Na sequência das ondas de terrorismo e violência, certos responsáveis viram-se para as tecnologias com o objectivo de detectar o mais precocemente possível os atentados e avaliar se determinado sujeito é ou não capaz de provocar uma acto condenável.
Sondar o cérebro de uma pessoa e “ver” se revela sinais suspeitos de um determinado crime é uma atitude dita orwelliana que parece ir “pegar”.
Em matéria de entretenimento é uma vergonha certos programas que exploram o mais íntimo das pessoas “obrigando-as” a actos vexatórios mas apetitosos para os voyeuristas e lucrativos para os promotores que vêem assim aumentar as audiências e a maçaroca! Dizem que ninguém é obrigado a tal. Pois não! Mas fazem-no, contribuindo para fenómenos degradantes que irão ter repercussões noutras áreas. É o caso do concurso “O Momento da Verdade”, mais uma triste originalidade importada.
Sondar o cérebro e ver como se comporta face a certas perguntas está ao nosso alcance, servindo para que possamos conhecer melhor o seu funcionamento, mas que pode ser utilizado para outros fins. Não tarda e ainda vamos ver um concurso televisivo recorrendo às novas potencialidades de ver o cérebro em funcionamento. Seria interessante ver, também, na altura, como funcionam os cérebros dos apresentadores!
Imaginem, agora, um juiz recorrer a determinados sistemas funcionais de estudo do cérebro para saber se uma pessoa cometeu ou não um crime. Tolice? Talvez. Mas já está a acontecer. Em Junho deste ano, um juiz indiano utilizou esta técnica - BEOS (The Brain Electrical Oscillations Signature), criado por um neurocientista indiano -, com base na qual sentenciou uma suspeita de assassínio a prisão perpétua.
As reacções a este comportamento foram violentas indo da incredulidade até a epítetos de estupidez. O que é certo é que alguns países, caso de Israel e de Singapura, começam a estar interessados nestas técnicas.
Alguns autores defendem esta metodologia dizendo que os testes são altamente reprodutíveis.
No Estado Indiano de Maharastra, cerca de 75 pessoas suspeitas de crime e testemunhas já se submeteram a esta técnica desde 2006, mas só agora é que foi utilizada para condenar Aditi Sharma acusada de matar o seu noivo com arsénico. A jovem, de 24 anos, aceitou submeter-se ao teste, talvez, para não ser sujeita a métodos mais primitivos e dolorosos! A senhora afirma que está inocente.
A adopção destas técnicas levanta problemas éticos muito graves. Mas também nos pode por a imaginar o que aconteceria se ligassem a cabeça de um ministro, de um PM, de um candidato a PM, de um banqueiro ou do Chico da esquina no decurso de uma entrevista ou mesmo dos senhores deputados durante um debate parlamentar. Uma chatice! Só Momentos da Verdade! Às tantas as mentiritas começariam a fazer muita falta...
Sondar o cérebro de uma pessoa e “ver” se revela sinais suspeitos de um determinado crime é uma atitude dita orwelliana que parece ir “pegar”.
Em matéria de entretenimento é uma vergonha certos programas que exploram o mais íntimo das pessoas “obrigando-as” a actos vexatórios mas apetitosos para os voyeuristas e lucrativos para os promotores que vêem assim aumentar as audiências e a maçaroca! Dizem que ninguém é obrigado a tal. Pois não! Mas fazem-no, contribuindo para fenómenos degradantes que irão ter repercussões noutras áreas. É o caso do concurso “O Momento da Verdade”, mais uma triste originalidade importada.
Sondar o cérebro e ver como se comporta face a certas perguntas está ao nosso alcance, servindo para que possamos conhecer melhor o seu funcionamento, mas que pode ser utilizado para outros fins. Não tarda e ainda vamos ver um concurso televisivo recorrendo às novas potencialidades de ver o cérebro em funcionamento. Seria interessante ver, também, na altura, como funcionam os cérebros dos apresentadores!
Imaginem, agora, um juiz recorrer a determinados sistemas funcionais de estudo do cérebro para saber se uma pessoa cometeu ou não um crime. Tolice? Talvez. Mas já está a acontecer. Em Junho deste ano, um juiz indiano utilizou esta técnica - BEOS (The Brain Electrical Oscillations Signature), criado por um neurocientista indiano -, com base na qual sentenciou uma suspeita de assassínio a prisão perpétua.
As reacções a este comportamento foram violentas indo da incredulidade até a epítetos de estupidez. O que é certo é que alguns países, caso de Israel e de Singapura, começam a estar interessados nestas técnicas.
Alguns autores defendem esta metodologia dizendo que os testes são altamente reprodutíveis.
No Estado Indiano de Maharastra, cerca de 75 pessoas suspeitas de crime e testemunhas já se submeteram a esta técnica desde 2006, mas só agora é que foi utilizada para condenar Aditi Sharma acusada de matar o seu noivo com arsénico. A jovem, de 24 anos, aceitou submeter-se ao teste, talvez, para não ser sujeita a métodos mais primitivos e dolorosos! A senhora afirma que está inocente.
A adopção destas técnicas levanta problemas éticos muito graves. Mas também nos pode por a imaginar o que aconteceria se ligassem a cabeça de um ministro, de um PM, de um candidato a PM, de um banqueiro ou do Chico da esquina no decurso de uma entrevista ou mesmo dos senhores deputados durante um debate parlamentar. Uma chatice! Só Momentos da Verdade! Às tantas as mentiritas começariam a fazer muita falta...
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