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domingo, 15 de maio de 2016

O admirável tempo novo da geringonça

Projecção do crescimento do PIB em 2016 (geringonça): 1,8%; real no 1º Trimestre: 0,8%.
Projecção do crescimento das exportações em 2016 (geringonça): 1,8%; real no 1º Trim.: -2%
Projecção do desemprego em 2016 (geringonça): 11,4%; real no  1º Trim.: 12,4%
Investimento: em desaceleração, e muito longe das projecções da geringonça.
E lá se vai tudo o que Marta fiou...

12 comentários:

Carlos Sério disse...

Caro Pinho Cardão,

Comparar o incomparável é próprio de quem quer mistificar em vez de esclarecer.
Comparar parâmetros do PRIMEIRO TRIMESTRE com parâmetros projectados do ANO não é razoável.

Agora, se quer ir por aí porque não faz comparações "comparáveis". Por exemplo, o défice projectado para o ano de 2015 pela OUTRA GERINGONÇA e que era de 2,7% e acabou nos 3,2%. Com a agravante de podermos sofrer sanções por défices excessivos.



Pinho Cardão disse...

Caro Carlos Sério:
1. Falso. Quem começa torto, tarde ou nunca se endireita.E, para ter alguma hipótese de se endireitar, não pode deixar de ver em que situação está e aquela na qual deveria estar. Mas o CS sabe muito bem isso e aparece, mais uma vez, a defender o indefensável.
2. Convido o meu amigo a trazer as variações homólogas referentes ao 1º trimestre de 2015.
3. Não acabou. E sabe porquê. E, mesmo que tivesse acabado, sabia porquê. Claro que admito que o meu amigo gostasse mais dos governos que se serviram de défices de 11% para ganhar eleições e nos serviram toda a austeridade posterior.

Asam disse...

Caro Pinho Cardão,

eu acrescentaria a continuação do aumento da dívida pública, algo que se antes era mau, agora promete ser ainda pior. Mais uma decisão tremendamente errada da demagogia desta esquerda, que os nossos filhos irão pagar.

Estes governantes quiseram o poder sem ter uma estratégia para o País, apenas para as eleições, ou seja, para eles e para os seus interesses corporativos.


Pinho Cardão disse...

É isso mesmo, caro Alberto Sampaio. Interessa-lhes o poder. Tão só!...

Gonçalo disse...

Estão a colocar em causa os 2.7, 3 ou 3.2 como o sucesso ou insucesso de Passos Coelho. Como se essas míseras décimas À volta dos 3% pudessem por em causa a queda desse mesmo défice dos 10% ou 12% que nos deixaram os socialistas em 2011...

Paulo Helmich disse...

Quando os socialistas se forem, o défice estará cruzando a linha dos 10%!!! Mas...não se preocupem, pois sempre é possível chamar os malvados liberais para ajustar os números a patamares aceitáveis!!! E assim segue a humanidade!!!

Henrique Pereira dos Santos disse...

Carlos Sério,

O actual Governo prevê um défice de 2,2%, deitou foguetes porque a Comissão Europeia prevê 2,7% e nos últimos dias tem insistindo que o défice deste ano é muito bom porque vai ficar abaixo dos 3%, ou seja, o actual governo acha muito bom um desvio de 0,7% a 0,8% (e ainda não chegámos ao meio do ano) e o Carlos Sério acha péssimo o desvio de 0,5% que apontou ao Governo anterior (que não governou até ao fim do ano).

Decida-se, homem: desvios desta ordem de grandeza são bons ou maus? Ou são maus no governo anterior e bons com o actual governo?

Carlos Sério disse...

HPS

“acha péssimo o desvio de 0,5% que apontou ao Governo anterior (que não governou até ao fim do ano)”.

Não se trata apenas do desvio de 0,5% apontado ao governo anterior.
Trata-se dos desvios sistemáticos do governo anterior ao longo dos anos dos seus mandatos e que não mereceram tanto alarde pela comunicação social e pelos comentadores seus simpatizantes.
Recordo-lhe:
Em 2012 para um défice previsto e acordado com a Troika de 4,5% obteve-se um défice de 5,6%.
Em 2013 para um défice acordado de 3,0%, revisto para 4,5%, obteve-se 4,8%.
Em 2014 para um défice acordado inicialmente de 2,5%, revisto para 4%, obteve-se 7,2%.
Em 2015 para um défice previsto de 2,5% obteve-se 4,4%.

E tudo isto apesar das receitas extraordinárias, quer pelas privatizações (mais de 9.000 milhões de euros) quer pelo colossal aumento de impostos (só em IRS mais de 3.200 milhões de euros) quer pelos cortes nos salários e pensões que houve no da coligação PSD/CDS e que retirou do rendimento dos portugueses, retirou da economia, tudo somado nestes quatro últimos anos, qualquer coisa como mais de 50.000 milhões de euros.

Pinho Cardão disse...

Caro Gonçalo:
Tem toda a razão!
O meu amigo tem andado arredado aqui do 4R. Faz cá falta. Volte sempre. E parabéns pelo seu Blog.

Caro Paolo Hemmerich:
De facto, liberal ou neoliberal justifica todas as acusações. Sobretudo quando não há argumentos. Não tarda, estão a proibir constitucionalmente as ideias liberais, mesmo que não saibam o que sejam.

Caro Henrique Pereira dos Santos:
Na mouche, caro Henrique. O meu amigo disse tudo!...

Caro Carlos Sério:
Não seja tão comedido e tão modesto, temos que ser sérios: 50.000 milhões é muito pouco. Talvez o dobro, o triplo ou mesmo o quíntuplo!...Provavelmente, até dez vezes mais. Qualquer economista bolonhês é capaz de chegar a esses valores...

João Pires da Cruz disse...

O admirável das projecções para primeiro trimestre é que foram feitas em Fevereiro. Dentro daquilo que é a tradição da escola do Banco de Portugal, essa cantera do disparate de onde sairam os grandes nomes da nossa tragédia financeira, o ministro das finanças consegue falhar as projecções de um trimestre, a meio do trimestre. Claro que as do segundo estão completamente erradas, mas percebe-se que se acertar alguma vez vai ser por pura sorte. Talvez se projectar o terceiro trimestre do ano passado acerte, quem sabe?

Carlos Sério disse...

Caro Pinho Cardão,
Antes de considerar inacreditável um tal valor de 50.000 milhões de euros e de gozar como uma criança com a questão, porque se deixou vencer pela preguiça e não se deu ao trabalho de averiguar da correcção ou incorrecção de tais números?

É que as “contas” até não são difíceis de fazer. Tome nota então:

Em 2012, o governo de Coelho e Portas retirou dos “bolsos dos portugueses” 9.042,3 milhões de euros (resultado das chamadas medidas de consolidação orçamental, OE-2012) mais 3.226,3 milhões de euros como resultado da redução salarial dos trabalhadores do sector privado. Tudo somado temos para o ano de 2012 uma diminuição do rendimento das famílias portuguesas de cerca de 12.268,6 milhões de euros. Em 2013, não só manteve todos estes cortes como os agravou em mais 5.300 milhões de euros (na chamada consolidação orçamental para 2013) o que se traduz numa diminuição de dinheiro nos “bolsos dos portugueses” de cerca de 17.568,6 milhões de euros. Em 2014 manteve a austeridade que impôs em 2012 e 2013 agravando-a em mais 3.900 milhões de euros isto é, retirou dos “bolsos dos portugueses” mais 21.468,7 milhões de euros.
Tudo somado, nestes três anos, verifica-se que os “bolsos dos portugueses” estão mais “vazios”, cerca de 51.306 milhões de euros do que estavam em 2011

Asam disse...

A bancarrota do ps foi uma desgraça para o País.