Só agora vi um resumo do debate na AR. Pareceu-me que no dia em que é divulgado o barómetro mais desfavorável ao governo, o novo líder do grupo parlamentar PS deu uma ajudinha à recuperação da cotação do Primeiro-Ministro.
O que é perfeitamente natural. Por duas ordens de razões:
1 - Chris Gupta: "A constituição de uma «Democracia Representativa» "consiste na fundação e financiamento pela elite do poder de dois partidos políticos que surgem aos olhos do eleitorado como antagónicos, mas que, de facto, constituem um partido único. O objectivo é fornecer aos eleitores a ilusão de liberdade de escolha política e serenar possíveis sentimentos de revolta..."
2 - Fernando Madrinha - Jornal Expresso de 1/9/2007:
[...] "Não obstante, os bancos continuarão a engordar escandalosamente porque, afinal, todo o país, pessoas e empresas, trabalham para eles. [...] os poderes do Estado cedem cada vez mais espaço a poderes ocultos ou, em qualquer caso, não sujeitos ao escrutínio eleitoral. E dizem-nos que o poder do dinheiro concentrado nas mãos de uns poucos é cada vez mais absoluto e opressor. A ponto de os próprios partidos políticos e os governos que deles emergem se tornarem suspeitos de agir, não em obediência ao interesse comum, mas a soldo de quem lhes paga as campanhas eleitorais." [...]
Discordo da opinião do estimado Dr. José Mário. O novo líder da bancada do PS, não ajudou à recuperação da cotação do PM. Ele constatou duas evidências: a primeira, que não podemos ter o estado social que se reivindica e em simultâneo cobrar menos impostos. A segunda, que o PS não tem uma política alternativa, caso venha a ser governo. Ouvi António Barreto comentar e do meu ponto de vista com toda a razão, que a manterem-se as políticas atuais, o nosso país irá demorar imenso tempo a recuperar um pouco a sua economia. Ora bem, nem o atual governo, nem Ferro Rodrigues, nem António Costa e nem António Barreto, tocam nos pontos essenciais da necessária reforma que o governo terá obrigatoriamente de encarar para que haja uma recuperação concreta da economia. Uma delas, a extinção de organismos do estado, de fundações, etc. Ou seja, aquelas duzentas e sessenta e oito entidades que o Dr. Pinho Cardão mencionava numa anterior postagem, e mais uma mão cheia de outras que recebem do estado, proveniente da receita dos impostos, balúrdios que desiquilibrariam até os orçamentos de países economicamente mais fortes que o nosso.
5 comentários:
Um fora de prazo como tantos outros que por aí andam e que não desistem, à direita e à esquerda...
O que é perfeitamente natural. Por duas ordens de razões:
1 - Chris Gupta: "A constituição de uma «Democracia Representativa» "consiste na fundação e financiamento pela elite do poder de dois partidos políticos que surgem aos olhos do eleitorado como antagónicos, mas que, de facto, constituem um partido único. O objectivo é fornecer aos eleitores a ilusão de liberdade de escolha política e serenar possíveis sentimentos de revolta..."
2 - Fernando Madrinha - Jornal Expresso de 1/9/2007:
[...] "Não obstante, os bancos continuarão a engordar escandalosamente porque, afinal, todo o país, pessoas e empresas, trabalham para eles. [...] os poderes do Estado cedem cada vez mais espaço a poderes ocultos ou, em qualquer caso, não sujeitos ao escrutínio eleitoral. E dizem-nos que o poder do dinheiro concentrado nas mãos de uns poucos é cada vez mais absoluto e opressor. A ponto de os próprios partidos políticos e os governos que deles emergem se tornarem suspeitos de agir, não em obediência ao interesse comum, mas a soldo de quem lhes paga as campanhas eleitorais." [...]
O líder um "déja vu". Concordo que é um valor acrescentado para Passos Coelho.
Discordo da opinião do estimado Dr. José Mário.
O novo líder da bancada do PS, não ajudou à recuperação da cotação do PM. Ele constatou duas evidências: a primeira, que não podemos ter o estado social que se reivindica e em simultâneo cobrar menos impostos. A segunda, que o PS não tem uma política alternativa, caso venha a ser governo.
Ouvi António Barreto comentar e do meu ponto de vista com toda a razão, que a manterem-se as políticas atuais, o nosso país irá demorar imenso tempo a recuperar um pouco a sua economia.
Ora bem, nem o atual governo, nem Ferro Rodrigues, nem António Costa e nem António Barreto, tocam nos pontos essenciais da necessária reforma que o governo terá obrigatoriamente de encarar para que haja uma recuperação concreta da economia. Uma delas, a extinção de organismos do estado, de fundações, etc. Ou seja, aquelas duzentas e sessenta e oito entidades que o Dr. Pinho Cardão mencionava numa anterior postagem, e mais uma mão cheia de outras que recebem do estado, proveniente da receita dos impostos, balúrdios que desiquilibrariam até os orçamentos de países economicamente mais fortes que o nosso.
Caro
Ferreira Almeida
Podes me enviar os teus contatos?
Abç
António Alvim
antonioalvim@netcabo.pt
966099868
Enviar um comentário