Pois é, antes das eleições, as contas estão aqui todas e António Costa exibia gloriosamente o estudo de Centeno e acompanhantes!...E o mesmo fazia depois dos acordos com os partidos das esquerdas; pois é, as contas estão aqui refeitas, acabou a austeridade, cumprimos os acordos, acaba a sobretaxa, acaba a CES, acaba o IVA da restauração e cumprimos o pacto orçamental...
Afinal...a sobretaxa não acabou, a CES não acabou, o IVA da restauração mantém-se até ver...
Mas os rigorosos cálculos continuavam a claudicar, e nem a mais conveniente estimativa de aumento do PIB era capaz de dar um jeito aos rigorosos cálculos iniciais.
Foi então que surgiu,o genial lampejo, o relâmpago fulgurante que iluminou a situação: o problema do orçamento socialista é que o anterior governo do PSD/CDS andou a enganar a Troyca e Bruxelas, dizendo lá que eram definitivas as medidas que cá eram transitórias!...
Então, depois de tantas conversas, de tantas idas e vindas, de tanta correspondência trocada, reuniões, almoços e serões, a tecnocracia e a política bruxelense foram tão primariamente iludidas pelo governo português? E não se sentiram ofendidas?
Não, não me parece. Porque nós, portugueses e cidadãos, é que nos devemos sentir ofendidos por nos quererem impigir tão primária artimanha para justificar nem eles sabem bem o quê.
9 comentários:
Agora que finalmente surgiu um novo governo português que defende os interesses da população portuguesa junto de Bruxelas no sentido de diminuir a austeridade, aparecem os apoiantes e membros do anterior governo, governo que “vendeu” o país, que sempre defendeu a austeridade e os interesses estrangeiros, os novos Miguéis de Vasconcelos, num berreiro inqualificável, a protestar contra tal preocupação do governo de António Costa.
Agora, que surge um governo que não entrega de mão beijada a estrangeiros os interesses sociais de um povo martirizado pelas políticas de empobrecimento de Bruxelas e do anterior governo seu carrasco e mandatário, ai Jesus que o governo de António Costa está a defender os interesses da esmagadora maioria dos portugueses e em confronto com os poderosos interesses financeiros de Bruxelas.
Andaram a aldrabar os portugueses, dizendo que os cortes nos salários e pensões que fizeram eram provisórios, uma vez que junto de Bruxelas afiançaram que eram definitivos, o que está a causar dificuldades acrescidas à negociação do governo do PS, e não têm agora vergonha alguma em acusar o governo pela demora das negociações.
Nós sabemos que no tempo deles a coisa era mais fácil, eles até se gabavam de “ir alem da Troika” pois comprometiam-se com tudo e mesmo dobrar a austeridade pedida por Bruxelas. Não tinham, nem nunca tiveram qualquer simpatia pelas classes populares.
Tenham vergonha!
Senhor Carlos Sério,
O Senhor pode exprimir o seu pensamento, ainda por cima num blog muitíssimo distante dele e os outros não podem exprimir um pensamento diferente e, até mesmo, contrário ao seu? Aqui ninguém "tem de ter vergonha"! Cada qual expressa livremente as suas ideias!
Quem mentiu a Bruxelas?
Aceder ao seguinte link:
http://oinsurgente.org/2016/01/31/quemmentiuabruxelas/
Teixeira dos Santos: “(…) a redução dos salário, em média de 5%, é operada em 2011, e é para manter-se a partir de 2011. É para ficar, como é evidente, não é?”
José Sócrates: “Claro!(…)”
Link para o vídeo:
http://oinsurgente.org/2016/02/01/afinal-quem-e-que-mentiu-a-bruxelas-2/
Quando se procura ganhar em Bruxelas um OE 2016 objectivamente mais favorável, mesmo que pouquinho, para as pessoas duramente castigadas durante quase 5 anos, esperava-se que, em Portugal, todos, e em especial os antigos punidores, ficassem, no mínimo, calados. Sobretudo depois de apregoarem que castigaram as pessoas não por ideologia, mas porque foram obrigados.
É isto que vai tornando a política e os seus atores cada vez mais … insuportáveis.
(Carlos Manuel Moreno)
PS-Pedro Almeida, tem razão, retiro o "tenham vergonha". Foi um desabafo inapropriado.
Uma pergunta:
Por que o Conselho de Finanças Públicas e a UTAO não se calaram?
Bruno Faria Lopes no Diário Económico toca no ponto:
A batalha negocial entre o novo governo português e a Comissão Europeia parecia ser sobre o ritmo da redução do défice. Portugal queria ir mais devagar, Bruxelas queria mais pressa. Um clássico. Se fosse esse o diferendo haveria alguma tensão negocial, recados de parte a parte e, no final, cedências dos dois lados para chegar a um acordo.
É assim esta Europa – foi assim que funcionou, por exemplo, para Portugal em 2015, como para França ou Itália. Mas não é isto o que se está a passar. O que explica a maior parte do fosso entre os técnicos das Finanças e os da Comissão é outra coisa: Portugal está, de forma flagrante, a aldrabar o cálculo do défice estrutural. Está, abertamente, a gozar com os técnicos da Comissão – um rumo que agrada a quem acha que “é preciso bater o pé à Europa”, mas que é contraproducente para a posição negocial portuguesa e perigoso para a credibilidade externa do país.
http://economico.sapo.pt/noticias/gozar-com-a-comissao-e-com-o-pais-nao-e-boa-politica_241452.html
> "Andaram a aldrabar os portugueses, dizendo que os cortes nos salários e pensões que fizeram eram provisórios, uma vez que junto de Bruxelas afiançaram que eram definitivos"
A ladainha sofística do Costa das Castas produz prosélitos embevecidos...
Medidas estruturais NÂO são sinónimo de definitivas.
O sofisma: Tornar ‘estrutural’ sinónimo de ‘definitivo’ – quando são conceitos dissimilares e independentes entre eles. Há estruturas que são provisórias e estruturas que são definitivas!
O sofisma tentado, com êxito nos incautos e propalado pelos seguidistas da sofística do ‘politicamente correcto’: Tornar ‘estrutural’ sinónimo de ‘definitivo’ – quando são conceitos dissimilares e independentes entre eles. Os sofismas são muito utilizado pelo Costa das Castas dominantes – e por estas tido por sagacidade política...
A ver: [http://oinsurgente.org/2016/02/02/medidas-one-off-o-defice-estrutural-e-martelos/]
> "Miguéis de Vasconcelos"
É sempre com enlevo apreciar quem transformou um País num Sítio/Protectorado da Europa... Dão-se agora ares de Patriotas quem defendeu sempre o internacionalismo e o sentimento de pertença nacional.
- "Portugal não é um País, é um sítio! Ainda por cima, muito mal frequentado!!!", Eça de Queirós.
Comprova-e assim, que os socialistas têm memória selectiva. 3 bancarrotas e já se esqueceram. Nenhuma pessoa honesta arruina a vida dos outros 3 vezes. É inexplicável como é possível alguém apoiar quem o fez?
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