- Têm sido frenéticas, nos últimos dias, embora
muito pouco inspiradas como é uso, as acções de propaganda do Syriza e
seus mentores, agora tentando convencer o resto do Mundo de que a responsabilidade
pela falta de um acordo quanto ao futuro programa de assistência cabe,
exclusivamente, aos Credores…
- …uma vez que, segundo eles, a Grécia já fez o que
lhe competia: ou seja, para bom entendedor, a Grécia não só nada fez como
já desfez bastante, tomando medidas totalmente contrárias aos princípios
do programa em vigor, agravando os seus problemas orçamentais e tornando
mais rígidos, ainda, os mercados de factores – atitudes de clara provocação
aos Credores de quem tanto parecem necessitar...
- Neste plano propagandístico, merece destaque um
artigo de opinião do PM grego, publicado na edição do Le Monde do último
Domingo, no qual refere “A falta de acordo até agora não se deveu a uma suposta
intransigência e à posição incompreensível da Grécia…deve-se, sim, à insistência
de certos protagonistas institucionais de apresentarem propostas absurdas
e que mostram total indiferença perante a escolha democrática do Povo
grego…”.
- Ou seja, com grande simplicidade: os pontos de
vista e propostas dos Credores constituem manifestação de intransigência e
desrespeito pela vontade do Povo grego…
- …enquanto as posições radicais do Governo grego,
em tudo contrárias aos princípios de um Acordo de Assistência Económica e
Financeira, devem ser aceites pelos Credores, sem mais discussão, pois são
a emanação da vontade popular…
- O grande drama, nesta altura e em minha modesta
opinião, já nem é o facto de poder falhar um Acordo entre a Grécia e os
seus Credores: é, antes, a total desconfiança que os próprios gregos
manifestam em relação à política económica do seu País, fazendo
levantamentos em massa das contas bancárias (€ 27 mil milhões, em termos líquidos,
nos primeiros 4 meses de 2015, o equivalente a 15% do PIB…), não
investindo um cêntimo e fugindo, tanto quanto podem, ao pagamento de
impostos…
- Com este Governo, uma mistura explosiva de
radicalismo e de incompetência, é claro que a Grécia não tem qualquer
futuro, dentro ou fora de um Acordo com os Credores…cabe agora aos gregos,
que acreditaram nas falsas promessas destes ilusionistas, resolver o
problema…mas não lhes gabo a sorte.
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quarta-feira, 3 de junho de 2015
Grécia: mistura explosiva de radicalismo e incompetência...
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29 comentários:
Caro Tavares Moreira,
Eu consigo compreender a posição dos países europeus em não confundir o povo grego com os governantes gregos. Na verdade, os gregos são europeus e, nesse espírito, cabe aos demais países da europa protege-los. Mas a verdade é que o Syriza não nasceu lá, alguém o lá pôs...
Agora, usando o dito brasileiro que pão de pobre, quando cai no chão, é com a manteiga para baixo, a notícia de que o Boaventura estará em Atenas a dar a sua solidariedade ao governo grego, quase chega ao nível do segundo terramoto de Katmandu. Haja limite para o azar de um povo!
PS (Devo deduzir que o 4 de Junho está desmarcado, certo?)
Caro Pires da Cruz,
Esse dito brasileiro que cita é de uma formidável graça...e realismo.
Quanto à visita de Prof. Boaventura a Atenas, não podia vir em melhor altura: trata-se, indiscutivelmente, de um dos mais avançados peritos em reestruturações de dívida, de tipo suicida, matéria em que a Grécia poderá ter de mergulhar em grande estilo.
E poderá também instruir os gregos, caso necessário, para a apresentação de uma queixa-crime, junto da Procuradoria ateniense, contra os Credores internacionais, por desrespeito à vontade de (não) pagar a dívida por parte do Syriza, enquanto mandatário da vontade popular.
Quanto ao almoço previsto para a Cave Real, estamos defrontados com o total silêncio dos 4Republicanos...não sei o que se passa mas devo admitir que se encontram muito ocupados, seriamente ocupados, com temas de índole político-social, não lhes sobrando tempo para estas actividades gastronómicas, de sabor mais neoliberal.
De qualquer modo, se o meu ilustre Amigo e o igualmente ilustre Bartolomeu mantiverem o propósito, poderemos encontrar-nos na dita Cave Real para almoçar amanhã, pelas 13H15, eu tenho o almoço na agenda, é apenas uma questão de reservar a mesa...
Se considerarem, face à falta de adesões, que é melhor adiarmos o ágape, por mim também não há dificuldade.
Aguardo, pois, vosso veredicto.
Por mim estou lá às 13:15. Isto admitindo que a espiral recessiva não obliterou o restaurante dos roteiros...
O Senhor Bartolomeu Alarcão de Menezes Carvalho Araújo de Castro Sepúlveda e Benevides, declara por sua honra que amanhã, dia 4 de Junho do ano da graça de 2015 se apresentará pontualmente às 13 horas e 15 minutos no restaurante Cave Real, a fim de participar conjuntamente com os seus preclaros amigos Dr. Tavares Moreira e João Cruz no almoço de confraternização, de apoio ao governo grego e à candidatura de Sampaio da Nóvoa à presidência de uma coisa qualquer que de momento não me recordo precisamente o quê.
Caros Pires da Cruz e Bartolomeu de Sepúlveda,
A mesa já está reservada para três comensais, se aparecer mais algum, na 25ª hora, porventura com o Acordo da Grécia com os abomináveis Credores na mão, ainda "quentinho", será sempre bem-vindo!
Faço notar que a Cave Real tem o nº 13, da Av. 5 de Outubro, não distando muito da velha Maternidade A. da Costa.
E, como o nome indica, fica mesmo numa cave!
Syriza tem que fracassar, senão, como continuar pedindo sacrifícios a governos e a povos de outros países, como a Espanha, Portugal, a Itália, a França, entre outros?
Syriza tem que fracassar, senão, como manter as políticas de austeridade, pelas quais juram os governos da União Europeia e suas instituições financeiras?
Syriza tem que fracassar, senão, como os governos dos outros países da UE continuarão dizendo a seus povos que não há alternativa – ou se submetem à austeridade ou têm que sair do euro e ser vítimas de um massacre global?
Syriza tem que fracassar, senão, como continuar dizendo que as alternativas na Europa se reduzem aos conservadores ou à “social-democracia”, ambos gestores da austeridade?
Syriza tem que fracassar, senão os espanhóis vão crer que é possível sair do bipartidismo e entregar ao Podemos a condução do país.
Syriza tem que fracassar, senão logo vão dizer que o que fazem países como a Argentina, o Brasil, o Uruguai, a Venezuela, o Equador, a Bolívia, de sair do modelo neoliberal, é também a solução para a Europa.
Syriza tem que fracassar, para que o seu mau exemplo não se propague pela Europa e pelo mundo todo, que faça com que o exemplo da Argentina de enfrentar os fundos abutre não prospere.
Syriza tem que fracassar, senão Ângela Merkel e o seu discurso da inevitabilidade da austeridade e de que os que assinaram tem que pagar não importa os danos que causem ao povo de um país e que este decida por outro caminho, se desmoralizam.
Syriza tem que fracassar, senão aparecerá outro Alex Tsipras e outro Pablo Iglesias, que traduzam a indignação em novas forças políticas e cada eleição será ainda mais desesperada para os partidos tradicionais.
Syriza tem que fracassar, senão é a desmoralização definitiva do “Não há alternativa”, de que a História acabou, de que haveria um Consenso de Washington inevitável. etc., etc.
Syriza tem que fracassar. Por isso é preciso diabolizar o Syriza, o Podemos e toda alternativa que apareça, antes que todos se dêem conta que o mundo actual não é inevitável.
Emir Sader
Provávelmente o nosso amigo Jota Cê irá juntar-se-nos .
Caro Bartolomeu de Sepúlveda,
Está confirmada a participação de JC? Se sim, é bem-vindo, obviamente...
Aproveito para citar mais uma excelente tirada do valoroso PM grego, esta proferida nas últimas horas: "A nossa proposta continua a ser a única que é realista e construtiva".
Nem precisava de explicar, já todos conhecíamos esse AXIOMA! Um modelo de democrata e de hábil negociador...
A ler estes comentários mais nada me resta do que desejar bom apetite aos ilustres bloguistas e Cª.
Caro Tavares Moreira, já viu a proposta feita pelo governo Grego? Pode dar uma vista de olhos em http://s.kathimerini.gr/resources/article-files/elliniki-protasi.pdf.
Essencialmente eles querem continuar a ser sustentados pelos restantes Europeus e têm a falta de vergonha na cara de dize-lo. Isto, claro, dizendo também que querem uma reestruturação de 50% da dívida ao FMI sendo os 50% não reestruturados pagos conforme podem ficando a decisão sobre se podem ou não ao critério do governo Grego e que a dívida ao BCE será paga pelo ESM.
Ainda bem que a proposta Grega é a única realista! Faria se não fosse...
Caro Zuricher; quando a UE aprovou a entrada da Grecia para o grupo, não conhecia a realidade geográfica, económica, financeira, social do país?
Sabia, é evidente! Daí a dificuldade que foi a votação para permitir essa entrada.
A partir do momento em que a Grécia passou a fazer parte da União, foi mais ou menos o mesmo que adotar uma criança que se encontrava à guarda de um reformatório.
Agora têm de lhe dar aquilo que eles exigem e com um sorriso nos lábios e muitos afagos paternais e maternais na cabecinha, não vá o adolescente irritar-se e desatar a pontapear os móveis da casa.
Por acaso não da sabia, porque a Grécia aldrabou as contas para entrar no euro, não disse a ninguém que a intenção era parasitar os outros e como em qualquer casamento que se torna numa adoção de um órfão, é para acabar.
Por acaso não da sabia, porque a Grécia aldrabou as contas para entrar no euro, não disse a ninguém que a intenção era parasitar os outros e como em qualquer casamento que se torna numa adoção de um órfão, é para acabar.
Você não é assim tão ingénuo Amigo Cruz.
Claro que sabia, sabiam todos. Daí a resistência manifestada por alguns países do grupo, à sua entrada.
Caro Bartolomeu, a aceitação da Grécia na zona euro foi uma decisão política tal como a própria criação do Euro o foi. Como normalmente acontece com as decisões políticas que são tomadas ao arrepio da racionalidade, do conhecimento e do saber, deu asneira. Talvez seja chegado o momento de rectificar o erro feito anteriormente.
Caro Zuricher, para que haja lugar a uma retificação do "erro", é necessário que aconteça a admissão do mesmo. Ora essa admissão é inatingível porque ambas as partes (UE e Grécia)defendem interesses diferentes, incompatíveis com essa admissão. A Grécia porque sem UE e sem os euros que este lhe providencia - quer esteja no poder um partido de esquerda como um de direita - deixa de "existir". A UE porque além de não poder expulsar a Grécia da UE, vê-se na obrigação de a "sustentar" porque a dívida acumulada a isso obriga, sempre com a utópica justificação da emenda e da recuperação.
Tudo balelas!
Caro Bartolomeu, deixando cair a Grécia o erro corrige-se por si mesmo.
Caros Pires da Cruz e Bartolomeu,
Apesar da aparente divergência das vossas posições, ambos têm razão em minha opinião...
Admitir a Grécia no Euro (não na UE) foi de facto um erro de palmatória, já na altura se percebia, tanto assim que a Grécia não entrou no 1º pelotão, ficou para 2 anos mais tarde...
É certo que houve grande batota na prestação de informação estatística por parte da Grécia, simulando cumprir os critérios de admissão...mas a UE deveria ter desconfiado dessa batota, preferiu fechar os olhos.
Foi pena não lhes ter contado durante o nosso agradável ágape de ontem uma conversa que tive nos finais de 2001, em Bruxelas, com o então Comissário Pedro Solbes, acerca da prestação de informação sobre a situação orçamental...por essa conversa fiquei a perceber que a UE importava-se pouco de ser enganada, preferia deixar o problema para mais tarde!
Agora, aguentem-se!
Caro Zuricher,
Nessa troca de galhardetes com o ilustre Bartolomeu, não posso deixar de lhe dar razão.
Ao contrário do que diz o Bartolomeu, a UE não tem qualquer obrigação de "sustentar" a Grécia, a dívida acumulada a nada obriga, quanto mais os Credores financiarem a Grécia mais vão perder...e eles já terão percebido isso.
Numa coisa o Bartolomeu tem razão, todavia: ninguém pode expulsar a Grécia do Euro...terá que haver uma auto-expulsão, que é aliás o que pretendem as facções mais radicais da coligação governamental grega (cripto-comunistas), aliás interpretando com fidelidade, a seu jeito típico, a vontade do Povo grego.
Segundo as mais recentes sondagens de opinião, 80% dos gregos querem permanecer no Euro e 65% estarão dispostos a suportar mais sacrifícios para permanecerem.
Agradeço-lhe o link para as propostas gregas e a única coisa que me ocorre de momento comentar é que "é preciso muita lata"! E muita incompetência, também, incompetência que na minha análise é a principal marca deste governo helénico...parecem mesmo crianças a tratar estes assuntos!
É verdade, caro Dr. Tavares Moreira; é preciso ter muita "lata" e (acrescento) muito descaramento. Mas, temos de lhes conceder (ao governo grego primeiro ministro e ministro das finanças) um mérito: Conseguem andar há demasiado tempo a "embalar" um grupo de expert's que lhes vão escutando as lenga-lengas.
Imagine-se que o mesmo se passava com Portugal?! Quantos perdões de dívida nos foram já concedidos? Que sacrifícios teve o povo português de passar para que os juros dos empréstimos descessem?
Quantas vezes foi já Portugal "vítima" das agências de ratting?
Perdoem-me a expressão mas: todos enrabados ainda era pouco!
Não é exactamente verdade que tenham conseguido embalar. Entretanto, já torraram o dinheiro da segurança social, das empresas públicas, todo o dinheiro que o BCE lhes emprestou para se aguentarem até ao acordo. Na verdade, o resto da Europa só está a assistir porque o único dinheiro que está a ser torrado é o dinheiro dos gregos. Quanto aos "sacrifícios", a minha mãe esteve em filas para comprar um litro de leite em 75/76. Isso é uma crise, isto é uma coisa parecida com brincar aos pobrezinhos... há até gente que teve que sacrificar 2 polegadas no LCD!! Duas!!!
Caro João Cruz,
Nessa questão dos sacrifícios, talvez consiga formar uma opinião mais concreta se conversar com aquela Senhora dos bifes, a Dona Isabel Jonet. De certeza ela diz-lhe com precisão quantas famílias tiveram e têm de sacrificar haveres e horas de sofrimento para conseguir alimentar os filhos com o mínimo de dignidade.
Deixe-me adivinhar, mães funcionárias públicas salvas pelo tribunal constitucional e pelo presidente da república dos cortes cegos que o governo neioliberal ao serviço dos especuladores da economia de casino ia fazer? Ou mães com um alvará de construtor de pontes cujos contratos com o estado foram rasgados por um governo austeritário?
É fácil falar em sacrifícios, mas diga-me, essas mães não estavam lá antes? Antes da falência do estado, essas mães não estavam lá ou apareceram assim que o Sócrates saiu do governo?
Como disse, caro Cruz, nada como conversar com a tal Senhora Jonet.
Eu não sei desde quando as famílias começaram a ter de recorrer ao auxílio do Banco Alimentar. Aquilo que me parece; mas admito que seja imaginação minha; é que muitas famílias perderam os empregos, as habitações e quase de um dia para o outro passaram a fazer parte do número de pobres ou muito pobres deste país. Mas é claro que tudo isto pode não passar de um delírio coletivo a que só alguns, donos de uma visão especial, conseguem escapar.
Caro Bartolomeu,
Eu não reconheço qualquer espécie de mérito ao governo grego: zero, simplesmente zero, nessa matéria.
Ao invés, em descaramento, incompetência e capacidade para iludir o infeliz povo helénico, atribuo-lhes 20 valores (numa escala de zero a vinte).
Por outro lado, essa vitimização em relação ás agências de rating, já foi objecto de queixa-crime, apresentada por ilustríssimas personalidades, uma entre elas merecedora da especial admiração do Pires da Cruz, entretanto arquivada por inexistência de provas.
Não me parece, pois, que o tema tenha pernas para andar...
Caro Pires da Cruz,
Não imaginava que o grau de maldades infligidas tivesse chegado ao ponto de impor redução nos écrans LCD's...inimaginável.
Caro Bartolomeu, aquilo que me está a dizer é que devíamos estar a despedir muita gente da segurança social. Isto porque aquilo que pagamos de impostos chega e sobra para alimentar esses filhos todos de tantas mães. Chega agora, sempre chegou. Se essas mães têm que se ir alimentar às instituições da (dirigidas pela) Isabel Jonet então há muito processo por incompetência para levantar na administração pública. Não é de certeza por falta de dinheiro no estado que elas se estão a dirigir às instituições privadas.
Há no entanto tragédias sociais geradas pela crise que dificilmente serão colmatadas. Uma é a dos jornais e dos jornalistas, privados do financiamento que a "publicidade institucional" lhes trazia e os subsídios a emissões temáticas. Uma das crises é certamente essa. A outra a dos possuidores de alvarás de obras públicas, onde grassa a fome e carestia. E os outros vários sectores que viviam do seu trabalho e tanta utilidade tinham ao país que assim que se acabou o consumo estatal perderam a utilidade toda.
Caro Dr. Tavares Moreira, se existisse uma "entidade mágica" que me depositasse na conta bancária uma nota de 500€ por cada queixa apresentada e arquivada por falta de provas, esteja certo que por esta altura, aqui o seu amigo já se encontraria principescamente instalado numa paradisiaca ilha tropical.
Então o meu caro Amigo não reconhece mérito ao governo grego por conseguir vender banha da cobra aos categorizadíssimos médicos-especialistas que comandam a União Europeia?! Pois olhe que eu até era capaz de os distinguir (agora no 10 de Junho) com uma Comenda da Hordem dos Malabaristas - Ilusionistas - Tocadores de Violino!
Então é isso, caro Amigo Cruz!!!
Ha dias, deu-me para ir jantar e ouvir uns fadunchos ao Clube de Fado, em Alfama. Como me torno um azelha quando dou de caras com sentidos proíbidos onde ha poucos anos existiam duas vias de circulação, acabei por dar duas voltas em frente à estação de Santa Apolónia. E consegue imaginar o que presenciei enquanto estive parado num semáforo em frente às colunas do Museu Militar? Uma fila de mais de 100 pessoas que aguardavam a vez, junto às carrinhas que distribuem bens alimentares, entre elas, casais com filhos pequenos e trajando de forma descontextualizada com a situação porque as suas roupas deixavam prever já terem tido uma vida desafogada. Diz-me agora o meu caro que aqueles pobres foram num passado muito recente, empreiteiros de obras públicas e jornalistas...
Veja bem, as voltas que a vida dá.
E eu que naquela noite acabei por perder o apetite e a vontade para escutar o tom pungente das guitarras e da voz fadista... nunca mai vou acreditar naquilo que vejo, juro!
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