Vai haver eleições para a Comissão Politica Distrital do PSD de Coimbra. Fui convidado para encabeçar a lista para o Plenário Distrital. Fiquei surpreso! Mas que hei-de fazer? Não resisti. Não por ambição pessoal, mas, mais uma vez, por uma questão cívica. Eis que o candidato a presidente me pede um pequeno texto para a campanha.
Jantei. Sentei-me ao lado Malato e do seu concurso e saiu-me esta pequenina prosa...
Para que serve a política? Para resolver os problemas das pessoas e criar as condições que permitam o progresso e o desenvolvimento.
O afastamento da intervenção política, por parte da grande maioria da população, é a principal causa para a não resolução dos problemas, contribuindo, deste modo, para o atraso estrutural de muitas comunidades. Mas, a par do afastamento, temos que tomar em linha de conta os preconceitos sobre os políticos, ao serem classificados como pertencentes a bandos ou a quadrilhas. Pertencer a um partido político, chega, por vezes, a ser considerado quase um “crime” ou um “pecado”, por parte de muitas pessoas. Não é!
Andamos mergulhados num mar de lamúrias em que tudo está mal. Queixas sobre tudo e sobre todos. Muitas são pertinentes, não havendo dúvidas sobre as razões que assistem à maioria das pessoas.
Os políticos são alvos, preferenciais, de insultos e de humilhações. São tão comuns ao ponto de constituir um verdadeiro “desporto” nacional.
Tenho pela política uma concepção que julgo corresponder à sua verdadeira essência: participar activamente em prol dos outros, dando o meu melhor e respondendo às inúmeras solicitações.
Vivo na cidade de Coimbra desde há muitos anos. Quatro décadas! Um dia perguntaram-me como classificava a minha relação com a cidade. Respondi com três palavras: dor, ardor e amor.
Sinto amor, por muitas e belas razões! Dor? Também. Parte dessa dor provém da perda da importância a nível nacional e das tentativas de nos relegarem para lugares secundários. Uma cidade com tantas pessoas de bem, de qualidade excepcional, em todos os campos de actividade humana, não consegue impor-se ao resto do país. É altura de sair a terreiro e lutar de forma a conquistar o lugar que merecemos, porque grande parte da identidade nacional e da alma lusa é fruto de Coimbra. No fundo, a solução é muito simples. Basta ter ardor pelas causas e pela intervenção cívica, em vez de nos refastelarmos na passividade, na lamúria e na indiferença.
Abraçar um projecto politico é sinal de respeito pelos outros e por nós próprios. Se o fizermos com ardor, poderemos evitar muita dor e, no final, semear amor...
Jantei. Sentei-me ao lado Malato e do seu concurso e saiu-me esta pequenina prosa...
Para que serve a política? Para resolver os problemas das pessoas e criar as condições que permitam o progresso e o desenvolvimento.
O afastamento da intervenção política, por parte da grande maioria da população, é a principal causa para a não resolução dos problemas, contribuindo, deste modo, para o atraso estrutural de muitas comunidades. Mas, a par do afastamento, temos que tomar em linha de conta os preconceitos sobre os políticos, ao serem classificados como pertencentes a bandos ou a quadrilhas. Pertencer a um partido político, chega, por vezes, a ser considerado quase um “crime” ou um “pecado”, por parte de muitas pessoas. Não é!
Andamos mergulhados num mar de lamúrias em que tudo está mal. Queixas sobre tudo e sobre todos. Muitas são pertinentes, não havendo dúvidas sobre as razões que assistem à maioria das pessoas.
Os políticos são alvos, preferenciais, de insultos e de humilhações. São tão comuns ao ponto de constituir um verdadeiro “desporto” nacional.
Tenho pela política uma concepção que julgo corresponder à sua verdadeira essência: participar activamente em prol dos outros, dando o meu melhor e respondendo às inúmeras solicitações.
Vivo na cidade de Coimbra desde há muitos anos. Quatro décadas! Um dia perguntaram-me como classificava a minha relação com a cidade. Respondi com três palavras: dor, ardor e amor.
Sinto amor, por muitas e belas razões! Dor? Também. Parte dessa dor provém da perda da importância a nível nacional e das tentativas de nos relegarem para lugares secundários. Uma cidade com tantas pessoas de bem, de qualidade excepcional, em todos os campos de actividade humana, não consegue impor-se ao resto do país. É altura de sair a terreiro e lutar de forma a conquistar o lugar que merecemos, porque grande parte da identidade nacional e da alma lusa é fruto de Coimbra. No fundo, a solução é muito simples. Basta ter ardor pelas causas e pela intervenção cívica, em vez de nos refastelarmos na passividade, na lamúria e na indiferença.
Abraçar um projecto politico é sinal de respeito pelos outros e por nós próprios. Se o fizermos com ardor, poderemos evitar muita dor e, no final, semear amor...
6 comentários:
Se tivesse de adivinhar o que diria o Professor Massano Cardoso numa situação destas, eu era capaz de apostar que o sentido da sua intervenção seria justamente aquele que aqui quis partilhar connosco.
Infelizmente para a política, meu caro Professor, perdeu-se a noção do que ela deveria ser. Por isso dificilmente se lhe consegue vislumbrar a nobreza que os clássicos lhe apontavam.
Ainda bem que há pessoas com a disponibilidade do meu Ex.mo Amigo capazes de um testemunho destes, sereno e sincero, num tempo em que campeiam os calculismos e as ambições mal contidas de que se vai fazendo, infelizmente, a (pequena) política.
Parabéns para Coimbra, caro Professor Massano. Escolhas destas mostram que é possível ter muita esperança.
E para si um grande e amigo abraço e votos de grandes êxitos políticos e pessoais, que, estou certo, terá!...
Quem me dera que o País tivesse "centenas" de Professores Massanos...e não será possível cloná-lo????
Coimbra nem sabe a sorte que tem!
Um abraço de parabéns, professor, com toda a minha estima e admiração.
Não concordo. A política deve servir apenas para gerir os bens públicos e disciplinar as relações entre as pessoas.
As pessoas é que devem resolver os seus próprios problemas. Se a política entra por esse caminho, o resultado são as ideologias e as religiões, devaneios intelectuais que "ajudaram" tantas pessoas a resolver os seus problemas que mataram mais gente do que todas as epidemias juntas.
Se há coisa detestável é ter de suportar um político a pregar moral.
Prezado Senhor Professor Massano Cardoso, começo por "criticar" a escolha do mote que originou o texto que amavelmente nos apresenta.
Não sou um espectador de televisão, mas sei que o concurso a que se refere assenta num conceito de escamoteamento da verdade e, da leitura do seu texto, infiro que o sentido do mesmo ruma directamente a questões de mui nobre e elevado carácter.
Parece-me, num olhar descuidado, que nesse ponto, não casa a bota com a perdigota.
Mas é claro que um texto não pode ser dissociado do autor que o elaborou. E este autor, tem para mim e penso que para todos que o conhecem, mais não seja pelo teor das matérias sobre as quais edita opiniões, é inequivocamente alguem que encara a política e a sociedade de uma forma séria e com sentido verdadeiro.
Além do mais, estou crente que o candidato a presidente da Comissão, terá certamente razões de grande peso que o levaram a dirigir-lhe o convite.
Perguntava um jornalista à Drª. Manuela Ferreira, qual era a estratégia... ao que ela, após a conveniente pausa lhe respondeu, olhos nos olhos e serenamente... "A VERDADE".
é esse, indubitávelmente, o caminho que a política e quem a faz em portugal, tem de firmar.
Coragem prezado amigo, e boas venturas!
Caro amigo, parabéns a Coimbra e ao PSD por ter sabido ir ter consigo e falar a essa sua inesgotável generosidade e nobreza. Por mim, estou orgulhosa com o PSD por esse lado, mas parecem-me agora ainda mais sombrias, por contraste, as perspectivas noutros concelhos que sigo mais de perto!
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