Os mercados são uns tinhosos e não ouvem o nosso Governo; por isso, não se convencem da admirável evolução da economia e das finanças públicas portuguesas.
Segundo a CMA, Credit Market Analisys, com base no custo dos CDSs (preço do seguro da dívida), apenas, imagine-se, a Venezuela, a Grécia, a Argentina, o Paquistão, a Ucrânia, o Iraque e o Dubai apresentam risco mais elevado do que Portugal. Excelente companhia a nossa!...
E a RTP referiu hoje mesmo que o “risco da dívida portuguesa é o que mais sobe a seguir ao Vietname”.
Não admira. As perspectivas vão no sentido de não se cumprir o défice, a não ser que se recorra a espertalhuças engenharias contabilísticas. Coisa que ainda pode iludir a CE, mas não engana os mercados. Até porque ilusões contabilísticas desfazem-se com a realidade do valor que tem que se pedir emprestado. E este não engana: a dívida pública aumentou 13,5 mil milhões de euros de Janeiro a Julho deste ano. A continuar assim, bater-se-ão novamente records.
Por isso, e insensíveis à retórica governamental, os mercados aumentam-nos a cada dia as taxas de juro. No leilão de ontem, a colocação de 629 milhões de euros, a 6 anos, foi feita a uma taxa de 4,371%, superior em mais de meio por cento relativamente a operação similar de há 2 meses atrás.
Esta é a triste realidade. O Governo ignora-a e nega-a. E, o que é pior, actua em conformidade com a realidade virtual que propala. E insulta quem diz que o rei vai nu.
Com o progresso, também os charlatães de feira tiveram um up-grading e tendem a actuar em palcos mais elevados. Com mercenários e crédulos sempre prontos a aplaudir.
Segundo a CMA, Credit Market Analisys, com base no custo dos CDSs (preço do seguro da dívida), apenas, imagine-se, a Venezuela, a Grécia, a Argentina, o Paquistão, a Ucrânia, o Iraque e o Dubai apresentam risco mais elevado do que Portugal. Excelente companhia a nossa!...
E a RTP referiu hoje mesmo que o “risco da dívida portuguesa é o que mais sobe a seguir ao Vietname”.
Não admira. As perspectivas vão no sentido de não se cumprir o défice, a não ser que se recorra a espertalhuças engenharias contabilísticas. Coisa que ainda pode iludir a CE, mas não engana os mercados. Até porque ilusões contabilísticas desfazem-se com a realidade do valor que tem que se pedir emprestado. E este não engana: a dívida pública aumentou 13,5 mil milhões de euros de Janeiro a Julho deste ano. A continuar assim, bater-se-ão novamente records.
Por isso, e insensíveis à retórica governamental, os mercados aumentam-nos a cada dia as taxas de juro. No leilão de ontem, a colocação de 629 milhões de euros, a 6 anos, foi feita a uma taxa de 4,371%, superior em mais de meio por cento relativamente a operação similar de há 2 meses atrás.
Esta é a triste realidade. O Governo ignora-a e nega-a. E, o que é pior, actua em conformidade com a realidade virtual que propala. E insulta quem diz que o rei vai nu.
Com o progresso, também os charlatães de feira tiveram um up-grading e tendem a actuar em palcos mais elevados. Com mercenários e crédulos sempre prontos a aplaudir.
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