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sexta-feira, 20 de agosto de 2010

A farsa e os farsantes II

Acaba de sair a Síntese da Execução Orçamental referente a Julho deste ano.
A despesa da administração central do Estado aumentou mais de mil milhões de euros em relação a igual período do ano anterior, e o défice de 8,9 mil milhões de euros só não cresceu mais devido ao aumento dos impostos e da carga fiscal.
Os números comprovam à evidência a farsa da consolidação orçamental que o Governo constantemente propala, engando despudoradamente os cidadãos.
a) a despesa da administração central do Estado teve um aumento superior a mil milhões de euros, em relação a idêntico período de 2009.
b) a despesa cresceu 3,8%, mais que os previstos 2,9%.
b) o défice, no valor de 8,9 mil milhões de euros, apresenta-se também superior ao do período transacto.
c) o défice só não foi maior, porque a receita fiscal cresceu 5,9%, mais que o previsto.
d) a agravar as coisas, a despesa primária (despesa, excluindo os juros da dívida) cresceu 5,3%, quando era previsto que crescesse 1,9%.
Não tarda, e virá uma Nota do Ministério das Finanças ou uma declaração do Ministro, ou ambas, dizendo que todos os Ministérios estão a gastar menos e a situação controlada.
Que a dívida pública também desmente: mais 13, 5 mil milhões de Janeiro a Julho de 2010.

4 comentários:

Suzana Toscano disse...

O que eu ouvi nas notícias foi que a despesa cresceu mas o ritmo de crescimento está a abrandar, só estranho que quando foram os números do crescimento económico não se tenha dado relevo a esse detalhe...

Pinho Cardão disse...

Cara Suzana:
Completa mistificação. A despesa cresceu 3,8%, mais que os 2,9% previstos no Orçamento.
Está a abrandar em relação a quê?

ricardo disse...

Ainda bem porque quanto mais depressa rebentarmos "à grega", mais depressa se começa a resolver este fim de regime.

Suzana Toscano disse...

Caro Pinho Cardão,já que a despesa continua a crescer parece que se animam quando cresce menos depressa do que no primeiro semestre, foi o que ouvi e já repetiram, era um título de um jornal ainda ontem, salvo erro.Mas esta é uma nova forma de encobrir a desgraça que, pelos vistos,já não serviu para encobrir o lentissimo ritmo de crescimento,celebrado como uma glória,era isso que eu queria dizer.Aliás, é natural que "abrande", à medida que o crédito é cada vez mais difícil e os calotes forem crescendo.