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terça-feira, 3 de agosto de 2010

Aisha

Leiam. Eu já li e fiquei enojado. Por maiores que sejam as diferenças culturais não há nada que justifique este comportamento.
Tenho pena que as muçulmanas não tenham os mesmos direitos que os homens e as mulheres do mundo ocidental. Cortar as orelhas e o nariz a uma jovem pelo próprio marido, e sob a chancela da autoridade, é um crime monstruoso.

Fala-se muito de direitos humanos, mas, na prática, os responsáveis dos países ocidentais não assumem grande defesa em prol destas criaturas que vivem meio escravizadas e à mercê de caprichos fundamentalistas.

10 comentários:

Catarina disse...

A capa da revista terá por objectivo sensibilizar o público para o que continua a acontecer às mulheres da região ou haverá algo político escondido? Já quase que duvido de tudo e de todos. De qualquer forma, é bom que a comunidade internacional não se vá esquecendo do que as mulheres muçulmanas estão sujeitas. Jamalzadah está a ser demasiado optimista.
Não foi o governo de Karzai que aprovou uma lei – não me recordo se no ano passado ou há dois anos – que permitia que os maridos castigassem as suas esposas se estas se recusassem a ter relações sexuais não sei quantas vezes por semana?
E a mulher do Irão que iria ser morta por apedrajamento? Até o presidente Lula afirmou publicamente que lhe daria asilo. Nunca mais li sobre o assunto, nem sei o que acabou por acontecer a esta pobre mulher.
Selvagens!

Margarida Corrêa de Aguiar disse...

Esta mulher ainda teve a "sorte" de ter sido recolhida pelas tropas americanas e sonha agora que a levem para os EUA para ser submetida a uma cirurgia de reconstrução das orelhas e do nariz que esses selvagens lhe cortaram.
O destino das outras mulheres dificilmente mudará às mãos de gente tão desumana. Mas a pressão internacional deve continuar.

Pinho Cardão disse...

Acontece, caro Professor, que quando assumem essa defesa são criticados por todas as forças "progressistas", são chamados imperialistas e severamente condenados pelo mais leve deslize comportamental.
Por exemplo, estão (estamos...) no Afeganistão.
E não creio ter sido o petróleo que levou os EUA e outras nações para lá. Mas a defesa de alguns dos mais elementares direitos humanos.

jotaC disse...

Não há argumentos que possam amenizar tão grande selvajaria!

José Domingos disse...

Os direitos humanos, são hipócritamente usados, quando dá jeito, e servem o lado politico em questão.
Há direitos humanos, mais direitos que outros.
Os grandes paladinos desses mesmos direitos, apregoam uma moralidade, que não praticam.
VERGONHA, se ainda resta alguma.

Bartolomeu disse...

Aconselho a leitura de José Rodrigues dos Santos "Fúria Divina".
Podem valer pontualmente as ~manifestações reivindicativas das sociedades e das autoridades europeias e americanas, contra as barbáries que são cometidas naqueles países, atentatórias dos mais básicos direitos humanos.
Mas impossível meter na cabeça daquela gente(?) que todo o ser humano tem direito à vida, sob os mesmos parâmetros que o resto do mundo os entende.

RioD'oiro disse...

Há uns quantos cromos e cromas (pasme-se) cá pelo burgo que dizem que "é normal". Que "é da cultura delas", que "é mesmo assim" e "elas até gostam".

Tudo malta muito preocupada com a violência doméstica caseira.

Anónimo disse...

Já por duas vezes aqui me expressei quanto a punições levadas a cabo em países islâmicos, nomeadamente a morte por lapidação. Nessas duas vezes alertei para as questões culturais, o papel dessas punições no edificio cultural dessas sociedades e as possiveis consequências da abolição dessas penas, tout-court, da noite para o dia.

Neste caso, porém, há cambiantes muito distintos que me levam a repelir totalmente esta selvajaria - que o é. Por um lado, e tanto quanto os meus conhecimentos das sociedades islâmicas e da Sharia permitem alcançar, não conheço nada que permita este tipo de punição selvagem. Por outro, o ter acontecido e levada a cabo pela familia ofendida - algo que não é particularmente legítimo à luz da lei islâmica - deixa-me com uma interrogação que tentarei explorar mais além: porque é que aconteceu? Será um caso em que, na falta de poderes do Estado consentâneos com a sociedade e a cultura do povo, esse mesmo povo decidiu tomar a justiça nas suas mãos com estas absurdas consequências e que, não duvido, serão comuns embora apenas uma ou outra saiam nas notícias? Ou dever-se-á a algum outro motivo?

RioD'oiro disse...

Zuricher:

"Ou dever-se-á a algum outro motivo?"

Não será certamente o caso. Mas na maioria deles este "outro" resvala para o "sionismo".

Unknown disse...

ninguem merece isto que crapola faz isto a uma mulher .
ja nao a respeito