O DN noticiou há dias o sucesso de uma acção da GNR que, na sequência de uma denúncia, encontrou numa casa 46 cobras e lagartos “em situação ilegal por não terem documentação”. A notícia sossegava-nos a alma ao assegurar que viviam “em boas condições, no espaço adequado e em recipientes individuais, como manda a lei”. Fiquei a saber que os donos de cobras e lagartos têm também que estar registados e que há mesmo uma Associação discreta especializada em répteis e nas medidas legais que tratam da posse destes bichinhos.
Confesso que nunca me tinha ocorrido que alguém pudesse ter em sua casa uma colecção de cobras e lagartos e que a lei o permitisse, exigindo identificação, arejo, espaço e outras condições de saúde fora da selva e dos baldios insalubres. Mas, pensando bem, reforço a minha admiração pelo trabalho imprevisível dos GNR, que já aqui há uns tempos tiveram que caçar tigres no asfalto e que afinal também têm que vasculhar casas para caçar dragões-barbudos, cobras-de-milho, cascavéis e camaleões destinados ao afecto doméstico ou ao comércio. Também, de resto, não sabia que havia mercado para esta mercadoria, mas hoje vende-se de tudo, mesmo do que há por aí aos pontapés, ao preço da chuva, basta-nos ligar a televisão ou abrir um jornal e saltam logo cobras e lagartos em série, gordos e luzidios.
Fiquei muito mais descansada, se cobras e lagartos não identificados são metidos na gaiola, apesar de bem tratados e de estarem de papo cheio, e quem lhes dá acolhimento leva no mínimo uma multa, os que andam por aí à solta não tarda são apanhados nalguma rusga...
Confesso que nunca me tinha ocorrido que alguém pudesse ter em sua casa uma colecção de cobras e lagartos e que a lei o permitisse, exigindo identificação, arejo, espaço e outras condições de saúde fora da selva e dos baldios insalubres. Mas, pensando bem, reforço a minha admiração pelo trabalho imprevisível dos GNR, que já aqui há uns tempos tiveram que caçar tigres no asfalto e que afinal também têm que vasculhar casas para caçar dragões-barbudos, cobras-de-milho, cascavéis e camaleões destinados ao afecto doméstico ou ao comércio. Também, de resto, não sabia que havia mercado para esta mercadoria, mas hoje vende-se de tudo, mesmo do que há por aí aos pontapés, ao preço da chuva, basta-nos ligar a televisão ou abrir um jornal e saltam logo cobras e lagartos em série, gordos e luzidios.
Fiquei muito mais descansada, se cobras e lagartos não identificados são metidos na gaiola, apesar de bem tratados e de estarem de papo cheio, e quem lhes dá acolhimento leva no mínimo uma multa, os que andam por aí à solta não tarda são apanhados nalguma rusga...
6 comentários:
Suzana
Será que os donos dos répteis que os mantêm em casa são fiscalizados? Essa acção da GNR deve implicar agentes especializados. Não fazia ideia destas actividades. É um mundo que não imaginamos.
Confesso que não gostaria nada, mesmo nada, de ter algum vizinho com répteis em casa. Identificados, legalizados, bem alimentados e tratados não seria suficiente. Sabe-se lá se uma cobra ou um lagarto mais atrevidos se esquivavam, às duas por três, pela ranhura de uma porta ou de uma janela e vinham fazer-me uma visita.
Uma das minhas irmãs tem uma amiga que tem em casa uma iguana, relativamente grande, que está, aparentemente, domesticada. Tem nome e faz umas proezas para graça dos que lá vão a casa que, mesmo assim, não ganham para o susto.
Realmente há pessoas para tudo. A extravagância está na moda!
Não acredito que esses lagartos que por aí andam À solta, anafados e luzidios, algum dia venham a ser colocados numa gaiola.
E, se por alguma imprevisível interceção divína, esse prodígio viesse um dia a suceder, e à luz dos exemplos que conhecemos, essa reclusão dourada, não iría durar muito tempo.
É que os répteis são naturalmente esquívos e depois... ha sempre quem lhes queira bem e que, ou por medo do seu veneno ou porque lhes bate no peito um coração ecologista, protegem-nos com todos os cuidados do muuuuundo.
;)
Pois é, às vezes os mais preocupantes são os répteis encartados que andam por aí à solta.
Margarida, foi uma denúncia de um vizinho, segundo a notícia, realmente não deve dar nenhuma tranquilidade esta vizinhança. Também tive um sobrinho com uma iguana, estava num aquário gigante, aberto em cima e o animal parecia domesticado mas confesso qeu nunca tive coragem para fazer uma festa a um dragão em ponto pequeno.
Caro Bartolomeu, vejo que tem algum cepticismo quanto à erradicação de répteis por aí á solta, não sei se se baseia em antecedentes históricos ;)
Zè Mário, os mais fáceis de controlar são mesmo os que já nascem com sangue frio, os outros arrefeceu-lhes o sangue mas o exterior confunde-se...
Compreendo que haja pessoas que gostem de partilhar as suas vidas com animais de estimação, cão, gato, periquito, com todo o tipo de animais que tradicionalmente sabemos adaptarem-se facilmente, e bem, ao habitat doméstico. Já não compreendo, muito bem, que se adoptem para o mesmo fim répteis e felinos de grande dimensão.
A este propósito nunca é demais rever a história verdadeira do leão Christians, comprado nos anos 60 no Harrods - http://www.youtube.com/watch?v=t3TAJLSXOW4 .
vi uma reportagem na televisão sobre essa história,creio que foram dois irmãos que compraram um leão bébé, vá lá que a moda não pegou, mesmo sendo pequenos nunca se sabe ´quando é que lhes dá para serem precoces!
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