mal do povo". Rapidamente a realidade impôs-se a tal infantilidade! Prevejo que o mesmo possa suceder em Portugal caso o Dr. Seguro venha a ser eleito Primeiro-Ministro...A "alternativa" é voltar à situação de pré-bancarrota para onde Sócrates conduziu o país. O PS está diante de dois caminhos, caso volte ao Governo no seguimento das próximas legislativas: ou cumprir o Tratado Orçamental, reformar o Estado e continuar a consolidação orçamental ou ir pela via do despesismo e do endividamento e consequentemente da alta dos juros exigidos ao país.
E, agora, em fim-de-semana, convido a assistirem e ouvirem uma magnífica entrevista ao Dr. Miguel Frasquilho e ao Dr. Miguel Gaspar, dirigida por José Gomes Ferreira.
Ver e ouvir na íntegra.
Eis o link direto:
http://www.youtube.com/watch?v=H3cXvrS1FdQ
Caro Pedro Almeida:
Se AJS vier a ser Primeiro-ministro ( tudo pode acontecer...), bastar-lhe-à uma ida à Sra. Merkel para vir desdizer tudo o que vem dizendo. Como justificativo complementar e descargo de consciência, irá ao Sr. Hollande que, nas declarações finais, confirmará a viragem. É seguro!
Sem dúvida que se deve dar atenção ao Défice , e a fiscalidade não deve ser elevada.
Mas abandonar politicas Keynesianas (ou quem quiser, de Desenvolvimento), para se concentrar unicamente no Défice como diz a Troika, tem levado ao empobrecimento dos Portugueses e da sua economia.
O mesmo se tem passado na Grécia e noutros países.
Por exemplo, não se tem seguido politicas Keynesianas, no entanto a Divida tem aumentado quer em relação ao PIB, quer nominalmente. Tal deve-nos fazer pensar se este modelo de Austeridade / Neo-Liberal, resulta.
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