Pois hoje voltaram a não avisar o Senhor Vereador. Nem o Senhor Presidente, estou seguro!...
Em 23 de Setembro, vastas zonas de Lisboa foram inundadas devido a fortes chuvadas. Presidente ausente no PS, logo apareceu o Senhor Vereador dos Esgotos a dizer que "a autarquia não estava à espera de tanta chuva em tão pouco tempo", queixando-se ainda de a Câmara "não ter sido devidamente avisada sobre este cenário".
Enfim, um vereador pouco avisado. O que nos vale é mesmo o Presidente. Da Câmara? Não, do PS, que manda na capital.
E que ambiciona gerir o país como gere Lisboa.
A meter água por todo o lado, claro está!...
36 comentários:
Dr. Pinho Cardão
Qual será a desculpa desta vez? De Setembro para cá o que fizeram os serviços da CML? Estão à espera de quê?
Estão à espera que a chuva limpe as sargetas.
Dizem que a culpa é do Tejo e o rio diz que a culpa é das marés cheias...
Dizem que a culpa é do Tejo e o rio diz que a culpa é das marés cheias...
Mas de quem será a culpa?
Devem ter mandado calar o betinho.
Ai se o presidente fosse o Santana Lopes e se recusasse a comentar os acontecimentos.
Eram pelo menos meia hora de abertura de telejornais a bater no homem, mas ao sebastião Costa, tudo se perdoa e tudo se explica com outros factores.
Que falta de classe, na classe jornalística.
1) Com certeza há responsabilidades;
2) Mas convém delimitá-las;
3) Tenho protestado veementemente pela negligência na manutenção do espaço público, que se nota em coisas como o mau funcionamento de sarjetas ou na péssima manutenção dos pavimentos, dizendo frequentemente que votarei no presidente de câmara que me prometer fazer as sarjetas funcionarem em vez de me prometer grandes desígnios estratégicos para Lisboa;
4) Dito isto, as sarjetas não tem nenhuma relação com as cheias. Para ser mais rigoroso, quanto melhor funcionarem maior é o pico de cheia porque apenas servem para fazer a água chegar mais rápido aos pontos de acumulação;
5) As cheias são normais, o que não é normal é a ocupação indevida das bacias de retenção (todos nós temos bem a noção de como o miolo dos quarteirões tem sido impermeabilizado, como os vales das Avenidas da Liberdade e Almirante Reis, ou o vale de Alcântara têm sido ocupados, como enchemos as zonas naturais de acumulação (Picoas, Sete Rios, Praça de Espanha e por aí fora) têm sido impermeabilizadas;
6) Estamos a falar de um problema de grande dimensão na gestão urbana, que resulta de anos e anos de gestão urbana a pensar que as cheias são problemas de sarjetas e que ninguém, rigorosamente ninguém, pode fazer grande coisa em meia dúzia de semanas (deem um salto aqui e vejam os picos de precipitação em 22 de Setembro e ontem, comparem com qualquer outro dia, e espero que se perceba que não há coisas simples nesta matéria: http://meteo.ist.utl.pt/odata-past.php?param=pp&day=22&month=09&year=2014&period=daily)
Caro Henrique Pereira dos Santos:
Creio que deu umas boas achegas para a cpmpreensão do assunto. Acontece que o que está feito, feito está, e não se pode colocar a Almirante Reis ou a Baixa ou Sete Rios na situação em que estavam há cem, duzentos ou seiscentos anos. Eu sei bem que as cheias, em determinadas circunstâncias, podem ser uma inevitabilidade, mas é preciso evitar muitos dos seus piores efeitos. Coisa que não preocupa nada a Câmara, a avaliar pelas declarações (ou não declarações...) dos responsáveis. Dizer, como disse há menos de um mês o Vereador dos esgotos, que as inundações só se verificaram por falta de informação dos serviços quanto às condições do tempo, é de uma demagogia primária, e deu a entender que basta que o IMA avise e tudo fica resolvido. Porventura, ele até está convencido disso. Por outro lado, são os próprios responsáveis que enfocam muito a causa das coisas nas sarjetas. Ora, se são eles que o dizem, pois que sofram os efeitos.
Os media também actuam irresponsavelmente nestas situações. E a informação é dada de forma sectária: cãmara socialista é sempre poupada, mormente a do António Costa; se fossem outras, o alarido que não iria por aí.
Também não vale a pena repisar a questão de fundo, que ela não pode ser resolvida. Mas seria bom ouvir o Presidente da Câmara falar das medidas preventivas para evitar o pior. Mas, sobre isso, moita carrasco, nem os jornalistas perguntam. Há que preservar o Presidente.
Cara Margarida:
A desculpa e a culpa?
Da especulação financeira internacional, I presume...
Caro Nuno Cruces:
Chama-se a isso a auto-regenaração...
Caro Luís Moreira:
Pois é, as marés são neo-liberais e só começaram a existir no tempo desta câmara socialista... Chatice!...
Caro Luís Coelho:
Claro que de quem não informou a Câmara de que ia chover.
Caro Lamas:
Falta de classe na classe jornalística?
Creio que não, o que a classe tem é um critério muito classificado...
Comecei por dizer que há responsabilidades, mas compreender o que se está a passar não significa pôr a baixa como era antes de D. Manuel ter aterrado a foz da ribeira de Valverde para fazer o terreiro do paço, significa sim compreender que fizemos ali um aterro a bloquear a foz da ribeira e que temos de aprender a viver com isso.
Por exemplo, não tirando os edifícios, eles podem ser usados contando com as cheias, de modo a evitar os prejuízos, colocando coisas que são mais afectadas pelas cheias em zonas onde a água chegue menos vezes.
Mas também é preciso perceber que o parque de estacionamento do marquês, dos restauradores e da praça da figueira não foram feitos há seiscentos anos.
Eu sei que é uma proposta aparentemente absurda, e se nos lembrássemos de prescindir de tanto estacionamento e usássemos o parque de estacionamento dos restauradores como uma imensa bacia de retenção?
Absurdo, eu sei, mas ajuda a perceber que as cheias, tal como ocorreram, são um absurdo bem menor, são simplesmente uma escolha que se faz.
Quanto ao resto, estou de acordo consigo.
Senhor Pinho Cardão:
Disse: «E a informação é dada de forma sectária: câmara socialista é sempre poupada, mormente a do António Costa; se fossem outras, o alarido que não iria por aí.»
E o que é que o senhor faz com os seus posts?
E não encontra nenhum «media» que zurza o Costa permanentemente como o senhor faz aqui?
Anda muito distraído, sempre lhe digo.
Parafraseando uma conhecida frase popular de Vasco Santana, adaptada, permita-me que lhe diga, sem qualquer intenção de o ofender: «Sectarismos há muitos, seu palerma».
Eu acabo de ver na televisão, como já tinha visto outras vezes, imagens de inundações: uma imagem vale mais do que mil palavras. O que se passou em Lisboa foi mostrado, tal como noutros pontos do país: Corroios, Tomar, Setúbal, (há dias Montijo) e outros casos haverá, porque desde início de Setembro que tem chovido muito além do normal. Os terrenos estão saturados, a impermeabilização dos solos nas cidades não pára de aumentar desde há dezenas de anos, as redes de escoamento iniciais não foram redimensionadas para a nova realidade, fazê-lo hoje é quase impossível (pelo custo e pela magnitude da obra) e o comportamento do mar há muito que se não via assim, o que dificulta o escoamento, que por vezes coincide com picos de cheia (como ontem em Setúbal, onde eu estava por acaso, houve inundações sem que tivesse chovido o suficiente para o justificar porque a cidade está construída ao nível do rio, numa bacia hidrográfica).
O Henrique Pereira dos Santos (que nem sei se é de Direita ou de Esquerda, nem isso me interessa para nada), é uma pessoa que conheço da blogosfera (até tem um blog muito interessante: Ambio), e que muito prezo pela racionalidade e seriedade que põe nos seus textos, procurou analisar com substância o assunto. Mas a maioria dos comentadores prefere a farpa fácil, demagógica, contra o Costa, apenas porque ele poder vir a ser o próximo 1.º ministro. A motivação não é debater o assunto com seriedade: é a pura chicana política.
Quando nas próximas autárquicas a câmara mudar de cor política (o que é provável, com tão má governação) e os senhores a governarem os problemas repetir-se-ão, não tenha ilusões. Mas aí o senhor considerará que os «media» estão a falar de mais nele e não o trará a este blog.
Portanto, tanta incompetência a lidar com as cheias por parte do Costa até é bom para os senhores, não acha?
Mas um pouco mais de seriedade e, se possível sem demagogia, na análise dos problemas, não seria nada mau.
Não se preocupem....
certamente o Presidente da Camara, irá pedir Desculpas Publicas.
Depois vai demitir um desgraçado dum informatico qualquer!
E "prontosss" ficará tudo resolvido...
P-S Agora mas a serio: Sou apenas leigo na materia (canalizações e drenagens urbanas ) mas atendendo a que nos ultimos anos, não se teem verificado fenomenos desta dimensão ( sim, sempre existiram pontualmente inundações...mas nunca me lembro de ter visto o Rossio ou Rua das Pretas assim )...pergunto-me : Mas será que as obras do Terreiro do PAço e da Ribeira das Naus não terão algo a ver com isto ???
Concordo com boa parte do seu comentário, Manuel Silva. Especialmente,a metade final.
É evidente e inequívoca, a antipatia que o nosso estimado autor, Dr. Pinho Cardão nutre pela figura do Dr. António Costa, pressupondo-se que a mesma se fica a dever à prevista hipótese de ganhar as próximas eleições legislativas. Se fosse somente pela ineficaz presidência da CML, cuja o Dr. António Costa Ocupa desde 2007, salvo erro, já o nosso estimado amigo Pinho Cardão teria tido imensas oportunidades de crítica mas, como só recentemente se declarou candidato e as sondagens e resultados eleitorais indicam que será de peso e muito possivelmente coligado com a esquerda... é o que se vê.
A culpa (se querem colocar a questão no plano da culpa...) é histórica e repartida por muitos que tiveram e têm responsabilidades políticas e técnicas (ai Marquês, que até tu falhaste nas previsões...).
A verdade, porém, é que fruto de fatores naturais e de desastrosas e acumuladas intervenções urbanísticas, o que se tem passado em Lisboa é preocupante e constitui um alerta para a emergência de soluções. Imaginem o que seria se, em vez de 30 minutos de forte precipitação como se repetiu ontem, ocorressem várias horas de chuva intensa nas mesmas circunstâncias...
Não tenho conhecimentos para avaliar soluções. Mas tenho opinião, fruto da experiência da vida e do saber que peço emprestado a quem sabe. E a minha opinião vai muito na linha do que comentou HPS, no sentido de uma solução de grande impacto na baixa de Lisboa, a grande bacia de confluência. Temo, porém, que seja daqueles projetos que não são muito apetecíveis quando impera a conveniência política em vez da atenção aos reais problemas da cidade. É bem sabido que as soluções de ordenamento do território e as boas políticas públicas neste domínio, nunca rendem muitos votos, pelo contrário...
Ora aí está, caro Dr. José Mário; uma opinião sensata e coerente.
Tal como em relação à pluviosidade, é fundamental para quem tem a responsabilidade de zelar por uma cidade, ter a noção de que os fenómenos meteorológicos ocorrem cada vez mais de forma e intensidade inesperadas. A prevenção e a manutenção são duas das ações concertadas com os restantes órgãos - proteção civil, bombeiros, meteorologia, etc. - que não poderão nunca ser desvalorizadas nem descuradas, independentemente da cor política de quem preside e do "staff" que o auxilia.
Meninos, e por acaso vocês ainda não sabem que esses políticos, os do Brasil também, não assumem as suas incompetências, e põem a culpa até em São Pedro?
Quem manda São Pedro mandar muita chuva!?
http://2.bp.blogspot.com/-7tdEu_XEL50/VD0G2OEoW2I/AAAAAAAAU6c/DZwnN1mgr7Y/s1600/10003289_10203082829897333_5698736234355741464_n.jpg
Ao que parece, o problema não é de hoje...
As inundações começaram ao início da tarde, a preia-mar foi cerca das 20.00h, tudo serve para lavar.
Senhor Luís Barreiro:
Eu apresentei 5 argumentos, não para proteger o Costa, mas para ajudar a compreender porque aconteceu isto em Lisboa (tal como noutros locais, a que acrescento Elvas, que só soube depois de ter posto o comentário).
O senhor contesta apenas um deles, sobre os outros: silêncio.
Pelo que posso dizer: para queimar o Costa tudo serve.
O senhor não percebeu que estes ataques soezes, feitos com argumentos do tipo espelho, em que, perante problemas semelhantes se defende os da nossa cor política e se ataca os da contrária, feitos por «cromos» (falo de «cromos», não de pessoas que apresentem argumentos válidos), repito, «cromos» tanto da Direita como da Esquerda não nos levam a lado nenhum?
Ainda não percebeu que se eu quisesse desenterrar esqueletos dos armários vinha falar das floreiras de Nuno Abecassis na rua do Carmo que impediram os carros dos bombeiros de acudir ao incêndio do Chiado, ou vinha falar da dívida monstruosa que o Costa herdou, mais de 1,2 mil milhões de euros, para a qual só o Projecto do Franck Guerry, de Santana Lopes, deu uma ajuda de 2,5 milhões? Agora a dívida pouco passa de 700 milhões. à custa da venda de património, tal como o governo fez com a ANA, os CTT, os 23% da EDP, empresas lucrativas (está a ver o argumento-espelho). Mas disso não interessa falar: aqui já não se omite nada.
E da reforma das freguesias feita pelo Costa (com acordo do PSD na AM, onde este tinha a maioria), que reduziu a burocracia, os cargos e tachos de 53 para 24 freguesias também não interessa falar: aqui já não se omite nada. Sei que o argumento contra é que nas cidades é fácil. E porque só foi feito em Lisboa por iniciativa do presidente e com esta dimensão? Disso não interessa falar: aqui já não se omite nada.
A discussão séria interessa a todos - todos vivemos no mesmo país – devem discutir-se os problemas com seriedade, para isso cria massa crítica que é um factor de pressão para que os poderes públicos façam o que devem fazer.
O que acho bem que se discuta é a razão porque há 7 anos o Plano de combate a este problema está em banho-maria: é só porque custa 150 milhões de euros ou por ineficiência do executivo da CML?
Os ataques soezes ao Costa (ou a outro qualquer, do CDS, do PSD, do PS, da CDU ou independente) não interessam para nada.
Meta isso na sua cabeça.
Caro Manuel Silva
O problema é que agora temos os "expert" em tudo o quanto é matéria. Nomeadamente na do "atirar a pedra, esconder mão e estar de soslaio a sorrir, ou a rir às gargalhadas! Dos pacóvios que entram na batalha do argumento faccioso. A sociedade está por demais a ficar com artefactos laterais exteriores aos olhos. O melhor é não lhes alimentar o "Ego"
http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=4180489
as costas do Costa são tão largas, que já chegam a Elvas:
http://www.publico.pt/local/noticia/chuva-forte-provoca-24-inundacoes-no-alentejo-a-maioria-na-zona-de-elvas-1672806
(seria bom que o plano do Carmona tambem resolvesse a agua em Elvas)
Creio que o Prof. Carmona Rodrigues poderia dar um contributo para resolver a questão de Elvas. Afinal é a sua (dele) área de especialidade, meu caro Pedro.
Caro senhor Pedro:
(Tenho estado desde as 07h00 sem internet, por isso só agora respondo)
Como munícipe não sou apoiante do Costa, infelizmente sou munícipe num município que tem tido maiorias absolutas do PCP desde 1976, mas onde nas últimas autárquicas este partido ganhou as eleições apenas com 17,98% de votos expressos do eleitorado.
Como somos um país de tradição religiosa, mas como não tínhamos nenhum santo que nos fizesse o milagre de transformar minorias de votos em maiorias absolutas, importámos o Santo Método de Hondt.
O PCP ficou com maioria absoluta de 46,63%, porque a abstenção foi de 62,37% e só conta quem vota.
Este panorama, que reflete a falta de participação cívica é, ao mesmo tempo, sintoma e causa.
É sintoma da cultura de participação cívica «clubística» de que este post do senhor Pinho Cardão é um bom exemplo, que acaba por cansar até as pessoas alfabetizadas politicamente: o que se usa não são argumentos válidos para o debate, são acusações distorcidas, em que se seleciona apenas a parte da realidade que nos serve o propósito, pois o que interessa é denegrir.
É causa porque ele próprio afasta as pessoas de uma realidade que nos desmotiva, em que se acusa os outros daquilo que os nossos ou já fizeram ou irão fazer quando tiverem que meter as mãos na massa.
Quanto a Elvas, foi falso que também houve inundações devido à grande carga pluvial? E nas outras localidades que lhe indiquei também é falso? O Costa não é presidente dessas câmaras, que eu saiba.
Ainda hoje vi na TV estragos gravíssimos em Génova, há dias tinha sido na Provença francesa (em França as chuvadas já mataram 20 pessoas) e nas Astúrias a situação tem sido semelhante.
Mas ontem também li um comentário em que o autor dizia que tinha havido apenas chuviscos em Lisboa.
Como se sabe, não temos estado perante condições climatéricas ímpares que agravam os problemas: não, é só incompetência do Costa (apenas porque irá ser candidato a 1.º ministro).
O que interessa discutir, se o sistema de escoamento foi vigiado e está limpo, porque espera há 7 anos o Plano dos 150 milhões para resolver o problema, isso não interessa: ainda podia chamuscar algum dos nossos.
Na noite das Directas do PS, perante uma grande audiência, um conhecido jornalista afirmava na TVI24 que o Costa tinha o IMI em Lisboa mais alto do país: 0,5. Azar o dele, as taxas estão no Portal das Finanças desde 2003. Tem desde há 2 anos a taxa mais baixa do país: 0,3. E desde 2007 que é das mais baixas do país, pouco acima da mínima. Quando se quer denegrir tudo serve, pois a mentira, depois de dita num «media» faz o seu caminho: isso é que interessa, a verdade não conta.
Quanto a eu ser eleitor do Costa a nível nacional, há muito que voto de acordo com as circunstâncias, a avaliação que faço a partir dos programas eleitorais: nunca a partir de filiações ou simpatias partidárias ou preconceitos ideológicos.
Não sei se isto lhe serve?
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P. S. Eu apresentei muitos argumentos no meu comentário, o senhor isolou Elvas e tentou fazer chalaça: o que é bem revelador no grau de seriedade e de profundidade que costuma por nas suas intervenções. Eu costumo dizer que o fanatismo ideológico é a maior causa da cegueira.
Caro Manuel da Silva,
"A ironia é um instrumento de literatura ou de retórica que consiste em dizer o contrário daquilo que se pensa (...) Ela pode ser utilizada, entre outras formas, com o objetivo de denunciar, de criticar ou de censurar algo. "
Assim sendo, e se reler com outros olhos aquilo que eu escrevi, facilmente entenderá...que referenciei ELVAS, para demonstrar que em concelhos onde Antonio Costa não é tido nem achado, tambem se verificaram cheias - provando-se desta forma que a questão não está apenas ligada ao que fazem ou não fazem os autarcas...mas tem como principal condicionante os fenomenos meteorologicos. A frase "as costas do Costa já chegam a Elvas " - pretendi apenas demonstrar que a ser verdade que as cheias se deviam exclusivamente a Antoni Costa, então as de Elvas tb seriam da responsabilidade de A.Costa ---> Ora esta assumpção é obviamente ridicula, e ninguem de bom senso puderá acreditar nisto.
No fundo, é aquilo que se chama "redução ao absurdo" : "(...)prova por contradição, é um tipo de argumento lógico no qual alguém assume uma ou mais hipóteses e, a partir destas, deriva uma consequência absurda ou ridícula, e então conclui que a suposição original deve estar errada(...)"
Foi só isto! E parece-me que certamente fui pouco claro, o que levou, claramente pela sua resposta pessoal, a que a minha intenção tivesse sido interpertada de forma incorrecta.
Espero que agora me entenda...
P.S. - ...já quanto ao " grau de seriedade e de profundidade que costuma por nas " minhas "intervenções", uma vez que são publicas e julgo claras, não me pronuncio e cada um que tires as suas conclusões.
P.S II - E sim, até pelo comentário em apreço, concordo plenamente quando afirma que "(...)o fanatismo ideológico é a maior causa da cegueira."
Caro senhor Pedro:
Penitencio-me, mas não percebi a sua ironia, culpa minha, não duvido (sem qualquer ironia).
A apreciação que fiz da seriedade do seu texto teve que ver apenas com este, que li ao contrário.
Desculpe-me então pela inconveniência.
Caro sr. Manuel Silva:
ficou tudo esclarecido e não há problema.
Obrigado.
:)
Caríssimos:
É óbvio que penso que o problema das inundações tem causas estruturais e pode ser resolvido de um momento para o outro. Muitas das razões aventadas nos comentários são, pois, inteiramente válidas.
Mas nenhum desses problemas foi evidenciado pelo Senhor Vereador que, em 22 ou 23 de Setembro, referiu como única causa o facto de a Câmara "não ter sido devidamente avisada sobre este cenário", das chuvas, claro está.
Pois, se fosse, estava o problema resolvido, é a conclusão. Perante isso, de que valem os argumentos invocados pelos ilustres comentadores? Na altura, Costa não reagiu. E não tinha reagido à hora que fiz o post agora comentado. O que levaria a pensar que as razões do Sr. Vereador subsistiam. Claro que depois veio dar a sua versão do sucedido. E eu até concordo com muito do que ele disse. Mas não disse tudo. Hoje, por exemplo, o Eng. Carmona Rodrigues, deu sobre o assunto uma interessante entrevista ao DN. Seria bom que Costa a lesse.
PS: Fico muito honrado pelo facto de alguns comentadores levarem verdadeiramente a sério o que escrevo. Mas não mereço isso. Fazem assim fazerem corresponder a realidade à caricatura. Mas talvez aqui tenham razão. A caricatura é, por vezes, a melhor forma de mostrar a realidade.
Caro senhor Pinho Cardão:
Na parte que me toca deste seu último comentário digo-lhe o seguinte.
Concordo em absoluto com:
- a crítica ao vereador;
- a crítica à inacção do Costa (ontem na AM já avançou com propostas concretas de activação do Plano de Drenagem, que depende mais de Bruxelas e do Governo do que dele);
- quanto ao senhor Carmona (condenado em 1.ª instância pela gestão autárquica danosa) talvez não seja boa recomendação. Além do estado deplorável das Finanças camarárias que deixou, 1,2 mil milhões, agora 732 à conta da venda de património. Já se esqueceu que a câmara já tinha tudo penhorado e não pagava aos fornecedores quando o Costa tomou conta dela?
- críticas à gestão do Costa certamente haverá.
Outra coisa é usar uma calamidade que atingiu Lisboa (34 litros/m2 em curto espaço de tempo) e muitas outras localidades do país (e até do estrangeiro, Génova, Provença, Astúrias, etc.) para dar saltos no escuro.
E saltos rascas, permita que lhe diga: o Costa vai ser eleito? Não sei. O senhor começou já a zurzi-lo.
O Costa se for eleito irá governar o país como tem feito em Lisboa? Prognósticos só depois do jogo. Se ele conseguisse reduzir a tralha autárquica (e a outra) como fez em Lisboa (53 freguesias passaram a 24, e por acordo com o PSD que era maioria na AM) já seria muito bom.
Vá às assembleias da sua freguesia e da sua câmara (e às reuniões do Executivo camarário, e intervenha como eu faço, e nunca tive filiação partiidária) e verá a inutilidade de tanto órgão que só serve para discutir moções contra o governo, contra a Troika, contra a fome no mundo, etc.
As críticas, legítimas, a quem quer que seja devem ser feitas abertamente, sobre questões concretas, não com outros objectivos sub-reptícios.
É estranho que tenha conseguido fazer futurologia de alto nível sobre a acção futura do Costa e nem tenha conseguido ver uma coisinha boa que ele tenha feito em Lisboa: uma só.
Já lhe apontei duas, mas como não há duas sem três, aqui lhe deixo outra: há 2 anos que tem o IMI mais baixo do país, desde 2007 que tomou posse tem sido sempre baixíssimo e a baixar desde essa data.
Ninguém deu por nada nos «media».
Parece que vai subi-lo um pouco: verá então a chinfrineira e as ilações estapafúrdias que surgirão nos «media».
Tudo o que disse em defesa do Costa faria em defesa de outro qualquer, seja de que partido for, já escrevi quase 20 artigos em jornais em menos de 2 anos a desancar na minha câmara (PCP) e a enaltecer outras (CDS, PSD e PS) que têm o IMI com taxas amigas dos munícipes, entre 0,3 e 0,35, e que são mais de metade das 308 do país.
-
... e umas paredes (todas) que faz parecer o Bronx dos anos 90. Tudo coisinhas boas. Adoro!
T.
Sim, sim, como sabe é só em Lisboa, felizmente.
Culpa do Costa.
Tal como as tatuagens que proliferam na juventude e não só, outra forma de pichagens.
Nada destas modas tem que ver com as redes sociais e a aldeia global em que nos tornámos.
Culpa do Costa.
E os comboios da CP estão uma miséria porque atravessam Lisboa, senão estavam um miminho.
Culpa do Costa.
Parece que não é só as pichagens e as tatuagens que proliferam a olhos vistos, é também a demagogia.
Desculpe lá, mas eu não conheço apenas Lisboa e raramente lá fora, em cidades "ocidentais", seja nos EUA seja na Europa se vê casos tão graves como o visto por cá. Normalmente esse tipo de manifestações selvagens estão circunscritas aos arredores ou zonas mais "hippies" ou "hispters", se é que assim se pode chamar. Quando o fenomeno acontece é devidamente tratado e apagado. Aqui em Portugal nada disto é importante nem controlado, estando espalhado por TODO o lado, desde exemplos singelos como o Mosteiro dos Jerónimos ou o Aqueduto das Aguas Livres, já para não falar em toda a baixa, montras, janelas, garagens, nada está a salvo. Claro que a culpa não é só do Costa, a cidadania deveria ter um papel importante, salvaguardando o seu património, mas a CML e as Freguesias deviam atacar o problema de frente tal como outras cidades o fizeram - estamos a falar de cidades com MILHÕES de habitantes e uma cultura muito mais enraizada destas actividades. Lisboa é uma migalha, no entanto nada disto é feito. Tudo isto numa cidade que se gaba dos números do turismo...
Para os mais esquecidos e que ilustra bem a imagem que o bloguer colocou
https://www.youtube.com/watch?v=4GSV6SfZUuk
Caro João PC:
Oportuno, como sempre. E muito elucidativo.E apareça sempre!
Com conhecimento por outra via, o colega de Blog Ferreira de Almeida publicou em post posterior a este as sábias palavras do senhor que interveio no Marquês de Pombal.
Toda a gente sabe que o problema das inundações que Lisboa padece, não tem nada a ver com a competência do Município.
O problema está nas alterações climática que estão em curso.
A Monção Indiana deslocou-se para Lisboa. A cidade já está sobre forte influência deste factor climático.
Esperemos que não se alastre ao resto do País.
Então é que tudo vai por água abaixo.
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