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quarta-feira, 4 de maio de 2005
Desculpas
Não é muito normal o aparecimento de pedidos de desculpas públicas por palavras proferidas, em jeito de suspeição ou acusação, nos media. Este caso peculiar - ou então ando mesmo muito distraído - poderia expressar apenas o reconhecimento do erro. Foi assim que o entendi na primeira leitura cruzada do texto. Só mais tarde li com mais atenção, especialmente a primeira frase:"No seguimento de procedimento judicial...". Reparei também que a data do acto de delito foi concretizado em 1998, um processo com quase sete anos. Quantos mais casos como este inundarão os tribunais portugueses? E que recursos públicos envolvem estes processos? E a responsabilidade é da Justiça? Porque é que este tipo de casos não se resolvem fora dos tribunais, com recurso aos mais elementares princípios de civilidade? Porque será que é tão solto o verbo perante uma câmara de televisão ou o microfone dos jornalistas? A facilidade com que se lança a suspeição, se julga, acusa e condena nos media portugueses é impressionante. Parece que anda tudo a soldo de todos.
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