O tema do envelhecimento da população e o tema da inovação estão na ordem do dia dos países desenvolvidos. Mas não é tão vulgar assim ouvirmos falar dos dois temas em simultâneo pelas ligações que se estabelecem entre ambos.
Este artigo publicado na Havard Business Review faz uma reflexão interessante sobre um estudo realizado em 33 países sobre o envelhecimento da população e a inovação.
Sabemos que o envelhecimento da população é em si uma causa para o declínio tanto do PIB quanto do PIB per capita.
Sabemos que o envelhecimento da população é em si uma causa para o declínio tanto do PIB quanto do PIB per capita.
Com a descida da natalidade haverá cada vez menos jovens e menor população activa. Simultaneamente, com o aumento da longevidade, haverá um número crescente de pessoas idosas , o que contribui também para a redução da força de trabalho. A exigência que será colocada na população activa é crescente. Menos trabalhadores no activo terão que “sustentar” mais população de reformados que vive mais tempo.
Estes fenómenos colocam sérios desafios aos sistemas de pensões, aos sistemas de saúde e à gestão da dívida pública. Sem crescimento económico não é possível fazer face à factura crescente da despesa com estes sistemas que, em parte significativa, resulta do envelhecimento da população.
O crescimento económico é um meio para aliviar o peso dos problemas que o envelhecimento da população está a causar. Na inovação está a chave para o crescimento da produtividade, é aqui que podemos encontrar respostas para fazer face à pressão que o envelhecimento demográfico está a colocar na despesa social e nas finanças públicas. Será suficiente?
Entre os que dizem que sim e os que duvidam, o caminho passa, como é sublinhado no artigo, por as populações dos países envelhecidos tomarem consciência do problema do envelhecimento da população e da importância de uma cultura pro inovação.
Aqui assumem grande importância as políticas governamentais – como acontece na Alemanha e no Japão – que lidam com o assunto de uma forma “sistémica”, isto é, têm estratégias nacionais integradas e transversais, intertemporalmente consistentes, fortemente apostadas no investimento em inovação, identificando sectores para os quais deve ser canalizado o esforço. Igualmente importante é que as populações compreendam estas políticas, especialmente os mais velhos, de modo a criar um clima social favorável a este caminho.
Quem não apostar nesta via não poderá argumentar que os ganhos de produtividade são a solução para os males do inverno demográfico ou que não é preciso reformar as pensões ou a saúde…
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