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quinta-feira, 22 de maio de 2008

Para onde vamos?

A Margarida Corrêa de Aguiar chama a atenção no post abaixo para uma realidade que nos deve envergonhar: a do acentuado fosso entre os que mais têm e os que mais pobres são.
Porém, a situação é bem mais grave do que a comparação com os nossos parceiros poderá fazer crer.
Em primeiro lugar porque o estudo baseia-se em dados de há uns tempos atrás. Teme-se que a situação se tenha entretanto agravado profundamente.
Em segundo lugar porque não sendo os nossos ricos tantos nem tão ricos como os que o são nos outros Estados da UE, o estudo revela afinal que os nossos pobres são muito mais pobres do que os pobres dos nossos parceiros.

Começa a ser hora de as pessoas se interrogarem para onde caminhamos. E de agirem em conformidade. Esta visão de Portugal e do mundo que tudo reduz a números, está a colher os efeitos da falência das políticas orientadas pelas estatísitcas, pela opinião publicada, planeadas em função dos ciclos eleitorais e não do futuro do País.
São os números que facilitam a especulação porque a disfarçam com explicações pretensamente cientificas. E como que legitimam as medidas estritamente financeiras e a virtualidade das estatísticas favoráveis.

Porém, a realidade, para além das estatisticas e da sua leitura, para além dos discursos irrealistas de quem nos governa, é outra. A gravidade da situação retrata-se em notícias com esta cuja veracidade me não custa a admitir.

2 comentários:

Anónimo disse...

Caro Ferreira de Almeida, penso que neste momento vamos para o abismo. E, aliás, há uns anos já. Unicamente agora aumentou a velocidade de rolamento pelo plano inclinado.

Já demasiado mal foi feito à economia Portuguesa para poder haver uma recuperação rápida e em tempo útil que obste a que cheguemos muito, muito mais abaixo do que já estamos. E mesmo essa recuperaçao para ocorrer teria que ter por base condições e políticas propícias a atrair o investimento, dinamizar a economia, criar riqueza, enfim, voltarmos a trilhar os caminhos do progresso. Essas políticas, porém, não irão haver, em absoluto, seja com o PS, seja com o PSD, portanto não tenho qualquer dúvida que Portugal irá cair no total abismo. Não é novidade nenhuma. Simplesmente agora nota-se mais por haver algumas coisas - nomeadamente os aumentos da gasolina - que conseguiram parangonas diárias e despertam um pouco os cidadãos. Mas os motivos de base, as questões estruturais que levam à queda deste país existem há vários anos.

Infelizmente.

Anthrax disse...

Caro JMFA,

Nós vamos para um sítio onde, penso, que ninguém quer ir. O Abismo do Zuricher até nem é muito mau quando comparado com a panóplia de possibilidades - todas elas violentas - que se começam a vislumbrar.

Nunca ninguém acredita, mas Aristóteles tinha razão quando defendia a preservação de uma classe média forte. Se esta desaparecer, a democracia desaparece com ela.

Devo-vos confessar que acho que os políticos devem ter tido umas notas miseráveis na cadeira de História (se é que a conhecem, à História), porque por muitas vezes que vejam repetir o mesmo cenário nunca aprendem e chegando a isso, não há organização internacional (seja ela qual for) que nos valha.

Cá por mim, podiam começar por largar uma E-bomb (a.k.a bomba electromagnética, igual às que foram utilizadas na Guerra do Golfo), na DGCI (nota: para quem esteja com ideias, as Forças Armadas Portuguesas não têm dinheiro para ter bombas destas, aliás, as Forças Armadas Portuguesas não têm dinheiro para fazer levantar um F-16 do chão e quando treinam têm de fazer "pum-pum estás morto" porque não há dinheiro para munições, logo o acesso a estas coisas é muito complicado embora a ideia seja muito gira).