Vai fazer cerca de um ano que escrevi um pequeno texto intitulado “Lição de vida” em que relatei a história de uma criança deficiente e os cuidados da sua mãe ao longo de catorze anos, com muito carinho e amor. Tudo me tocou na vida daquela menina, que à distância, e ao longo tempo, ia acompanhando, mas o que não esperava foi a afirmação segundo a qual tinha sido “uma criança feliz. Verdadeiramente feliz. - Eu sei que foi!” Deu-me uma lição. Hoje, no seguimento de uma campanha de saúde, cruzei-me com a mãe. Cumprimentou-me. No final, disse-me: - Eu li o que escreveu. O senhor doutor não me disse nada, mas li. E duas pungentes lágrimas correram-lhe pela cara. - Obrigada. Não esqueço o que escreveu. Não disse nada, porque não sabia o que dizer. Mas também não era preciso...
2 comentários:
É bom saber que não são só as intrigas e as palavras más que se propagam, pelos vistos pelo menos esta mensagem boa chegou ao seu destino mais importante.
É bom saber que existem homens grandes, capazes de genuflectir, frente à grandeza ainda maior da dor de quem sofre, atenuada pelo reconhecimento de quem possui uma alma recheada de amor pelo próximo.
Dos olhos daquela mãe caro amigo Massano Cardoso, brotaram duas pérolas, em sinal de reconhecimento.
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