Dizem que é do livro, dos editores, dos livreiros, do público que lá vai ver e comprar livros.
Agora caminha para ser a feira das barraquinhas.
"A minha barraquinha tem que dar mais nas vistas que a tua".
"A tua tem que ser maior que a do outro".
"A do outro não pode ser diferente da minha".
Já consigo imaginar a nova feira do livro em Lisboa.
Uns têm o stand feito pelo Siza. Outros o do Taveira.
O Manuel Salgado também desenhou aquele. Até o Frank Gehry anda por lá.
Os que têm pouco dinheiro e não arranjaram arquitecto, pintaram um caixote de azul às bolinhas cor-de-rosa.
A nova Feira do Livro é uma grande festa. Cada stand sua imagem.
Cada livreiro sua corzinha.
Cada editor sua barraquinha.
Quanto mais dinheiro, mais espalhafato.
Até conseguiram importar a arquitectura dos casinos de Las Vegas.
Os livros esses...
... parece que pouco interessam.
Só não consigo perceber qual é a dificuldade da Câmara Municipal de Lisboa em explicar a estes senhores do livros que as barraquinhas não são para dar espectáculo.
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